As curiosidades da gravação da orquestra de "Gita" de Raul Seixas, segundo Rick Ferreira
Por Gustavo Maiato
Postado em 26 de agosto de 2024
Em uma entrevista ao podcast Rockast, Rick Ferreira compartilhou detalhes sobre a gravação da orquestra que deu vida à clássica canção "Gita" de Raul Seixas. Ele foi o guitarrista do disco e explicou como a equipe superou os desafios da tecnologia.
Ferreira começa descrevendo a grandiosidade da gravação: "Eu não tenho ideia de como foi feito". Segundo ele, a gravação das cordas incluiu um elemento que deu trabalho: sinos gigantes. "Estes sinos, que tocam no início do álbum, eram verdadeiros instrumentos musicais, com tons variados como ré, mi e fá sustenido. Aquilo foi levado num caminhão de mudança. Aqueles sinos que têm no início são de verdade," revela.
A magnitude do projeto não parou por aí. Rick explicou que os sinos eram feitos de cobre ou bronze e pesavam significativamente. "Aquilo era um troço gigantesco, um material pesado. Uma orquestra com coral e tudo gravado ali ao vivo. Era uma coisa impressionante", diz ele.
O processo criativo também se destacou pela integração dos diversos elementos musicais presentes no álbum. "O Guita já tinha bateria, dois violões, baixo, piano, depois guitarra, né, voz do Raul, depois entrou cordas, sino, coral", detalha Ferreira.
Ele também elogiou o trabalho dos técnicos envolvidos, descrevendo-os como verdadeiros magos. "Os técnicos realmente eram merecedores de aplausos, porque esses caras faziam mágica naquela época. Eles faziam mágica com qualidade. Se você pega o vinil, a qualidade sonora que tem esse disco é um absurdo".
A experiência de assistir à gravação foi um marco para Ferreira, que considera o projeto um presente para todos os envolvidos. "Aquilo ali foi um espetáculo. Foi um negócio muito impressionante assistir aquela gravação de cordas do ‘Gita’. Realmente, eu considero até um presente", reflete ele.
Ferreira conclui destacando o privilégio de ter participado de uma das gravações mais notáveis do Brasil: "Eu considero um dos arranjos mais bonitos, se não o mais bem feito até hoje no Brasil. Estar ali, no meio daqueles músicos de orquestra, foi realmente um presente. Isso realmente é um presente".
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