O dia que John Lennon dividiu com Paul McCartney dores de sua infância: "Não é culpa sua"
Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de janeiro de 2025
No livro "As Letras" (Belas Letras), Paul McCartney revelou detalhes sobre a dor que John Lennon carregava devido às perdas familiares. Ele recordou que, no início da amizade, não sabia das tragédias que marcaram a infância de John, como a morte da mãe em um atropelamento e o abandono do pai quando ele ainda era bebê. Para Paul, o que impressionava era como Lennon transformava essa dor em uma força que o impulsionava a seguir adiante.
"Mesmo sendo uma figura famosa, ele conseguia ser tão real, vulnerável e engraçado, uma pessoa que havia sofrido muito e superado tantas dificuldades", escreveu Paul. Ele também relatou um momento de desabafo em que Lennon disse: "Acho que sou um pé-frio da linhagem masculina", referindo-se às perdas de familiares homens. Paul o tranquilizou, respondendo: "Não, não é culpa sua se o seu pai o abandonou nem que o tio George morreu; não tem nada a ver com você".
McCartney aproveitou para refletir sobre a influência positiva de sua própria família, especialmente a do pai, que o ajudou a enxergar a vida de forma mais leve. "A influência de meu pai se estendeu muito além da música. Ele me fez amar as palavras. Era um mestre em fazer piadas e trocadilhos", contou. Paul relembrou que o pai transformava até brincadeiras simples em algo sofisticado, criando jogos de palavras e cruzadas que desafiaram seu olhar desde a infância.

O abandono de John Lennon pelo seu pai
De acordo com o site Portal Beatles Brasil, a relação entre John Lennon e seu pai, Alfred Lennon, foi marcada por ausência e conflitos. Alfred, nascido em 1912 em Liverpool, enfrentou dificuldades desde cedo, incluindo a morte do próprio pai e uma infância em uma escola para órfãos. Na juventude, tornou-se marinheiro e se casou com Julia Stanley em 1938.
Quando John nasceu, em 1940, Alfred estava no mar e enviava dinheiro para sustentar a família. Contudo, durante a Segunda Guerra Mundial, foi preso nos Estados Unidos e perdeu contato com Julia. Em uma carta, sugeriu que ela seguisse em frente, e Julia acabou refazendo sua vida com outro homem.
A ausência de Alfred marcou profundamente John, que foi criado pela tia Mimi. Em 1946, Alfred tentou levar o filho para viver com ele, mas, em uma situação traumática, John, então com 6 anos, teve que escolher entre o pai e a mãe. Inicialmente optou por Alfred, mas mudou de ideia e correu atrás de Julia.
Os dois tiveram pouco contato nos anos seguintes. Em 1964, Alfred tentou se reaproximar, mas o relacionamento continuou distante. Mesmo assim, John enviava ajuda financeira. No final da vida, Alfred tentou se reconciliar com o filho, mas questões mal resolvidas, como o nascimento de outro filho em um relacionamento controverso, mantiveram a relação tensa até sua morte. John, apesar dos traumas, ofereceu ajuda para o funeral do pai.
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