The Police: 10 discos que mudaram a vida do baterista Stewart Copeland
Por André Garcia
Postado em 05 de outubro de 2022
A dominação mundial do reggae começou com o surgimento de Bob Marley na Jamaica nos anos 60. Em 1972, ao assinar com a gravadora CBS, Marley partiu para sua primeira turnê na Inglaterra. No ano seguinte, ele lançou sua obra-prima "Catch a Fire", e em 1974 Eric Clapton regravou "I Shot the Sheriff".
Quando o movimento punk dominou o Reino Unido com bandas como Sex Pistols, Buzzcocks e Damned, duas delas trataram de misturar em sua música o reggae: The Clash e The Police.
The Police foi formado em 1977 por três músicos técnicos para surfar na popularidade do punk, mas explorava diversas outras referências musicais. Dessa forma, começo dos anos 80 já lotava estádios e rodava o mundo com sua irresistivelmente pop versão da música jamaicana. Para a revista Goldmine o baterista Stewart Copeland listou e comentou 10 álbuns que mudaram sua vida.
Rite of Spring & Suite from The Firebird (Igor Stravinsky/Leonard Bernstein)
"Para mim, aos seis anos de idade, me rastejando em tapetes persas em nossa mansão em Levante [região mediterrânea oriental] essa música se conectou aos padrões. Misturando ordem e caos, definiu o DNA de toda a música que fiz desde então."
Time Out (Dave Brubeck Quartet)
"Jazz tecnicamente errado, mas 'Blue Rondo A La Turk' e 'Take Five' quebraram as regras rítmicas com seus compassos exóticos. Desde os sete anos de idade até hoje, eu lacrimejo de emoção ao ouvir o solo de bateria de 'Take Five'."
HELP! (Beatles)
"O primeiro LP que eu tive que não me foi dado por irmãos mais velhos ou meus pais. Aos 13 anos, tudo era um mistério, mas aquilo cativou meu jovem coração. Tinha músicas do The Kinks e os Stones que eram mais ousadas e empolgantes, mas nenhuma outra banda lançou álbuns são consistentemente brilhantes quanto os Beatles."
Swingin' New Big Band (Buddy Rich)
"Minha atual resistência ao jazz é atribuída por meus colegas a ter crescido ouvindo o tipo errado de jazz (big bands brancas). Mas a virtuosa bateria de Buddy indiscutivelmente atingiu um nível em 1966 que até hoje não foi alcançado. Vai lá, me faça mudar de ideia!"
Strange Days (The Doors)
"Para um garoto de 14 anos [vivendo] em Beirut, esse álbum era sinistro e assustador, mas magnético. Minha mente estava em expansão, mesmo sem qualquer tipo de droga."
Are You Experienced (Jimi Hendrix Experience)
"Eis que surgiu Hendrix. Tudo mudou! Tudo que veio antes foi jogado no lixo. Eu não conseguia decidir entre fantasiar ser um baterista ou guitarrista. Aquela bateria e guitarra ardentes se tornaram um modelo para tudo, de Stravinsky aos Beatles."
The Inner Mounting Flame (Mahavishnu Orchestra)
"Eu nunca enxerguei isso como jazz na época, estava mais para um progressivo urbano. Mas eu fui o primeiro garoto no meu quarteirão a tirar aquelas partes de Billy [Cobham], e as bandas em que eu estava me odiavam por aquilo. Foi bom enquanto durou, mas depois eu fui salvo pelo reggae."
6- and 12-String Guitar (Leo Kottke)
"Eu retorno a esse álbum toda década ou algo assim, e totalmente redescubro ele."
Burnin' (Bob Marley & the Wailers)
"Eis que surgiu o reggae. Aquilo me exigiu uma audição atenciosa para entender o que os bateristas estavam fazendo. Bumbo e caixa juntos no três? Tudo foi virado de cabeça para baixo e do avesso, mas era meio que como a música árabe com a qual eu cresci. Eu estava pré-programado para me encaixar como uma luva naquele ritmo."
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