O clássico do rock psicodélico que Neil Peart disse ser "a antítese do que eu queria fazer"
Por André Garcia
Postado em 25 de novembro de 2024
Ao longo da década de 70, até o surgimento do punk, o rock progressivo reinou com seus arranjos complexos e músicas longas, com vários e longos solos e estrutura musical mais complexa possível.
Parecia que toda banda tinha que ter uma música longa para chamar de sua — ainda mais depois que o Led Zeppelin mostrou que dava para fazer sucesso com algo que tivesse de mais de 7 minutos. Chegou até uma hora que a coisa virou uma competição que quem fazia a música mais longa; competição essa vencida pelo Jethro Tull que fez uma música que ocupou o disco inteiro em "Thick as a Brick" (1972).
Um precursor disso tudo foi o Iron Butterfly, que em 1968 fez sucesso com o estranhamento provocado por seu improvável hit "In-A-Gadda-Da-Vida" com seus 17 minutos de duração:
"In-A-Gadda-Da-Vida" pode ter inspirado muitas das bandas que fizeram sucesso no rock progressivo setentista, mas o Rush não é uma delas. Em entrevista de 2011 para a Music Radar o baterista Neil Peart foi sincero: "'In-A-Gadda-Da-Vida' não foi uma inspiração para mim. [...] 'In-A-Gadda-Da-Vida' era a antítese do que eu queria fazer: era monótono e enfadonho. O pessoal chegava para mim e perguntava [imita a voz de alguém chapado] 'Você sabe tocar 'In-A-Gadda-Da-Vida', bicho? E eu respondia: 'Não sei, não… sei tocar é 'Wipe Out'!"
"Wipe Out" é um clássico da surf music dos Surfaris.
"In-A-Gadda-Da-Vida" sempre foi cult, mas virou um desses hits eternamente referenciados na cultura pop após pintar em um episódio de Os Simpsons lá nas primeiras temporadas:
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