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Raimundos e Os Cabeloduro: mini entrevista em Brasília

Por Guilherme Brandão
Postado em 28 de outubro de 2012

Tive a oportunidade de assistir aos shows de inúmeras bandas do Distrito Federal, muitas me impressionaram e percebi uma certa mudança no cenário musical, não só de Brasília, mas como de todo o Distrito Federal e entorno. Entrei em contato com algumas bandas para saber suas opiniões sobre o que mudou, o que falta e o que é. Infelizmente, as bandas estavam com a agenda lotada e não tinham muito tempo para as entrevistas. Fiz três perguntas básicas para cada banda.

Quem representou o RAIMUNDOS, foi o baixista CANISSO. Veja a entrevista abaixo:

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Brasília é ainda é a capital do rock?

CANISSO: ''Brasília ainda é a capital do rock, mas somente pelo seu legado, a estrutura para tocar aqui, tirando os eventos de parceria com o GDF (Governo do Distrito Federal), é muito pequena em comparação até com alguns pequenos municípios do interior, não temos um casa decentes, contam-se nos dedos os lugares onde tem os shows com regularidade, os poucos que rolam são quase combatentes numa guerra, mantidos por uns poucos herois que fazem a coisa rolar muito mais por amor do que por lucro, falta ainda um pico, como finado Gran Circo Lar, demoliram e não construíram nada no lugar... Mas apesar de tudo, a cena continua muito rica, aqui a galera que toca sempre teve que correr atrás muito mais que em qualquer outra capital, pela falta de locais, apoio, etc, enfim.. Isso acaba tornando quem persiste muito mais competente e atuante, é uma verdadeira luta, só os fortes continuam...''

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O Porão do Rock é um evento que completou 15 anos e, é muito importante na cena musical do Distrito Federal. O RAIMUNDOS tocou nessa edição de 2012, como esse show se diferenciou dos outros?

CANISSO: ''Esse show foi interessante pois rolou meio de 'surpresa' de tocarmos o nosso segundo disco na íntegra, e ainda teve a participação do Cipriano, campeão brasileiro de basquete pelo UniCEUB/BRB/Brasília (e rapper de mão cheia) cantando o rap de ''Cabeça de Bode'', foi a primeira vez que tocamos esse set, foi meio estranho deixar de tocar várias músicas que nunca ficaram de fora do nosso show, músicas dos outros álbuns, como ''Palhas Do Coqueiro'' e ''Me Lambe'', por exemplo, mas foi muito maneiro tocar o disco na ordem em que ele foi gravado.''

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Como lidar com as críticas?

CANISSO: ''Críticas são melhores que elogios, por que te dão pistas de como melhorar, elogio só serve para envaidecer, não ajuda em nada, na verdade até atrapalha.''

Falei também com a banda OS CABELODURO, que está presente no cenário musical do Distrito Federal desde 1989.

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O que mudou no cenário musical do DF?

OS CABELODURO: ''Tudo... A pauta do rock deixou de ser dos artistas e virou lobe dos produtores. Antes as bandas produziam seus shows com as casas lotadas até o final dos anos 90, agora muitas bandas se tornaram reféns e não conseguem demandar seu trabalho se não passar pelas mãos de alguns produtores. Não existe cena local... Existe um bando de banda tentando sobreviver do seu trabalho e um banda de espertalhão que ganha em uma cima dos artistas. Fato!''

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Algum conselho para as bandas novas no cenário do DF?

OS CABELODURO: ''Conselho? Do it yourself... O Festival é importante como evento para cidade, mas perdeu sua essência como expoente de bandas de Brasília. Sobre as seletivas, acho meio estranho você ser avaliado para tocar ou não no festival. Sei que o o Porão do Rock recebe uma grande demanda de bandas do DF e entorno e, nesse caso, precisa escolher e muitas vezes o resultado não é ideal. Seletivas, curadoria, meritocracia, jabá, política entre outras coisas... É preciso reinventar, pois o festival ainda é o mais importante nesse contexto... Como serão os próximos 15 anos?''

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Fotos: Raimundos, Flickr oficial do PDR, fotógrafo GERDAN. Os Cabeloduro: Divulgação.

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Sobre Guilherme Brandão

Estudante, 15 anos, entrei no meio musical quando minha mãe veio ao quarto e me deu um CD ao vivo do Van Halen e daí pra frente, não parou mais. Não consigo achar banda pra tocar, então aprendi a tocar guitarra, baixo, bateria e faço minha própria banda. Comecei a colaborar no Whiplash.Net quando percebi que a cena (underground) do Distrito Federal merecia ser reconhecida e respeitada, posto apenas coisas relacionadas à cena daqui. Viva DF!
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