O desenho que iria sair no lugar da capa branca do "White Album", dos Beatles
Por Bruce William
Postado em 16 de novembro de 2024
Nono álbum de estúdio dos Beatles, "The Beatles", mais conhecido como "White Album" (ou Álbum Branco no Brasil) ficou marcado não somente pela quantidade de músicas que se tornaram famosas como "Ob-La-Di, Ob-La-Da", "While My Guitar Gently Weeps", "Blackbird", "Revolution" ou "Helter Skelter", mas também pelo aumento de atrito entre seus integrantes durante as gravações, com cada um deles passando a se afirmar cada vez mais como artista individual. Paul disse que as sessões marcaram uma mudança no grupo, pois "havia muita tensão, estávamos quase nos separando". Lennon comentou que "a separação dos Beatles pode ser ouvida nesse álbum". Produtores e técnicos de som abandonaram ou quase abandonaram as sessões, que foram realizadas entre maio e outubro de 1968.
Outro ponto que também chama atenção no álbum lançado em novembro de 1968 é sua capa, totalmente branca, trazendo somente o nome da banda em relevo, sem nenhuma imagem ou quaisquer outros textos. Isso contrasta completamente não somente com a capa do álbum que o antecedeu, o "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", mas também com as capas do resto da discografia da banda, onde eles sempre estão presentes em foto ou desenho.
Como surgiu a ideia da capa do "White Album", dos Beatles
O artista pop Richard Hamilton criou a capa em parceria com Paul McCartney. Tudo começou quando Paul estava conversando com Richard sobre o pôster que viria com o álbum, quando o artista destacou a importância dos espaços em branco entre as fotos individuais, ressaltando que esses espaços exigiam tanto cuidado quanto a posição das fotos. Aquilo deixou Paul tão impressionado que ele teve a ideia de sugerir uma capa totalmente branca, sem fotos, para dar uma sensação de algo importante. Ao ficar sabendo da ideia, John Lennon disse: "Brilhante, é a última coisa que esperariam de nós."
A capa criada por Hamilton trazia o nome da banda em fonte Helvetica, em relevo levemente abaixo do meio do lado direito do álbum. Lançamentos posteriores nos EUA usaram o nome impresso em cinza, e cada cópia trazia um número de série único. Segundo Hamilton, a intenção era criar a "ironia de uma edição numerada de algo como cinco milhões de cópias". As primeiras quatro cópias foram para os membros da banda; a primeira cópia à venda, número 0000005, foi vendida em 2008. Em 2015, a cópia de Ringo Starr, número 0000001, foi vendida em leilão por 790 mil dólares. Ao que parece, este exemplar teria sido arrebatado por Jack White, e estaria guardado em Nashville na sede da Third Man Records, gravadora do músico.
Antes de ganhar o conceito de ser um "álbum branco", ainda durante a produção, o disco recebeu o título provisório de "A Doll's House". Mas depois de ficarem sabendo que a banda Family lançou um álbum naquele mesmo ano chamado "Music in a Doll's House", o título foi descartado. Nesta época, a ideia seria usar um desenho do quarteto feito pelo artista escocês John "Patrick" Byrne, mas no fim das contas, o disco acabou saindo com a capa branca. Entretanto, a ilustração de Patrick acabou sendo usada em outro lançamento dos Beatles, uma coletânea chamada "The Beatles Ballads", que pode ser vista abaixo.
Com informações do Wikipedia e do Beatles Again.
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