O único membro dos Titãs que votou contra a demissão do baterista André Jung
Por Gustavo Maiato
Postado em 24 de outubro de 2025
O livro "A Vida Até Parece uma Festa", de Herica Marmo e Luiz Andre Alzer, revela um dos episódios mais tensos e decisivos da trajetória da banda paulistana Titãs: a demissão do baterista André Jung, ocorrida no Réveillon de 1984 para 1985, pouco antes da gravação do álbum "Televisão".
Segundo o relato, o grupo se reuniu no quarto do empresário Aldo Gueto, no Rio de Janeiro, para uma conversa que mudaria a história dos Titãs. Coube a Sérgio Britto comunicar a decisão: "Olha, nós te chamamos porque tivemos uma discussão entre o grupo e, por seis votos a um, chegamos à conclusão de que queremos outro baterista para o próximo disco dos Titãs."

Surpreso e revoltado, André reagiu com indignação: "Isso é um exercício de crueldade que vocês estão fazendo! É o fim da picada decidirem me expulsar em pleno Réveillon!"
A demissão de André Jung dos Titãs
A tensão tomou conta da sala. O baterista, tomado pela fúria, chegou a quebrar a porta da geladeira e de um armário, enquanto os colegas permaneceram em silêncio. Entre os sete integrantes presentes, apenas um se manifestou contra a decisão: Nando Reis. O baixista, que sempre manteve uma postura empática dentro do grupo, tentou acalmar o colega e o acompanhou até o saguão do hotel, demonstrando solidariedade diante do clima de constrangimento.
De acordo com o livro, Nando foi o único que votou para que André permanecesse na banda, mas acabou sendo voto vencido. A lua de mel entre Jung e os Titãs terminava ali - e a parceria entre eles se transformava em história.
No entanto, o destino rapidamente tratou de reposicioná-lo. Menos de 24 horas após sua saída dos Titãs, André recebeu um convite do amigo Nasi, vocalista do Ira!, para assumir a bateria da banda, ocupando o lugar deixado por Charles Gavin, que ironicamente viria a ser seu substituto nos Titãs.
Assim, o ano de 1985 começou com uma troca emblemática entre dois dos maiores grupos do rock brasileiro: Jung deixava os Titãs rumo ao Ira!, e Gavin fazia o caminho inverso. Um movimento que se tornaria um dos episódios mais curiosos e simbólicos da história do rock nacional.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Por que o Kid Abelha não deve voltar como os Titãs, segundo Paula Toller
A surpreendente balada que era a música favorita de todos os tempos de Ozzy Osbourne
O álbum que metade do Black Sabbath concordava ser o pior da banda
O pior disco do Led Zeppelin, de acordo com o Ultimate Classic Rock
Halestorm é anunciada como atração do Monsters of Rock 2026
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A melhor gravação de bateria de todos os tempos, segundo Phil Collins
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
O pior disco de cada banda do Big Four do thrash, segundo Mateus Ribeiro
O argumento de Edgard Scandurra para convencer Charles Gavin a ir pra Titãs e não RPM
O álbum dos Titãs que Herbert Vianna achou que os Paralamas nunca superariam
A reação de Malu Mader e Marcelo Fromer à saída de Arnaldo Antunes dos Titãs
A profecia da lendária sambista Clementina de Jesus sobre os Titãs
O ex-jogador de futebol por quem Nando Reis era fascinado
A única vez na história que os Titãs discordaram por razão moral e não estética
A melhor música dos Titãs, na opinião de Mateus Ribeiro


