Rafael Bittencourt explica porque o funk carioca é o punk dos dias de hoje
Por Bruce William
Postado em 14 de julho de 2024
Em um corte da participação de Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt no Flow Podcast, apresentando por Igor 3k (Igor Coelho), eles discutem a situação do rock nos dias de hoje, no sentido que o gênero não representa mais o que chamam de uma "contravenção", já que após a pandemia, os garotos de 14, 15 anos de idade passaram a curtir bandas como o AC/DC influenciados pelo pai, que passou boa parte do tempo assistindo aos DVDs dessas bandas trancado em casa com os filhos, então a associação que eles tem com bandas assim é de uma coisa familiar.
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"Virou uma coisa de família e uma coisa clássica, não ligada à contravenção (...) Contravenção hoje em dia é tomar ácido, ir na rave, 'vou irritar meus pais' e coisa assim", diz Rafael. Então Igor pergunta o Sex Pistols de hoje em dia seria a música eletrônica, e Rafael a princípio concorda, mas depois pensa melhor e diz que seria o funk, se referindo ao funk carioca produzido atualmente.
"Eu relaciono muito o punk com o funk. Não é pelo nome soar parecido, mas é que o punk tinha uma coisa de 'vai se foder' pro sistema e o caralho" diz Rafael, enquanto mostra o dedo do meio emulando uma atitude de contestação. "E o funk tem uma coisa assim também, 'ó, vai se fuder também, olha minha bunda aqui e foda-se'. Tem um lance, tipo assim, de desapego".
Igor dá risada pela menção à bunda, enquanto Rafael canta um trechinho de letra pornográfica em ritmo funk. "É bem isso, é uma contravenção". Igor cita que a ideia de pegar uma composição do Mozart e regravar em uma batida funk por cima é algo que ele descreve como "contracultura", e Rafael diz que isto é uma experiência que muitos vão curtir e muitos não vão e tudo bem.
"Mas o que estou falando aqui é o seguinte: o rock acabou virando uma coisa elitizada, o cara precisa de uma guitarra, provavelmente vai pagar um professor, vai precisar de amplificador, e é caro, aprender a tocar este instrumento é complicado. Então o funk virou uma maneira de se expressar para quem está segregado desta oportunidade de aprender um instrumento. Então (o funk)tem essa revolta, e isso eu acho legal isso no funk, de ser uma contracultura, vai lá pra provocar mesmo, provocar a moral e os bons costumes, isso eu acho legal", explica Rafael.
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