A maneira curta e direta que o Cannibal Corpse demitiu seu ex-vocalista
Por Mateus Ribeiro
Postado em 24 de agosto de 2024
A banda estadunidense de Death Metal Cannibal Corpse foi fundada no final dos anos 1980, e durante seus primeiros anos de carreira, contou com os serviços do vocalista Chris Barnes. Um dos membros fundadores do Cannibal Corpse, Chris foi demitido do grupo no início da década de 1990, durante o processo de gravação do quinto disco de estúdio da banda, "The Vile" (lançado em 1996).
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"Estávamos nos desenvolvendo musicalmente e o objetivo era realmente levar as coisas para o próximo nível", relatou o baterista Paul Mazurkiewicz, em entrevista que foi publicada na edição 163 da revista Metal Hammer.
Segundo Paul Mazurkiewicz, os integrantes do Cannibal Corpse queriam ajudar Chris, porém, a teimosia do vocalista foi um empecilho.
"As letras que Chris estava criando simplesmente não pareciam se encaixar onde o resto de nós estava levando as músicas. Ele estava preso aos velhos hábitos, enquanto nós queríamos progredir. Tentamos ajudá-lo, mas Barnes era tão teimoso que foi muito difícil. Lembro-me de uma das últimas conversas que tive com ele fora do estúdio. Eu disse que queríamos apoiá-lo o máximo possível, e ele admitiu que estava lutando para acelerar o ritmo.
A gota d’água, porém, veio quando ouvimos o que ele tinha feito em ‘Devoured By Vermin’. Essa sempre seria a música de abertura do álbum. Como tal, tinha que ter um impacto imediato, para fazer uma declaração sobre o que estava por vir. Mas Chris não aceitou o desafio. Depois de ouvir o que ele tinha feito, Alex Webster [baixista do Cannibal Corpse] se voltou contra ele [Chris] sem rodeios e disse: ‘Vou reescrever completamente a letra’. Ele ficou arrasado", complementou o batera.
Os músicos do Cannibal Corpse não encontraram outra solução e demitiram Chris Barnes. Demissão, aliás, que foi comunicada ao frontman de modo curto e grosso, conforme relato de Mazurkiewicz.
"Sabíamos que Chris tinha que ir – essa era a única coisa a se fazer. Então, ligamos para ele quando ele estava na estrada e dissemos: ‘Cara, você está fora’. Nenhum de nós conseguiria conviver com o que ele fez no estúdio e sabíamos que ele não mudaria de jeito nenhum. O problema que tínhamos era para onde ir em seguida."
Felizmente, o Cannibal Corpse encontrou um substituto para Barnes, que na verdade, era o único nome possível: George "Corpsegrinder" Fisher. E se George não tivesse aceitado o convite, a história da banda poderia ter sido outra.
"Tínhamos uma pequena lista de possíveis substitutos? Sim, e tinha um nome na lista. George foi a única pessoa que consideramos. Acreditávamos que ele poderia fazer o que queríamos. Se ele tivesse recusado ou não tivesse dado certo, não tenho certeza do que teria acontecido. Poderia ter sido o fim de Cannibal Corpse. Foi tão sério quanto isso", pontuou o baterista do Cannibal Corpse.
O Cannibal Corpse continua na ativa e George Fisher é o vocalista do quinteto até os dias atuais. O trabalho mais recente da banda é "Chaos Horrific", lançado pela Metal Blade Records em setembro de 2023.
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