O guitarrista em que Jimmy Page e David Gilmour concordaram; "o mais incrível"
Por Bruce William
Postado em 09 de outubro de 2025
Pergunte a qualquer roda de fanáticos por guitarra quem foi "o maior" e você terá uma noite inteira de debate. Curioso é quando os próprios monstros da lista - como Jimmy Page e David Gilmour - apontam para cima e dizem: existe alguém que nos deixa, às vezes, como meros espectadores.
Eles chegaram lá por caminhos diferentes. Gilmour lapida melodias que parecem ampliar o tempo; Page empilha camadas como quem trava um duelo com o próprio instrumento. Em comum, a raiz: o blues como língua-mãe, e a recusa em apenas copiar o passado.
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Nesse cruzamento, um nome vira farol: Jeff Beck. Colega de Page nos Yardbirds e, depois, artesão de uma obra solo que testou limites, do fusion às texturas mais etéreas, ele tratava a guitarra como laboratório permanente, sempre em busca do próximo som possível. Décadas se passaram e Beck não estacionou. Do impacto de "Blow by Blow" nos anos 70 aos discos 2010+, a régua mudou, a curiosidade não. Era esse espírito inquieto que fazia os outros dois gigantes observarem em silêncio, e sorrirem.
Gilmour, que raramente se compromete com "o melhor", abriu exceção, conforme mostra a Far Out: "Tenho muitos guitarristas favoritos. Acho que a pessoa que admiro há mais tempo e com mais constância é Jeff Beck no universo da guitarra." Em outra ocasião ele foi ainda mais direto ao ponto: "um dos mais brilhantes."

Page viu tudo de perto e registrou o espanto: "Você ouve o Jeff ao longo do caminho e pensa: 'uau, ele está ficando realmente bom'. Ele continua ficando cada vez melhor, e foi assim até o fim. Ele deixa nós, meros mortais, nos perguntando. 'Blow by Blow' o estabeleceu como o solista mais incrível do nosso tempo."
Talvez esteja aí a chave do consenso. Enquanto tantas carreiras entram no piloto automático, Beck mantinha o fio da surpresa: timbre que fala, alavanca que canta, frase que dobra a harmonia e nasce diferente a cada noite. Não é só técnica, se trata de pura imaginação aplicada. Page e Gilmour têm solos eternos no bolso, mas quando o assunto é educação do instrumento, a aula começa em Beck. Para quem busca "voz própria", ele mostrou que o verbo é outro: inventar. E é por isso que, quando os gigantes concordam, a gente apenas escuta - e aprende.

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