Guilherme Arantes reflete sobre famosa frase de John Lennon que gerou polêmica
Por Gustavo Maiato
Postado em 10 de maio de 2025
Ao celebrar 50 anos de carreira, Guilherme Arantes fez em suas redes sociais um desabafo sincero sobre o impacto de declarações públicas em trajetórias artísticas. "Um artista pode colocar tudo a perder quando sai falando o que vem na cabeça, ao invés de se concentrar na sua arte", afirmou. Segundo ele, a exposição exagerada fora do campo musical muitas vezes traz consequências indesejadas. "O que você teria feito diferente na sua carreira?", pergunta retoricamente, antes de responder: "Teria composto e cantado mais, e dado muito menos entrevistas. Não teria 'falado' praticamente nada".

Para Arantes, o problema não está apenas no conteúdo das falas, mas em como são usadas: "Falar é fácil. Qualquer um fala. Principalmente coisas que só prejudicaram o próprio rumo, o próprio caminho". Ele ainda critica a imprensa, apontando que "em 80% dos casos das entrevistas, muitas frases foram perniciosamente extraídas das minhas palavras para ‘apimentar’ títulos das matérias". E conclui: "Silence is Golden. É por isso que eu acho que mudei para melhor".
A reflexão veio à tona junto a uma lembrança histórica: a frase dita por John Lennon em 1966, que gerou enorme polêmica. "O cristianismo irá embora. Vai desaparecer e encolher... Somos mais populares que Jesus agora", declarou o Beatle em entrevista ao jornal britânico London Evening Standard. A fala, pouco notada no Reino Unido, causou indignação quando foi republicada nos Estados Unidos. Lá, especialmente na região conhecida como "cinturão bíblico", a reação foi explosiva: queima de discos, boicotes em rádios e até manifestações da Ku Klux Klan.
A repercussão foi tão intensa que Lennon se retratou publicamente: "Se tivesse dito que a televisão era mais popular do que Jesus, ninguém teria ligado. Só usei o termo ‘Beatles’ para exemplificar". Explicou que sua fala refletia a realidade inglesa, onde os jovens estavam mais conectados à música do que à religião. "Não era minha intenção ofender", completou.
Décadas depois, em 2010, o jornal oficial do Vaticano, L’Osservatore Romano, publicou um artigo que relativizava a polêmica: "É verdade, eles usavam drogas e se deixavam levar pelo sucesso. Eles até chegaram a dizer que eram mais populares que Jesus. Mas, ouvindo suas músicas, tudo isso parece distante e insignificante".
Entre os comentários dos fãs de Arantes, muitos endossaram sua visão. "Você tem toda razão. [...] Falar, opinar, ‘lacrar’ deixaram de ser ferramentas de divulgação de uma obra — viraram a obra em si", disse um internauta. Outro ironizou: "Se a Ku Klux Klan se manifestou contra o que o John Lennon falou, o John estava certo em muito do que disse".
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