Talvez não tenham criado o metal, mas sem eles o gênero seria uma merda, diz Dave Grohl
Por Bruce William
Postado em 29 de abril de 2025
Poucos músicos na história do rock conquistaram tanto respeito quanto Dave Grohl. Seja como baterista do Nirvana, líder do Foo Fighters ou parceiro de projetos como o Them Crooked Vultures, Grohl construiu uma trajetória de sucesso que já dura décadas. No entanto, ele nunca escondeu que tudo o que conquistou deve muito à influência de uma banda em especial: o Led Zeppelin.
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Em entrevista à Rolling Stone (via Far Out), Grohl afirmou que sem o Zeppelin, o heavy metal simplesmente não existiria. "Se existisse, seria uma merda", brincou. Para ele, o grupo formado por Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham foi mais do que apenas uma banda: "Eram a combinação perfeita de paixão, mistério e técnica. Eles nunca estavam satisfeitos em ficar no mesmo lugar. Sempre buscavam algo novo. Eles poderiam ter feito tudo se não tivessem sido interrompidos pela morte de Bonham", declarou.
A admiração de Grohl pelo Led Zeppelin é antiga e vai além das palavras. Ainda adolescente, ele tatuou no próprio corpo o símbolo de três círculos interligados, usado por John Bonham no clássico álbum "Led Zeppelin IV". Ele mesmo fez a primeira tatuagem improvisada aos 16 anos e, depois, fez mais duas, uma em Amsterdam e outra com o dinheiro de seu primeiro salário ao entrar no Nirvana.
O carinho por John Bonham é particularmente notável. Grohl já declarou que considera o baterista "o maior de todos os tempos" e, em 2005, listou suas músicas favoritas para destacar o talento do ídolo. Entre as escolhidas estavam faixas como "Achilles' Last Stand", "Kashmir" e "When the Levee Breaks", onde elogiou a capacidade de Bonham de unir técnica e feeling de maneira inigualável. "Os fills dele em 'Achilles' parecem impossíveis de se tocar", afirmou na ocasião.

Grohl também participou de projetos diretamente ligados ao legado do Zeppelin. Em 2010, foi o narrador do documentário da BBC Radio 6 sobre Bonham e, em 2021, escreveu o prefácio do livro Beast: John Bonham and the Rise of Led Zeppelin. Além disso, realizou o sonho de dividir o palco com John Paul Jones no Them Crooked Vultures, coroando sua conexão emocional com o grupo.
Para Grohl, o impacto do Led Zeppelin transcende a música. Em suas palavras, o grupo criou um universo próprio, repleto de fantasia e emoção, que serviu como uma fuga para muitos jovens da sua geração. "Talvez nem estivéssemos vendo filmes como O Senhor dos Anéis se não fosse pelo Zeppelin", brincou.

Embora o Zeppelin tenha sido criticado em parte da imprensa nos anos 1970, Grohl acredita que a falta de reconhecimento na época se deve ao fato de serem muito experimentais para os padrões da crítica. De toda forma, ele crava sem hesitar: "Sem Led Zeppelin, boa parte dos últimos cinquenta anos de rock simplesmente não existiria".
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