Iggy Pop reflete sobre o cruel motivo pelo qual Kurt Cobain "teve que morrer"
Por André Garcia
Postado em 21 de setembro de 2025
Em meados dos anos 60, o rock se esbaldou nas experimentações buscando nas drogas um veículo para transcender e expandir a consciência além de seus limites. No começo dos anos 70, toda aquela utopia hippie implodiu com três de seus maiores ícones levados à morte por seus excessos em menos de 12 meses.
Jimi Hendrix morreu em 18 de setembro de 1970, Janis Joplin em 4 de outubro do mesmo ano e Jim Morrison em 3 de julho do ano seguinte. Ali foi criado o trágico arquétipo do rockstar como um Ícaro moderno.
Duas décadas depois, a trágica jornada de Kurt Cobain estabeleceu um novo e igualmente trágico arquétipo: o rockstar que faz sucesso quase sem querer e, como uma galinha dos ovos de ouro, é espremido pela fama até a morte e depois substituído por outro.

Em entrevista para a Actitud Punk Weekend da MTV francesa, em 2006, Iggy Pop relembrou que Cobain "teve que morrer" devido às desumanas exigências da indústria musical.
"Em 1990, eu estava morando em Nova York, aí um cara me falou sobre uma banda muito boa que eu tinha que ver: era o Nirvana. Eles ainda não tinham nenhuma das músicas que os tornariam famosos mais tarde, nem mesmo nada que estivesse no Bleach."
Na verdade, o álbum de estreai do Nirvana, "Bleach", foi lançado em 1989.
"Mas eles tinham uma vibe, e o cara tinha algo na voz, como um diabinho, e ele tocava sua guitarra todo encurvado assim, e eu pensei 'Esse cara tem algo que está se comunicando comigo'. [Assim que lançaram o 'Nevermind' no ano seguinte] a cara dele estava estampada em todas as capas da revista Rolling Stone, e todo mundo estava o idolatrando."
"É uma coisa terrível que aquele ele não tenha tido a chance de viver sua vida e aproveitar mais o tempo na terra. E eu acredito que foi por causa das pessoas a seu redor - e não estou falando só de sua esposa, todo mundo ao redor dele. Ele fez dinheiro demais para gente demais, e se tornou valioso demais rápido demais. Ele teve que morrer. É assim que [a indústria musical] funciona. Não é nada legal."
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