As músicas do In Flames que abordam fase difícil vivida pelo vocalista Anders Fridén
Por Mateus Ribeiro
Postado em 12 de outubro de 2024
De todos os discos da banda In Flames, o mais celebrado é o magnífico "Clayman", lançado no dia 3 de julho de 2000. Quinto registro de estúdio do In Flames, "Clayman" é o ápice do grupo que se consagrou como um dos pioneiros do Melodic Death Metal, estilo que mescla a melodia do Heavy com a agressividade do Heavy e do Power Metal.
Pesado, obscuro e de certa forma emotivo, "Clayman" apresenta algumas das melhores músicas do In Flames. E duas dessas músicas falam sobre um momento complicado vivido pelo vocalista Anders Fridén, como ele mesmo contou durante entrevista concedida ao site Music Radar no segundo semestre de 2020.
"Todo esse álbum tem um certo tema. Eu estava no fim de um longo relacionamento que tinha azedado muito, não estava indo bem em um nível pessoal. Estava tentando encontrar meu lugar no mundo. Acho que os álbuns anteriores foram extremamente importantes para esse - ‘The Jester Race’, ‘Whoracle’ e ‘Colony’ foram como uma trilogia, com um tema do tipo antes, meio e depois. Essa foi uma direção totalmente nova.
Eu me senti muito mais pessoal, fiquei muito mais dentro de mim mesmo - escrevendo coisas para tirá-las do meu sistema. Eu estava tentando me entender. Não sei se foi um pedido de ajuda, mas com certeza foi para desabafar. Se você ler as letras [do disco], acho que poderá ter uma noção do tumulto interno", afirmou Anders, ao falar sobre "Bullet Ride", a excelente faixa que abre "Clayman".
"Uso muitas metáforas, que parecem sombrias e tristes, mas acho que as pessoas podem transformá-las em suas próprias metáforas. Encontrar suas próprias interpretações pode ajudar a música a permanecer com você por mais tempo, que é o que eu prefiro em vez de torná-la óbvia e direta. Portanto, esse álbum documentou minha busca interior por algo", complementou Fridén, que também fez comentários sobre a pesada "Square Nothing".
"Tocamos essa música de vez em quando. Eu realmente gosto dela ao vivo por causa da dinâmica. Há um início lento e mais groove, partes descontraídas antes de entrar em um tipo de riff muito típico do In Flames. É [um riff] muito galopante e parecido com o Iron Maiden.
Acho que é um ótimo exemplo de como nossa paleta musical era ampla. É a minha maneira de dizer que estou de volta à estaca zero. Eu estava no fim de um relacionamento e precisava aprender com meus erros para me tornar uma pessoa melhor, questionando o que eu estava fazendo durante todos esses anos e coisas do gênero. A vida pode ser dura, pode ser difícil. Não é fácil terminar algo, mesmo que você saiba que isso é inevitável. Há muitas emoções pelas quais você passa."
"Clayman" foi gravado por Anders Fridén (vocal), Jesper Strömblad (guitarra), Björn Gelotte (guitarra), Peter Iwers (baixo) e Daniel Svensson (bateria).
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