O álbum do The Doors que George Harrison comparou ao "Sgt. Peppers" dos Beatles
Por Bruce William
Postado em 25 de janeiro de 2025
Uma das histórias mais intrigantes envolvendo o The Doors é a de que Paul McCartney teria sido cogitado para integrar a banda após a morte de Jim Morrison, em 1971. "Sim. Paul tocaria baixo. Aquilo teria ficado incrível. Quem sabe que direção teríamos seguido se aquilo tivesse acontecido", comentou o tecladista Ray Manzarek em 2014.
Não há muitos detalhes adicionais sobre essa possibilidade impressionante, até porque, naquela época, Paul já estava focado em sua nova banda, o Wings, ao lado de sua esposa Linda McCartney. Linda, além de musicista, era uma renomada fotógrafa e chegou a registrar imagens de diversos rockstars da época, incluindo Jim Morrison e o The Doors. Algumas dessas fotos ainda são publicadas nas redes sociais dedicadas ao legado de Linda, como a imagem abaixo, compartilhada no Instagram:
No post, o texto explica: "As últimas fotos que tirei de Jim foram em março de 1968, quando o The Doors tocou no Fillmore East. A revista 'Life' estava planejando uma matéria de capa e queria que eu tirasse fotos coloridas dele. Eu o levei ao Cloister, um mosteiro fora de Nova York, onde eu costumava ir quando me sentia pressionada em Manhattan. Estava chovendo muito, então ficamos lá dentro. Jim sentou-se em uma janela, e a luz do pátio iluminou seu rosto. As fotos ficaram belamente comoventes. Martin Luther King foi assassinado duas semanas depois, então Jim nunca chegou à capa."
Há também um vídeo em que Linda exibe algumas fotos de Morrison e comenta não imaginar que estava fotografando alguém que se tornaria um ícone do Rock, mas admite que adorava a música e os integrantes da banda. "O The Doors não era uma banda tão popular antes da morte de Jim. Digo, veja o filme sobre eles, não era nada daquilo", comentou, referindo-se ao filme de Oliver Stone.
Sobre os Beatles, são raras as conexões disponíveis entre eles e o The Doors. Uma das mais curiosas é o relato de George Harrison, conforme o jornalista David Fricke escreveu no livreto da edição em CD de 2007 do álbum "The Soft Parade", lançado originalmente em 1969.
"'The Soft Parade' foi uma criação de estúdio prolongada, um experimento em tons luxuosos e drama romântico, mais próximo do espírito dos Beatles do que das '101 Strings' (como a revista Rolling Stone maldosamente descreveu na época). De fato, em uma das primeiras sessões, em novembro de 1968, o guitarrista dos Beatles, George Harrison, apareceu e comentou com a banda que o que ouviu o lembrou de Sgt. Peppers. Ele disse isso como um elogio."
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