O arriscado investimento que fez RPM perder milhões: "Não tivemos bom senso"
Por Gustavo Maiato
Postado em 17 de novembro de 2024
A banda RPM perdeu milhões em um investimento mal-sucedido na década de 1980, ao tentar criar sua própria gravadora, a RPM Discos. A ideia era lançar trabalhos do próprio grupo e apoiar artistas alternativos. A empreitada, porém, gerou grandes prejuízos e levou ao fim da empresa, conforme explica o site RPM Banda, que resgatou entrevistas sobre o assunto.
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O selo independente, fundado por Paulo Ricardo e Luiz Schiavon, lançou apenas um disco: o LP "Fósforos de Oxford", da banda Cabine C, liderada pelo cantor e compositor Ciro Pessoa, ex-Titãs. Com letras poéticas e um som sombrio, o álbum foi bem recebido, mas problemas na distribuição impediram seu sucesso comercial. "A falta de experiência com a administração de um selo e problemas externos fizeram com que o empreendimento lançasse apenas um disco", explicou Paulo Ricardo.
As gravações ocorreram entre dezembro de 1986 e fevereiro de 1987, com Schiavon atuando como produtor. "Ele foi um produtor criativo e tolerante, e o disco ficou muito bom", relembra Ciro Pessoa. Contudo, todos os custos foram arcados pela RPM Discos, o que pressionou as finanças do selo e complicou a operação da gravadora. Com dificuldades de distribuição e o fracasso em negociar com outras gravadoras, a RPM Discos teve que encerrar suas atividades, marcando o LP de Cabine C como seu único projeto.
Segundo Paulo Ricardo, as finanças e a administração desandaram em meio à crise econômica do período. "Tudo fugiu do nosso controle. A euforia do cruzado havia acabado, já era o cruzado novo. Então, vim a São Paulo e pedi ao Luiz para acabarmos com aquilo tudo. Eu e o Luiz não tivemos força nem bom senso para segurar essa situação toda, foi o fim", resumiu o músico.
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