Vocalista original do AC/DC detona bandas de metal e a música atual
Por André Garcia
Postado em 24 de abril de 2025
Quando se fala em vocalista original do AC/DC muitos pensam em Bon Scott. Por mais que ele tenha sido o vocalista com quem a banda fez sucesso, antes dele já tinha tido o Dave Evans.
Dave teve uma breve passagem pela banda, de 1973 a 74, gravando com ela apenas os singles "Can I Sit Next to You, Girl" e "Rockin' In The Parlour" (ambos de 1974). Mas mesmo assim até hoje ele é lembrado como um ex-membro do AC/DC.
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Conforme publicado pela Loudwire, em recente entrevista o site mexicano Rock 111 Dave Evans detonou o heavy metal por sua "postura fingida".
"O rock n roll é atitude — uma atitude real, não fingida. O metal é uma atitude fingida, eles vão lá e cantam 'Rahrahrahrahrahrah…' isso é uma palhaçada! Eles vão lá, pintam o rosto, dizem 'Yeah yeah!'; depois voltam para a casa da mãe 'Mamãe, o que tem para o jantar?' Já o rock 'n' roll sim é real."
Sobre o fato do rock ter deixado de ser mainstream, Dave atribuiu ao fato de as grandes gravadoras terem perdido o interesse no gênero:
"A última banda de rock contratada por uma grande gravadora foi há uns 20 anos. Não estou falando de metal; estou falando de rock n roll. Não tem uma banda de rock contratada há 25 anos. Então, se as pessoas não estão ouvindo [rock]… como poderiam gostar [ouvir de rock]? Se você tocar [bandas de rock] para elas, elas vão adorar!"

Sobre a música atual, Evans demonstrou desinteresse dizendo que ela é tão pensada enquanto produto que deixa a desejar em termos de sentimento:
"Muita música [moderna] é bastante clínica — clínica até demais. Se você voltar e ouvir bandas como Led Zeppelin e Free, você realmente sentia a música deles. Essa música de hoje é chata para mim porque não tem humanidade. […] Ela pode ser feita de forma inteligente e habilidosa, e [eles podem] usar todos os acordes e tal… mas não tem sentimento. Assim caminha a humanidade — a humanidade musical. E os caras que fazem todo esse tipo de coisa [imita guitarristas fritadores] não têm humanidade alguma também. Isso é fato. Alguém como [Carlos] Santana quando toca uma nota só… aquilo sim é humanidade na música, e não [tocar um monte de notas em alta velocidade]."

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