Como um passaporte perdido deu origem a uma das mais marcantes obras do Pink Floyd
Por Bruce William
Postado em 11 de maio de 2025
O Pink Floyd já havia feito trilha para cinema, balé e até apresentações com chaleira elétrica no palco, mas nada prepararia a banda para a filmagem que aconteceria em outubro de 1971 no anfiteatro romano de Pompeia, sem plateia, com amplificadores encostados em colunas milenares. E tudo isso só aconteceu porque o diretor Adrian Maben esqueceu o passaporte no lugar errado.
Pink Floyd - Mais Novidades
Maben havia feito uma proposta inicial mais conceitual: filmar o Pink Floyd interagindo com obras de arte do movimento Nouveau Réalisme, com colagens e objetos cotidianos. Gilmour ouviu a ideia, agradeceu educadamente e encerrou com um "au revoir". Como a ligação de volta nunca veio, Maben foi viajar com a namorada para a Itália. Em Pompeia, visitaram o anfiteatro, comeram sanduíche sentados nas pedras e seguiram o passeio. Só mais tarde ele notou que havia perdido o passaporte.
Ao refazer o trajeto e convencer os seguranças a deixá-lo entrar no local já fechado, o diretor percebeu algo curioso: as sombras da noite, o silêncio absoluto, o som de insetos e morcegos entre as pedras. "Imediatamente soube que era ali que deveríamos filmar o Pink Floyd", contou, em fala publicada na Classic Rock. O documento não apareceu, mas a ideia da vida dele tinha acabado de nascer.
Maben escreveu para o empresário da banda propondo uma filmagem sem público, que fugisse do modelo Woodstock; sem multidões, só a banda tocando cercada pelas ruínas. A produção foi fechada com ajuda de professores de história locais, uma produtora francesa e um orçamento apertado. O transporte do equipamento para o sul da Itália só foi garantido depois que o diretor entregou as últimas 2 mil libras que a mãe falecida havia deixado como herança.
Anos depois, Maben lembraria que ninguém ali — nem ele, nem os integrantes da banda — imaginava que aquele projeto ainda seria discutido mais de meio século depois. Mas como ele mesmo diria depois, perder o passaporte às vezes é só a desculpa que o acaso usa pra acertar o caminho.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026
A banda de rock clássico que mudou a vida de Eddie Vedder de vez; "alma, rebeldia, agressão"
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
O pior disco do Queen, de acordo com a Classic Rock
A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
Dave Grohl elege o maior compositor de "nossa geração"; "ele foi abençoado com um dom"
Soulfly divulga vídeo de "No Pain = No Power", faixa de seu novo disco

3 bandas clássicas que felizmente mudaram de nome antes de fazer sucesso
O álbum do Pink Floyd que David Gilmour acabou detestando por causa do Roger Waters
David Gilmour responde se voltará a trabalhar com Roger Waters no Pink Floyd
O famoso solo que David Gilmour jamais começa diferente; "Parece tolice não fazer isso!"
Os 11 álbuns prog preferidos de Geoff Downes, tecladista do Yes e Asia
O álbum do Pink Floyd que sempre deixou um gosto de arrependimento em David Gilmour
Os 12 dias em que o Pink Floyd foi um quinteto
Roger Waters sobre Nobel da Paz: poderia ter sido dado a Donald Trump, não seria menos absurdo
Roger Waters explica porque deixou o Floyd, porque regravou o DSOTM e porque ele é assim


