Os 10 maiores riffs de guitarra do rock nacional de todos os tempos
Por Gustavo Maiato
Postado em 11 de julho de 2025
A guitarra foi e continua sendo a voz visceral do rock brasileiro. Ao longo das décadas, riffs marcantes serviram como trilha sonora das emoções, da rebeldia e da nostalgia de gerações. Abaixo, selecionamos dez riffs que se tornaram instantâneos clássicos — inesquecíveis desde a primeira nota.
Melhores e Maiores - Mais Listas

1. "Pro Dia Nascer Feliz" – Barão Vermelho (1983)
Criado por Roberto Frejat, esse riff na abertura da música é praticamente sinônimo de rock nacional e Barão Vermelho. Descrito pela Novabrasil FM como "um divisor de águas" na carreira da banda, o riff ajudou a consagrar o Barão no mainstream e é reconhecido como um ícone da era .


2. "Que País É Este" – Legião Urbana (1987)
Com Dado Villa‑Lobos apostando em acordes curtos, simples e cadenciados, o riff transmite urgência e crítica social. Lembrada como a música de protesto mais marcante do Brasil da época, a canção alcançou o topo das rádios e se tornou símbolo da voz da juventude . Vale lembrar que a inspiração de Renato Russo foram os Ramones.


3. "Inútil" – Ultraje a Rigor (1985)
Inspirado por uma improvisação de Roger Moreira, o riff ácido e sarcástico virou hino anti‑establishment durante o movimento "Diretas Já". É o carro‑chefe do álbum "Nós Vamos Invadir Sua Praia", primeiro a atingir ouro e platina no rock brasileiro .
4. "Até Quando Esperar" – Plebe Rude (1986)
Com riff veloz e técnico criado por Philippe Seabra, a música serviu como grito de alerta político no Brasil pós-redemocratização. Tornou-se uma referência do pós-punk brasiliense, com pegada política e nervosa. Como diz Bruce William em matéria no Whiplash.Net: "A canção se tornou um dos maiores hinos do Rock brasileiro, refletindo a indignação com a desigualdade social e a repressão durante a redemocratização do país".

5. "Mulher de Fases" – Raimundos (1999)
Digão mistura um riff que une punk e forró com irreverência e urgência musical. O resultado foi um dos maiores sucessos dos anos 1990, uma injeção sonora de Brasil e atitude. O curioso é que as rádios lutaram contra as guitarras no rock nacional na época, como conta o gestor de carreira artística Marcelo Maia: "As rádios pediam, 'tem que tirar a guitarra, as rádios rock estavam acabando naquela época, daí a guitarra ficou abominada pelas rádios brasileiras". Mas conforme o próprio Maia diz, "Tirar a guitarra dos Raimundos é um assassinato!"


6. "Te Levar Daqui" – Charlie Brown Jr. (2000)
Tema de abertura de Malhação por vários anos, o riff é criado por Marcão, guitarrista da banda. Com atitude urbana e melodia que impregnou nos televisores de todo brasileiro, a faixa se tornou sinônimo da juventude do final da década .

7. "A Minha Menina" – Os Mutantes (1968 / reprisada nos anos 80)
Original de 1968, o riff de Sérgio Dias ganhou novas versões e se manteve influente durante os anos 1980. Sua pegada psicodélica tropicalista e impacto histórico justificam sua presença na lista. O curioso é que a música foi composta originalmente por Jorge Bem, como explica o site The Point Carioca.


8. "Meu Erro" – Paralamas do Sucesso (1984)
O riff de Herbert Vianna é melódico e veloz na medida certa, traduzindo emoção com simplicidade. Até hoje figura entre os riffs mais reconhecidos e amados do rock nacional. Lançada no álbum "O Passo do Lui", trata de uma desilusão amorosa do cantor, como explica Júlio Ettore em vídeo.
"É inspirada na relação que o Herbert Vianna teve com uma menina chamada Malu, que era empresária do Kid Abelha. Rolava uma proximidade entre essas duas bandas, tanto que o Herbert depois casou com a vocalista Paula Toller. No livro 'Os Paralamas do Sucesso - Vamo Batê Lata', o autor diz que Herbert comentou que ela queria que ele fosse algo que ele não era. 'Ela tinha vergonha do meu Fusca, não queria que eu fosse músico, aí não deu certo, eu sofri pra caramba'. Essa música 'Meu Erro' é um pouco voltada para isso", concluiu.


9. "Infinita Highway" – Engenheiros do Hawaii (1987)
Responsável pelo riff, o guitarrista Augusto Licks explorou técnica, sons limpos e ritmo cadenciado para criar um riff de introdução e um solo que se tornaram emblemático do folk-rock brasileiro. Licks, em entrevista ao Whiplash, explicou que buscou "libertar as mãos" e usou fingerstyle para imprimir identidade ao solo, mesmo contendo um "pequeno erro" de take que, segundo ele, acabou valorizando o resultado final.


10. "Linda Juventude" – 14 Bis (1982)
Lançada no álbum "Além Paraíso", "Linda Juventude" traz na sua letra homenagens à Milton Nascimento e seu riff de guitarra inicial, que se repete ao longo da canção, é uma verdadeira obra-prima da banda mineira.



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