Documentário revisita censura ao Punk Rock brasileiro
Por Farol Music
Postado em 05 de fevereiro de 2025
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"A história do Brasil é também uma história da censura", afirma Fernando Calderan, um dos diretores do documentário "Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil". Em pouco menos de 35 minutos, o filme dirigido também por Fernando Luiz Bovo, Matheus de Moraes e Renan Negri, traz as reflexões de integrantes das bandas Cólera, Inocentes, Garotos Podres, Ratos de Porão, Olho Seco e Ulster sobre o universo rebelde e contestador do Punk Rock das décadas de 1970 e 1980. O documentário, já disponível no Youtube, revela os impactos da repressão na cena punk ao abordar parte dos vetos da Censura Federal às músicas do estilo, numa tentativa de calar as vozes que desafiavam o sistema.
Assista o documentário no player abaixo.
"Não é Permitido" surgiu de uma pesquisa, realizada desde 2021 por Fernando Calderan e Renan Negri, sobre a censura ao Punk Rock, que em breve será transformada em livro. O trabalho identificou mais de 80 músicas encontradas com o carimbo da censura, e documentos que demonstram a perseguição ao movimento, observado de perto pela polícia. "Os documentos foram resgatados da antiga Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) e trazem à tona estratégias usadas para sufocar o movimento. No registro em audiovisual fizemos um recorte dos casos de censura ao Punk Rock, não contemplando bandas como Os Replicantes, Camisa de Vênus e Atack Epiléptico", revela Negri.

Matheus de Moraes lembra que a ausência de algumas bandas, indica o desejo de continuar. "Este trabalho é uma oportunidade de valorizar toda uma história de resistência e arte", diz. Já para Fernando Bovo, este trabalho é muito importante por trabalhar memória, oralidade e documentos históricos. "Temos aqui uma obra que resgata e ao mesmo tempo constrói", afirma.
Clemente Nascimento (Inocentes), Jão (Ratos de Porão), Mao (Garotos Podres), Val (Cólera / Olho Seco), Ariel Invasor (Inocentes - à época), Pierre (Cólera) e Vlad (Ulster) são os personagens que contam suas histórias durante aquele período sombrio, e a forma que encontraram de não permitir que a censura apagasse a arte de cada uma das bandas, reafirmando o poder da música como ferramenta de resistência e expressão cultural.
De acordo com Calderan, a proibição às ideias divergentes sempre esteve presente na rotina nacional, e nos últimos anos cresceram as denúncias e casos explícitos de censura. "Os europeus trouxeram a censura na bagagem. Mesmo em tempos ditos democráticos, o veto foi usado como órgão repressor. O Brasil não se desvencilhou da censura como forma de calar o pensamento divergente. Mesmo com o fim da seção como órgão de Estado há mais de trinta anos, a postura do corte continua presente", finaliza.
"Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil" é um projeto viabilizado por meio da lei de incentivo à cultura Paulo Gustavo.
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