O álbum do Led Zeppelin que Jimmy Page diz ter sido o mais difícil de fazer
Por Bruce William
Postado em 05 de julho de 2025
A discografia do Led Zeppelin termina oficialmente com "Coda", lançado em 1982. Mas quem se debruça sobre o disco percebe rapidamente que não se trata de um álbum convencional da banda, e o próprio Jimmy Page nunca escondeu o incômodo com ele.
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"Foi um álbum póstumo, onde você vai usar sobras de estúdio, porque não tínhamos mais nada guardado", explicou o guitarrista em fala resgatada pela Far Out. "Não era como se tivéssemos um álbum pronto para lançar. Claro que não, estávamos longe disso."

Segundo ele, o disco surgiu por obrigação contratual. "As pessoas perguntam: 'Qual foi o álbum mais difícil?', e esse foi o tal". A dificuldade não estava apenas no material escasso, mas no contexto. A banda ainda se recuperava do baque da morte de John Bonham em 1980 e o projeto se tornou, nas palavras de Page, uma espécie de encerramento forçado. Apesar de incluir algumas gravações antigas inéditas, o conteúdo não representava uma nova fase criativa, mas sim fragmentos do passado.
O próprio "Coda" parece reconhecer isso. Enquanto "In Through the Out Door" dava sinais de uma mudança sonora com direção mais experimental e o teclado ganhando espaço - goste ou não dela - o disco final é uma colcha de retalhos. Serve mais como epílogo do que como álbum definitivo, é como se fosse uma despedida em forma de sobras.

A sensação é de uma história interrompida. Para quem está descobrindo a banda, "Coda" talvez deva ficar por último mesmo. Não como uma obra essencial, mas como uma peça final que encerra a trajetória de um grupo que ainda parecia ter mais a dizer, mas que se viu calado de forma abrupta e trágica.
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