A melhor música de todos os tempos, na opinião de Humberto Gessinger
Por Gustavo Maiato
Postado em 21 de dezembro de 2023
Listas de melhores músicas ou álbuns mais importantes costumam ser bastante subjetivas e ser lenha para alimentar a fogueira do debate. Para Humberto Gessinger, ex-Engenheiros do Hawaii, não foi difícil eleger a melhor música de todos os tempos na sua opinião.
Em entrevista ao Corredor 5, Gessinger foi questionado sobre o seu conceito para o termo "pop". Ao refletir sobre o assunto, naturalmente o cantor gaúcho deu o exemplo do hit "Help!" dos Beatles e logo depois a elegeu como a melhor da história.
"Tudo é pop. O pop é igual água – invade tudo. Sua relação com sua mãe é pop, no sentido de pouco reflexiva. Agora, por outro lado, a melhor música de todos os tempos, que ‘Help!’, é pop também. A música que mais ouvi na vida foi alguma do ‘Wish You Were Here’. ‘She Loves You’ também. Os Beatles todos acham que eles ficaram adultos depois. Eu acho eles muito mais legais no começo da carreira deles. Assim como acho que o grande Elvis Presley é o de ‘Suspicious Mind’. Não vivi o impacto dos Beatles quando começaram a falar de coisas mais subjetivas. Agora, os Beatles de terninho é algo muito perfeito, muito bom".
Humberto Gessinger e Engenheiros do Hawaii hoje em dia
O cantor e compositor Humberto Gessinger, integrante da formação clássica do Engenheiros do Hawaii, sugeriu que a tão esperada reunião da formação original da banda, que inclui Augustinho Licks (guitarra) e Carlos Maltz (bateria), pode não se concretizar.
A declaração foi feita durante uma entrevista ao Corredor 5, na qual Gessinger foi questionado sobre a reunião dos Titãs. O músico enfatizou a dificuldade de se envolver em uma turnê executando os arranjos originais dos clássicos do Engenheiros, afirmando que uma reunião semelhante à dos Titãs "não é para todos".
"O retorno dos Titãs é algo excepcional. É a banda certa para isso. Um feito maravilhoso. Eles são um coletivo. É a escolha certa. Agora, eu ficaria entediado no início da minha primeira música se tivesse que tocar. Originalmente, com o produtor Barriga, fizemos aquele início da guitarra de 'Toda Forma de Poder', mas foi algo casual, entendeu? Fiz um arpejo, ele adicionou um reverb. Ficou assim porque não conseguimos desfazer o que tínhamos feito.
Ou seja, minha vontade de tocar novamente os arranjos originais não sobrevive por cinco minutos. Eu não sabia que os Titãs estavam tocando da mesma forma que o original, que legal. Quando vou a um show, não gosto de ver os arranjos originais. Fui ao show do Bob Dylan e chorei o tempo todo, porque ninguém sabia qual música ele estava tocando. Essa ideia de recriar, né? O feito dos Titãs é maravilhoso, eles levaram isso para shows em arenas, minha geração não tinha acesso a isso. Não é algo para todos, eu não conseguiria fazer".
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