Veja a performance ao vivo do Led Zeppelin que Robert Plant considera "inacreditável"
Por Bruce William
Postado em 01 de maio de 2025
Em 1979, o Led Zeppelin subiu ao palco do Knebworth Festival para um dos shows mais emblemáticos de sua carreira. A banda já havia enfrentado tragédias pessoais e um longo hiato nos palcos, e aquele retorno tinha um peso simbólico grande — era a primeira apresentação no Reino Unido em quatro anos. Diante de uma plateia de mais de 100 mil pessoas, eles mostraram que ainda sabiam causar impacto.
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O setlist era longo e misturava clássicos com músicas mais recentes. Entre elas, estava "Achilles Last Stand", uma das faixas mais complexas e intensas da discografia do grupo. Lançada no álbum "Presence" (1976), a música tem mais de nove minutos, alterna climas e exige sintonia absoluta entre os músicos. Para Robert Plant, foi ali que a mágica aconteceu.
"Você deveria assistir ao clipe de Achilles Last Stand em Knebworth", disse o vocalista em declaração publicada na Far Out. "A união entre aqueles caras era inacreditável. Se você não conseguisse alcançar aquilo, seria uma experiência vazia, sem alma — e ninguém quer isso."

A fala de Plant chama atenção não apenas pelo elogio à música, mas por destacar a coesão da banda naquele momento. John Bonham sustentava a bateria com precisão feroz, John Paul Jones costurava a base rítmica, e Jimmy Page conduzia a guitarra em camadas sobrepostas, com riffs, harmônicos e solos densos. A própria letra da música tem um tom épico, misturando mitologia, viagens e isolamento, refletindo o estado emocional da banda na época.
Embora o Zeppelin já estivesse entrando em sua reta final — Bonham faleceria pouco mais de um ano depois —, a apresentação de Knebworth foi uma demonstração de força. O grupo ainda conseguia ser coeso, intenso e envolvente, mesmo com um palco simples e sem as grandes estruturas que viriam a se tornar padrão nos anos 1980.

Se Plant escolheu "Achilles Last Stand" para ilustrar o auge da conexão entre os quatro integrantes, talvez seja porque a música resume tudo que o Led Zeppelin foi no palco: peso, complexidade e entrega. Um raro momento em que o virtuosismo individual se dissolvia em algo maior — e coletivo. Confira no vídeo a seguir.

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