Korzus: Catimbeiros reúnem jornalistas para falar do novo álbum
Por Durr Campos
Postado em 14 de novembro de 2014
No último dia 6, o pub Partisans, bairro de Pinheiros na capital paulista, abrigou o listening session/coletiva de imprensa de "Legion", novíssimo álbum do KORZUS. A resenha do mesmo eu ainda terei o prazer de fazer e publicar aqui mesmo no Whiplash.Net, mas de antemão posso garantir tratar-se de um dos itens mais bem forjados na discografia do quinteto orgulhoso em tocar thrash metal "de raiz", como sempre coloca Marcello Pompeu, vocalista e letrista.
O evento, organizado por sua assessoria de imprensa, começou cedo. Por volta das 15:30h já estava por lá e não fui o primeiro a chegar. Após conversar com alguns amigos de profissão, eis que me dirigi à mesa onde quatro membros estavam a postos para os questionamentos das diversas mídias: Dick Siebert (baixo), Heros Trench (guitarra), Rodrigo Oliveira (bateria), além do próprio Pompeu. Somente o guitarrista Antonio Araújo, por motivo de viagem, ficou de fora.
Minha indagação girou em torno da sonoridade ao longo das décadas. Pelo fato do vocalista e Heros possuírem um estúdio próprio, local que tornou-se um provedor de ótimos registros nos mais diversos subgêneros metálicos, quis saber sobre o 'segredo' de não soar repetitivo e/ou maçante após tantas canções. "Produzimos em nosso estúdio por conta de grana, em primeiro lugar", disse um sincero Pompeu, o qual continuou: "Há diversos produtores com os quais gostaríamos de trabalhar, como Andy Sneap, Rick Rubin, Andy Wallace..., mas nesta banda o processo entre compor e colocar um disco nas lojas leva bem mais tempo que para a maioria, até porque não lançamos algo apenas para fazer volume; fazemos isto em nome da cena brasileira e somente quando todos no Korzus estão 100% satisfeitos com tudo", confessou o frontman.
Rodrigo completou dizendo que "jogamos metade das composições feitas para 'Legion' na lata de lixo. Na faixa título o Pompeu gravou pelo menos 11 versões e mesmo assim não foi unânime." Ainda sobre os produtores gringos, Pompeu revelou a negativa do grupo em ter [o produtor polonês radicado na Alemanha] Waldemar Sorychta, conhecido por trabalhar ao lado de nomes como Grip Inc., Rotting Christ, Lacuna Coil, Sentenced, Tiamat, Samael, The Gathering, Tristania, Moonspell e muitos outros. "Dissemos não para ele, pois não seria o cara certo para o Korzus", disparou em meio às gargalhadas gerais.
Sobre a ligação do Korzus com o punk e hardcore, todos foram categóricos em afirmar tal relacionamento. "Desde sempre, mano", começou Dick. Inclusive o baixista e co-fundador relembrou de quando o pessoal do Vírus 27, polêmica facção streetpunk/Oi! fundada em São Paulo por volta de 1982, emprestou dele um amplificador. Muitos podem não se lembrar, mas algo assim era praticamente impossível em tempos que 'tribos' misturavam-se feito água e óleo. "Depois disso, nossos shows não foram mais os mesmos. Headbangers, carecas e moicanos agitavam juntos, na boa, sem treta", completou Siebert.
O momento foi abrilhantado pela cerveja oficial da banda, a elogiada 'Korzus Headbanger Beer', versão brazuca da deliciosa Foreign Extra Stout, mas utilizando ingredientes regionais. O aroma forte de malte torrado e o sabor encorpado garantiram a energia em alta e o clima para lá de amistoso durante mais este encontro dos catimbeiros com os foliculários locais.
Sites relacionados
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