Quando o Thin Lizzy encontrou sua sonoridade: A Formação que deu início à "era de ouro"
Por Yuri Apolônio
Postado em 27 de março de 2025
O último lançamento da formação original do Thin Lizzy é o "Vagabonds of the Western World", de setembro de 1973. Nela, a banda apresenta a canção lançada como single, "The Rocker", que dá um pequeno indício do caminho que o grupo tomaria num futuro breve. Apesar de falhar em alcançar as paradas no Reino Unido, a canção vai razoavelmente bem país natal da banda, com o 11º lugar. "The Rocker" é uma das poucas músicas desse período com o guitarrista Eric Bell a permanecer no repertório do Thin Lizzy nos anos posteriores, normalmente como canção de fechamento dos shows.
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"Vagabonds of the Western World" marca o início da parceria com Jim Fitzpatrick para a criação da ilustração da capa do álbum, assim a estreia de Phil Lynott como co-produtor de um disco.
No final de 1973, por não conseguir lidar com o estilo "vida loka" de guitarrista de banda de rock, Eric Bell deixa o Thin Lizzy, o que faz que logo no dia seguinte a banda contrate Gary Moore para ajudá-los a finalizar a turnê. Moore permanece com a grupo até abril de 74, inclusive participando de algumas canções que serão lançadas no álbum seguinte do Thin Lizzy. Cabe destacar que Gary Moore voltaria a integrar a banda em 1978, período em que grava o maravilhoso "Black Rose".
Com a saída de Moore e não querendo mais ficar na mão por causa de guitarristas, Lynnot decide expandir os horizontes do Thin Lizzy com a inclusão de… dois guitarristas! Os dois primeiros contratados, contudo, ficam somente cerca de três meses, o que obriga Lynnot e Downey realizarem audições para as vagas.

Após alguns dias, a banda anuncia o escocês de somente 18 anos, Brian Robertson, e o californiano Scott Gorham para as guitarras, iniciando uma formação que lançaria junta os próximos quatro álbuns de estúdio do Thin Lizzy.
O disco de estréia do quarteto, o "Nightlife", lançado em novembro de 1974, termina sendo outra decepção comercial, vendendo somente cerca de 10 mil cópias. Por incrível que pareça, mesmo com dois guitarristas e com excessão das canções "It’s Only Money" e "Sha la la", "Nightlife" é um disco mais leve que o anterior
Os guitarristas criticariam posteriormente o produtor Ron Nevison pelo som suave do álbum. Brian Robertson chamaria a produção de "muito boba", enquanto Gorham diria que o disco era "ridiculamente inofensivo". Mas sendo justo, apesar de a produção ser exagerada, tornando a obra até meio "brega" em alguns momentos, julgo se tratar de um disco que passa muito longe de ser um desastre artístico.

Um passo a frente finalmente é dado com a segunda obra da formação e quinto álbum de estúdio do Thin Lizzy: o "Fighting", lançado em setembro de 1975. Com ele, a banda alcança um honroso Top 60 nas paradas britânicas, além de um Top 50 na Suécia.

Para muitos, o "Fighting" marca o início da "era de ouro" do grupo, o que pra mim parece bastante razoável, afinal, é nele que identificamos pela primeira vez o protagonismo das guitarras tocando juntas ou em harmonia, em especial no Lado A.

Dessa obra, destaco quatro canções: 1) O cover de Bob Seger, com quem a banda havia excursionando na última turnê, "Rosalie", que abre o disco; 2) A quase canção-título "Fighting My Way Back"; 3) Gosto também da "Ballad of the Hard Man"; Mas aquela que mais chama atenção é, sem dúvida, a sensacional "Suicide".
O caminho para o Thin Lizzy estava traçado, faltava ainda o sucesso comercial, o que seria alcançado em somente alguns meses com o Jailbreak.
Este texto é um trecho do roteiro para o vídeo "Jailbreak (1976): a história do disco que ajudou a definir o heavy metal", publicado no canal "No Rastro do Som", no YouTube. Nele, conta a história da criação da banda até finalmente obterem algum sucesso comercial, com seu sexto álbum. Se quiser conhecer o conteúdo completo, é só clicar no vídeo abaixo.


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