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Por Gustavo Maiato
Postado em 12 de setembro de 2025
A imagem mais comum de Bruce Dickinson nos palcos é a de um vocalista incansável, correndo de um lado para o outro, saltando nas passarelas, brandindo a bandeira britânica em "The Trooper" ou duelando com Eddie em "Iron Maiden". Sua energia, mesmo aos 65 anos, continua sendo uma marca registrada dos shows do Iron Maiden. Mas nem todas as músicas permitem essa movimentação. Há momentos em que Dickinson precisa se manter imóvel para entregar a interpretação vocal no nível que a canção exige.
Em entrevista ao canal The Charismatic Voice, o cantor revelou que isso acontece especialmente em "Rime of the Ancient Mariner", épico de mais de 13 minutos presente no álbum "Powerslave" (1984). "Quando canto essa música, que exige voz de cabeça o tempo inteiro, desde o começo, eu não corro pelo palco. Eu fico parado, relaxado, deixando a voz carregar toda a energia", explicou.
A história de "Rime Of The Ancient Mariner", clássico épico do Iron Maiden
A técnica de Bruce Dickinson
Segundo ele, a postura adotada é semelhante à de uma base de artes marciais. "É como uma posição de cavalo: joelhos levemente flexionados, pés firmes no chão, corpo aterrado. Assim eu consigo sustentar a voz sem esforço extra." O cantor comentou ainda que não precisa recorrer a gestos espalhafatosos para transmitir intensidade. "Não preciso ficar balançando os braços. Eu deixo que a voz faça esse trabalho."
Ainda assim, Dickinson admite que alguns movimentos surgem de forma natural. "Por algum motivo, meu braço esquerdo sempre quer se mexer quando estou cantando notas muito altas. É como se eu estivesse pintando a música com a mão", disse, sorrindo.
Lançada em 1984, "Rime of the Ancient Mariner" é baseada no poema homônimo de Samuel Taylor Coleridge, publicado em 1798, e tornou-se um dos momentos mais teatrais dos shows da banda. Com suas passagens sombrias e mudanças de clima, é considerada uma das composições mais desafiadoras de toda a carreira do Iron Maiden.
Confira a entrevista completa abaixo.
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