Geddy Lee fala sobre aquele que considera "o maior baixista do rock de todos os tempos"
Por André Garcia
Postado em 19 de abril de 2025
O Rush surgiu no começo dos anos 70, e consagrou na segunda metade da década como um dos maiores nomes do rock progressivo. Seu baixista, Geddy Lee, teve como maiores inspirações os heróis do baixo do rock sessentista, como Jack Bruce (Cream), John Entwistle (The Who) e Paul McCartney (Beatles).
Conforme publicado pela Rock and Roll Garage, certa vez Geddy apontou Entwistle como o maior de todos os tempos:
"John Entwistle foi um dos primeiros deuses para mim. Digo deuses do rock [risos]! Quando ouvi 'My Generation' pela primeira vez, pensei 'Que banda é essa?' [...] Era um hit pop com um solo de baixo! [...] O The Who era uma daquelas que você tinha que conhecer. E ainda tinha aquele que classifico como o maior baixista do rock de todos os tempos, de certa forma."


"Antes de tudo, ele era feroz, [...] tinha um timbre muito alto, muito agressivo. E ouvir aquilo em uma rádio pop abriu minha cabeça. Fui atraído, em primeiro lugar, por seu timbre, em segundo lugar, por sua audácia e, em terceiro lugar, por sua destreza. Pô, ele tinha uma agilidade incrível. [Suas mãos] se moviam pelas cordas de maneira tão fluida e com tanta facilidade... e, ao mesmo tempo, fazendo um som tremendamente feroz."

Geddy relembrou ainda que era clássico entre as bandas iniciantes tentar tocar "My Generation" (que não é tão simples quanto as pessoas acham):
"Todo mundo quando está começando tenta tocar 'My Generation' e falha miseravelmente. Mas mesmo assim você fazia sua própria versão piorada dela. Eu diria que [as músicas do The Who] eram mais difíceis de tocar do que, digamos, um cover de 'Road Runner', de Junior Walker and the Allstars."
"Eu amo John Entwistle, do The Who — o melhor baixista que eu já vi! O melhor baixista da face da Terra. Ele era o melhor para mim, não tem nem competição. Ele estava tão no comando do instrumento, eu nunca vi ele pisar na bola, nunca ouvi ele tocar uma nota errada. E ele era tão rápido — as duas mãos rápidas pra caramba! O solo de baixo de 'My Generation' até hoje dá nó nos seus dedos. Dá para aprender a tocar, mas outra coisa é criar aquilo. E olha que era lá em 1964!"

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