Kerry King responde qual é a música mais difícil do Slayer e seu riff favorito de Jeff Hanneman
Por André Garcia
Postado em 28 de outubro de 2024
Ao longo dos anos 70, o heavy metal foi sendo construído na Inglaterra por bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple, Judas Priest, Motörhead e Iron Maiden. Até bandas que não eram de lá, como Thin Lizzy e AC/DC, faziam sucesso primeiro lá.
Foi só em meados dos anos 80 que surgiu uma nova forma de tocar metal genuinamente americana: o rápido e pesado thrash metal, forjado por seus quatro maiores expoentes: Metallica, Megadeth, Anthrax e Slayer.
Só que com o passar do tempo, conforme grana, fama e drogas foram entrando na jogada, nos anos 90 todas essas bandas foram mudando de estilo — exceto o Slayer, que jamais abriu mão de suas letras profanas e seu som pesado, infernal, feroz, catártico, rápido e violento (como um espancamento [thrash, em inglês]).
Dessa forma, podemos considerar que seu principal guitarrista, Kerry King, seja a maior autoridade no assunto. Em recente entrevista para a Metal Hammer ele respondeu qual é a música mais difícil de tocar no Slayer:
"Eu poderia dar várias respostas diferentes, mas vou ficar com 'Dittohead' pela velocidade absurda dela. É provavelmente a música mais rápida da gente, e é uma que eu não pretendo tocar ao vivo tão cedo!"
Lançada no "Divine Intervention" (1994), "Dittohead" é a segunda faixa mais curta, com cerca de dois minutos e meio de duração; e uma das três em que King é creditado como compositor tanto da letra quanto da música em si.
Ao contrário de outras bandas da época que deixavam as músicas mais difíceis de lado, segundo o setlist.fm, o Slayer tocou 'Dittohead' ao vivo ao menos 438 vezes. Até 2001 ela estava sempre no repertório, mas dali para frente só voltou a ser tocada em 2008, 2011 e 2018.
Ainda na mesma entrevista, King foi perguntado sobre qual era seu riff favorito de seu saudoso colega, o co-fundador do Slayer Jeff Hanneman, morto em 2013.
"Essa é difícil... Tenho que ficar com 'Raining Blood', porque não se trata apenas do riff dela, mas de todo o conjunto da obra. Se você me pressionar, eu diria que até a introdução, porque o pessoal canta junto com aquela linha de guitarra."
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