Republique du Salem: entrevista pelo Blog Maah Music
Por Diego Centurione
Fonte: Blog Maah Music
Postado em 31 de janeiro de 2014
Entrevista exclusiva com a banda Republique du Salem. Confira o bate papo que o Blog Maah Music teve com o grupo.
- Vocês formaram a banda em 2010 e a Republique du Salem vem fazendo um barulho nas redes sociais. Como é para vocês ver que a galera está curtindo o som e o trabalho de vocês está sendo reconhecido?
Guido Lopes: Obrigado! É muito bom ver que o pessoal está ouvindo e curtindo as musicas; fizemos um trabalho para quem simplesmente gosta de rock, assim como nós gostamos, então é algo honesto da nossa parte. Perceber que as pessoas se identificam com isso é um privilegio ainda maior, pelo qual somos gratos.
- Vocês têm um som diferente das outras bandas do cenário musical. Um som que faz vocês conquistarem cada vez mais fãs. O que vocês querem passar através das canções de vocês?
Davi Stracci: Vivemos na geração fast-food, onde se escolhe o número do lanche que deseja e pronto, em menos de um minuto está em seu prato. No tempo em que vivemos este hábito se aprofundou em vários aspectos do relacionamento humano o que não é diferente em relação à mensagem. Portanto, o que queremos oferecer não é apenas uma mensagem positiva e sim uma mensagem que interfira na vida cotidiana, programada pelos valores de uma sociedade de urgências.
- Contem quais são as influencias musicais da banda? Vocês têm gostos musicais diferentes?
Guido Lopes: Sim, cada um de nós tem preferências musicais diferentes, no tocante à banda procuramos aproveitar essa pluralidade, convergindo para o Rock que é nosso ponto em comum. O som da Republique é bastante influenciado pelo rock dos anos 70 (bandas como Led Zeppelin, Cream, Jimi Hendrix Experience e Deep Purple) com referências ao blues, southern e folk, porém sem nos esquecermos de que estamos em 2014.
- Recentemente vocês lançaram um clipe da música "Sem Hora pra Voltar", e receberam muitos comentários positivos desse trabalho. Como foi para a banda receber críticas positivas de artistas importantes no cenário musical?
Marcio Albano: a resposta ao vídeo está sendo bastante positiva. É ótimo receber elogios e críticas construtivas, ainda mais de artistas e pessoas que notadamente possuem uma bagagem musical. É algo que nos motiva ainda mais para o que há de vir, como a preparação de nosso próximo álbum!
- Republique du Salem na opinião de vocês, o cenário musical tem espaço para todos os estilos musicais e ritmos ou não?
Raul Lino: Espaço com certeza tem, o desafio é conseguir trazer todos para o mesmo nível de profissionalismo. Tem que existir uma cena para o rock. Um circuito de shows com estrutura e um mínimo de respeito com as bandas e artistas. E a galera tem que voltar a consumir música nova e boa. Seja indo aos shows, baixando as músicas e principalmente procurando sempre saber mais sobre aquilo que está ouvindo. Uma das características do fã de rock (e o que o diferencia dos demais) é que não somos inertes ao que nos é apresentado, ou seja, não engolimos qualquer coisa!
- Na época que vocês começaram a banda, qual foi a maior dificuldade que vocês enfrentaram?
Davi: A maior dificuldade sempre é o que antecede a colaboração e o apoio, a saber, a desconfiança. Interessante pensar sobre credibilidade, pois geralmente quando nos relacionamos com algo novo não somos neutros, mas desconfiados. Como um sábio já disse "o músico não tem honra na sua própria terra".
- O que atualmente cada integrante da banda têm ouvido com frequência?
Davi: Ouço frequentemente Free, Led Zeppelin, Deep Purple, Grand Funk Railroad, Funkadelic, Average White Band, Tower of Power, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Rival Sons, Lynyrd Skynyrd, The Allman Brothers Band, Norah Jones, Mutantes, Jeff Buckley, Vintage Trouble, Jason Upton, Marc Ford and the Neptune Blues Band, Black Crowes, Black Country Communion, Rev. Dan Smith e Muddy Waters.
Guido: Ultimamente tenho ouvido bastante guitarristas como Marc Ford, Luther Dickinson, Robert Randolph, Glenn Kaiser, John Butler e Ben Harper (estes dois últimos por conta de tocarem lap steel). Fistful of Mercy, Tedeschi Trucks Band e Wilco têm um apelo mais "pop" mas uma musicalidade bastante sutil e interessante. Entre as bandas de rock da atualidade, Blueberry Smoke, Stone Machine, Rival Sons, The Answer e Black Country Communion.
Marcio: Galera, tenho escutado Lou Reed, The Doors, Black Crowes, ZZ Top e Rival Sons.
Raul: De coisas novas, citaria Rival Sons, Stone Machine, Black Mountain, Tracer e Black CountryCommunion. Dos clássicos, tenho ouvido Led Zeppelin, BB King, Captain Beyond, Frank Zappa, Raul Seixas e ZZ Top.
- Entrevista quase chegando ao fim. Mas antes contem quais as próximas novidades da banda?
Guido: Vamos lançar nosso blog, um espaço para trocar ideias sobre música e outros assuntos. Geralmente, quem curte Rock é bem informado, tem senso critico e opinião própria; além de conhecer melhor os fãs, queremos saber o que a galera pensa. Participaremos de uma coletânea de bandas de Rock nacional a ser lançada nesse ano, e temos uma proposta de gravar um cover de um artista brasileiro da década de 70. Vamos continuar na divulgação de "O Fim da Linha não é o Bastante", fazendo shows em São Paulo e outros estados, e estamos intensificando o trabalho nas musicas de nosso próximo disco. Ainda é um pouco cedo pra dizer, mas estamos preparando algo especial; acredito que a espera valerá à pena.
- Vocês têm muitos fãs. E a internet facilita o contato com eles. Qual recado vocês deixam para os fãs da banda?
Davi: Vocês são o combustível para a existência deste trabalho; por quem temos dedicado tudo o que temos e juntos estamos construindo um belo edifício. Agradecemos aos fãs e colaboradores de todo nosso coração.
- Qual dica vocês deixam para a galera que está começando no cenário musical?
Marcio: Galera, deem o melhor de vocês sempre e acreditem no som que vocês fazem. Outras coisas não economizem tempo de estudo e ensaio, pois o que se ensaia é o que sai ao vivo!
- Para finalizar. Qual música vocês dedicam para os leitores?
Raul: Dedicamos à música "Expresso 212" do nosso álbum de estreia, porque "o fim da linha não é o bastante."
Aumenta o som com Republique du Salem.
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