Kiko Loureiro: entrevista na Hell Divine
Por Junior Frascá
Fonte: Hell Divine
Postado em 07 de agosto de 2012
Kiko Loureiro - Mais Novidades
Junior Frascá, da Hell Divine, entrevistou recentemente o guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, que acaba de colocar no mercado seu novo disco solo, "Sounds of Innocence".
Dentre outros assuntos, como a atual fase do ANGRA, e uma análise geral de sua carreira solo, o guitarrista ainda contou um pouco sobre o processo de composição de seu novo disco.
Segue um trecho da entrevista:
"HELL DIVINE: Outro ponto de destaque do material é a variedade das composições, já que existem diversos momentos voltados ao Heavy Metal, com solos mais virtuosos e técnicos, e outros mais calmos e ambientais, flertando com diversos outros estilos, e em que o feeling se destaca. Você acredita que conseguiu atingir seus objetivos no material e que "SoundsofInnocence" apresenta sua melhor performance até o momento?
KIKO: Exatamente! Procurei fazer um disco que é complicado e, talvez, mais pesado em uma música, e mais prog na outra. Mas eu gosto muito de tocar músicas como você disse, em que o feeling se destaca, como "Mae D’agua", "Relective", e também "Ray of Life", que eu acho meio americana, meio pop e na qual eu toco um samba no meio. Então, gosto muito de tocar músicas mais tranquilas assim, que nem tem solos rápidos, usando outras melodias. Muitas vezes, eu componho a música no piano, como o caso de "Mae D’agua". E muitas músicas eu experimento tocar em outros instrumentos também, como violão, guitarra com distorção e piano, ou teclado com outros timbres, para ir sentindo a música em si, se a melodia funciona ou não. E fiquei bem contente com o disco, com as músicas que fiz, mas esse negócio é muito íntimo, né? Essa coisa de você estar contente com sua obra...Você sempre acha que podia fazer alguma coisa diferente, alguma solução melhor que você não encontra, e acaba tendo que se contentar com essa ingenuidade da solução que aparece. Até por isso coloquei esse nome no disco. Basicamente,na música instrumental – por ser algo que você compõe sozinho – você tem que acreditar muito no que você faz, na melodia que "sai" de você. Assim, se você fica muito encanado se é bom ou se é ruim, se as pessoas vão gostar, que tem cara melhor... Todo dia você se conecta ao Youtube e encontra um cara, sei lá, do Paquistão, tocando violão de 30 cordas! Ai você fica louco, pois tem muita coisa legal no mundo, muita gente boa tocando, e você se pergunta: onde eu me encaixo nisso? Por isso, você tem que ter um pouco dessa ingenuidade, de acreditar, como uma criança faz mesmo, de sonhar, de crer de uma forma mais lúdica na música que você faz e se sentir bem com ela; e colocar para fora aquilo que você está produzindo, sem muitas encanações maiores. Portanto, quanto mais o tempo passa e mais discos você faz, acho que fica mais difícil. Então, se desprender disso, voltar a ter essa ingenuidade, essa inocência, acreditar em coisas simples, é o caminho".
A integra da entrevista pode ser conferida na edição n.° 10, da HELL DIVINE, que pode ser lida ou baixada gratuitamente no link abaixo.
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