A justificativa de Lemmy Kilmister para morar em um apartamento pequeno
Por João Renato Alves
Postado em 28 de setembro de 2025
Quem acompanhou algum documentário ou entrevista de vídeo com Lemmy Kilmister, sabe que o líder do Motörhead vivia em um apartamento pequeno e cheio de objetos. O local, em Los Angeles, foi encontrado pelo músico nos anos 1990 e seguiu sendo seu lar até a morte, ocorrida em 2015.
Durante entrevista ao Get on the Bus, o baterista Mikkey Dee contou ter questionado o colega de banda sobre o motivo de não se mudar para um espaço maior. A resposta foi categórica, como esperado do baixista e vocalista britânico.
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"Ele vivia de forma muito simples, muito apertada. Tinha um milhão de coisas, você nem conseguia entrar no ambiente, exceto por uma pequena trilha. Você olha para alguns desses acumuladores. Lemmy tinha coisas legais, mas era tanta coisa que você mal conseguia andar lá dentro. E eu disse: 'Lem, por que você não compra uma casa de três ou quatro quartos?' Ele respondeu: 'Qual é o sentido, Mikkey? Você só pode ficar em um cômodo de cada vez.' (risos) Como você supera essas piadas? Ele era fantástico. Como o que ele disse: 'Se você acha que está velho demais para o rock and roll, então está.' Simples, direto, sem enrolação, e isso o tornou quem ele era."
Mikkey finalizou com uma descrição imponente. "Lemmy foi, provavelmente, o cara mais inteligente que já conheci. Descrevo-o como meu pai, meu avô, meu irmão mais novo, às vezes até minha irmã mais nova. Era simples e fácil de lidar."

Nascido em Stoke-On-Tent, Inglaterra, Ian Fraser Kilmister despontou em 1965 com o The Rockin' Vickers. O grupo lançou três singles e se tornou a primeira banda britânica a excursionar pela Iugoslávia. Seis anos depois, se juntou ao Hawkwind. Mesmo sem experiência no baixo, assumiu o instrumento que o consagraria. Cantou no single mais bem-sucedido da banda, "Silver Machine". Saiu em 1975.
A seguir, montou o Motörhead, que se tornaria seu grande trunfo. Na maior parte da carreira como power trio, o grupo se tornou o elo perdido do rock pesado, agradando de punks a headbangers. Foram 22 álbuns de estúdio e mais de 15 milhões de discos vendidos em todo o mundo. Também teve o projeto The Head Cat – inicialmente Lemmy, Slim Jim & Danny B – voltado ao Rockabilly. 4 discos foram lançados.

Morreu em 28 de dezembro de 2015, por conta de um câncer na próstata aliado a sérias condições cardíacas. Permaneceu no palco até 17 dias antes, quando se apresentou com o Motörhead em Berlim, Alemanha.
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