Mikael Åkerfeldt, do Opeth, não acredita em ser "fiel às raízes"
Por João Renato Alves
Postado em 20 de abril de 2025
Quem acompanha a carreira do Opeth sabe que a banda não se prendeu a uma fórmula, experimentando diversos caminhos em sua discografia. O vocalista e guitarrista Mikael Åkerfeldt concedeu entrevista à Monsters of Rock TV antes da nova vinda ao Brasil e falou sobre o tema, deixando claro não acreditar em fidelidade às raízes. Ele disse, de acordo com transcrição do Blabbermouth:
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"Para ser sincero, não presto muita atenção às nossas raízes. Elas estão lá, independentemente de eu querer ou não, então não preciso pensar muito sobre esse tipo de coisa. Acho que alguns dos nossos fãs provavelmente discordariam e diriam que abandonamos nossas raízes, e até certo ponto, suponho que isso seja verdade. Mas a essência do nosso trabalho, desde o início, não era nos apegar a um som específico ou — como se diz? — a uma direção específica. A ideia sempre foi continuar evoluindo."
O frontman deixou claro que a proposta remete aos primórdios do grupo. "Lembro-me de que, desde o início, conversamos entre nós sobre como seria ótimo se pudéssemos ser uma daquelas bandas que fazem o que querem. Mesmo quando gravamos o primeiro álbum, eu tinha 19 anos, mas já tinha começado a me aventurar no death metal. Curtia muito rock progressivo. Curtia música de cantores e compositores. Comprei alguns discos de jazz, alguns de fusion, música clássica, todo tipo de coisa. E logo no começo senti que seria impossível continuar em uma banda se não me permitisse compor música sem limites. E quem vai impor limites para nós? Quer dizer, ninguém está nessa posição.
E no começo, nem tínhamos fãs, achávamos que podíamos fazer o que quiséssemos. Não havia referências. Éramos só nós tentando compor músicas que gostássemos. E bem cedo começamos a mudar. Quer dizer, o primeiro álbum é parecido com o segundo, mas aí fizemos uma mudança, e depois disso fizemos outra mudança, e depois mais tarde fizemos outra mudança. E sempre evoluiu. E eu sempre gostei disso. Não acredito em permanecer fiel às raízes, porque essas raízes não existem da mesma forma na nossa banda como existem em outras. Nossas raízes sempre foram evoluir."
Recentemente, o Opeth ganhou o Grammis – versão sueca do Grammy – pelo álbum "The Last Will and Testament", na categoria hard rock/heavy metal. O trabalho chegou ao Top 10 em 8 paradas europeias, com destaque para o 3º lugar na Alemanha.
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