O álbum onde, para Joe Perry, o Aerosmith atingiu seu apogeu de criatividade
Por Bruce William
Postado em 07 de abril de 2025
Joe Perry viu e esteve presente quando o Aerosmith passou por todas as fases possíveis: o surgimento nos bares de Boston, o estrelato meteórico nos anos 70, a derrocada por drogas e brigas, e o retorno triunfal na era MTV. Mas, para ele, nenhum momento foi tão certeiro quanto o disco "Rocks", lançado em 1976. Foi ali que, segundo o guitarrista, o grupo atingiu seu auge criativo.
Aerosmith - Mais Novidades
"'Toys in the Attic' foi só o aquecimento para o 'Rocks'", disse para o Boston Magazine, em fala resgatada pela Far Out. "Naquele disco, a gente estava no auge da criatividade." Embora Toys tenha rendido sucessos como "Walk This Way" e "Sweet Emotion", Perry via aquele álbum ainda como um ensaio para algo maior. "Rocks" foi o momento em que tudo se encaixou: composição, performance e atitude.
A sonoridade do disco deixava claro que o Aerosmith não queria mais ser comparado a Rolling Stones ou Led Zeppelin. A banda manteve a veia blues e o espírito sujo do rock, mas injetou mais peso, mais velocidade e um senso de urgência que antecipava, em certo sentido, a crueza do punk. "Back in the Saddle", faixa de abertura, já começa com Perry tocando um baixo de seis cordas distorcido, criando uma tensão que explode nos vocais rasgados de Steven Tyler.
Mesmo as faixas que não viraram single se destacam. "Rats in the Cellar" soa como uma versão mais frenética de "Toys in the Attic", enquanto "Nobody's Fault" tem um clima sombrio e pesado que inspiraria até bandas de metal anos depois. Não havia espaço para baladas açucaradas nem tentativas de agradar o rádio. Era o Aerosmith tocando do jeito que queria, e no volume máximo.
Com o tempo, a banda adaptaria seu som ao mercado, principalmente nos anos 80 e 90, com baladas como "Angel" e "Crazy", e discos voltados para o gosto da MTV. Mas para Joe Perry, nada se compara ao que fizeram ali. Rocks virou, para ele, o ponto mais alto de uma banda que ainda tinha muito pela frente - mas que nunca soaria tão crua, coesa e determinada como naquele disco.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett

A curiosa relação entre título de clássico do Aerosmith e "Os Três Patetas"
Os 20 álbuns de classic rock mais vendidos em 2025, segundo a Billboard
O rockstar que não tocava nada mas amava o Aerosmith; "eles sabiam de cor todas as músicas"
Parceria com Yungblud rende marca histórica ao Aerosmith
A banda que Joe Perry quase escolheu no lugar do Aerosmith; a proposta parecia fazer sentido
Três Álbuns Seminais Lançados em 1975, nos EUA
Fotos de Infância: Steven Tyler, do Aerosmith


