O fenomenal baixista que revolucionou o rock sem saber tocar nem compor
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de abril de 2025
Sid Vicious não sabia tocar baixo. Não compôs uma nota do disco dos Sex Pistols e raramente conseguia manter o ritmo ao vivo. Ainda assim, seu nome segue associado ao punk britânico e à revolução cultural que tomou conta da Inglaterra nos anos 1970 mesmo com morte precoce. Segundo o jornalista Justin Beckner, do site Ultimate Guitar, isso não é por acaso. Para ele, Vicious foi exatamente o que o punk precisava.

"Foi muito mais importante do que as pessoas reconhecem", escreve Beckner. Em artigo publicado no site, o autor destaca que o impacto do baixista não veio do talento musical, mas da imagem e da postura — algo que, no punk, muitas vezes fala mais alto do que a técnica.
Sid Vicious, nascido Simon John Ritchie, entrou para o Sex Pistols em 1977, já com a banda formada e prestes a lançar "Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols" — único álbum do grupo. O disco, porém, foi gravado com Glen Matlock no baixo. Vicious entrou na formação ao vivo, como símbolo da rebeldia e do caos.
"O punk é mais uma expressão cultural do que um movimento musical tradicional", escreve Beckner. "Sid foi escolhido pela aparência e pela atitude. Certamente não foi pela forma de tocar."
No palco, o comportamento errático de Vicious chamava mais atenção do que qualquer nota que pudesse tocar. E isso se encaixava no espírito da banda. Para Beckner, os Sex Pistols funcionavam bem como um trio — com Steve Jones na guitarra e Johnny Rotten nos vocais. A presença de Sid era quase teatral. "Eles ganharam mais notoriedade com um mascote punk do que ganhariam com um baixista técnico."
A comparação vai além: "Sid Vicious era como o Eddie do Iron Maiden. Um símbolo, uma figura icônica. A única diferença é que Vicious estava de fato no palco, tocando — ou tentando tocar."
O jornalista encerra o texto com uma provocação: "Ele não era um bom baixista. Mas era o baixista de que os Sex Pistols precisavam."E talvez isso explique por que, mais de 45 anos depois, ainda estamos falando de Sid Vicious. Não por sua música, mas pela fúria, pela imagem e pela ruína — todos elementos que, no punk, também fazem barulho.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os 5 discos de rock que Regis Tadeu coloca no topo; "não tem uma música ruim"
A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
Wolfgang Van Halen diz que as pessoas estão começando a levar seu trabalho a sério
A melhor música do AC/DC de todos os tempos, segundo o ator Jack Black
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
Novo álbum do Violator é eleito um dos melhores discos de thrash metal de 2025 pelo Loudwire
Cinco bandas que, sem querer, deram origem a subgêneros do rock e do metal
Metal Hammer aponta "Satanized", do Ghost, como a melhor música de heavy metal de 2025
AC/DC, Maiden e festivais de R$ 3 mil: 1 em cada 4 brasileiros já se endividou por shows
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
Metal Hammer inclui banda brasileira em lista de melhores álbuns obscuros de 2025
Site de ingressos usa imagem do Lamb of God para divulgar show cristão
9 bandas de rock e heavy metal que tiraram suas músicas do Spotify em 2025
A banda que "nocauteou" Ray Manzarek, do The Doors; "Acho que era minha favorita"
A lendária guitarra inspirada em Jimmy Page, Jeff Beck e Eric Clapton que sumiu por 44 anos
10 guitarristas impossíveis de serem copiados, conforme o Metal Injection
Os melhores guitarristas da atualidade, segundo Regis Tadeu (inclui brasileiro)
Os melhores bateristas de hair metal de todos os tempos, segundo a Loudwire
Site americano elege os melhores baixistas do rock progressivo de todos os tempos
Baixo: 100 linhas famosas do instrumento em 13 minutos


