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Recordando o Vale das Maçãs: entrevista exclusiva

Por Doctor Robert
Postado em 30 de setembro de 2009

O grupo RECORDANDO O VALE DAS MAÇÃS foi fundado nos idos de 1973/74 em Santos (SP) pelos músicos Fernando Pacheco, Fernando Motta e Domingos Mariotti. Sua proposta sonora inicial tinha influências de estilos variados, resultando numa fusão progressiva original e marcante. Em 1975 o grupo contava com a participação de Fernando Pacheco - Guitarra, Violão de 12 cordas, Fernando Motta - Violão, Percussão, Luis Aranha - Violino, Moacir Amaral (Moa) - Flauta, Eliseu de Oliveira (Lee) - Teclados, Ronaldo Mesquita (Gui) - Contrabaixo e Milton Bernardes – Bateria. Em 1977 gravam o álbum de estréia, As Crianças da Nova Floresta, e em 1982 um compacto, "Sorriso de Verão/Flores na Estrada". Ainda nos anos 1970, chegaram a participar várias vezes do programa "Almoço com as Estrelas" e tinham clips de propaganda do lançamento do LP com 6 aparições diárias na extinta TV Tupi (da qual eram contratados exclusivos através da gravadora GTA). Em 1987 é lançado Himalaia, cujo lado A tinha participação do grupo, sendo o lado B um trabalho solo de Pacheco. Após isso, o grupo seguiu trabalhando com Fernando Pacheco (guitarra), Milton Bernardes (bateria), Lee (teclados) e Chico Gomes (baixo). Em 1992 o grupo faz uma apresentação com a base da formação de 1975 a 1982 (porém sem o violino de Luiz Aranha), e no ano seguinte lança As Crianças da Nova Floresta II, que lhes rendeu o título de "a melhor reedição progressiva do ano" pelos franceses da revista Big Bang. Em 1997, tiveram a honra de representar o Brasil no tradicional "Fête de la Music" em Paris, a convite da Embaixada Brasileira na França, contando com Nélio Porto nos teclados e Jorge Sanchez no baixo.

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Após a apresentação de 1997, o RVM sofre nova alteração em sua formação, com a entrada do ex-Made In Brasil Gustavo Bíscaro na bateria e Guilherme Cordeiro no baixo, lançando o álbum Himalaia II em 1999. Na virada da década, é lançado o CD 1977-1982, contendo os trabalhos gravados pelo grupo neste período. Entre 1999 e 2003 trabalhando na divulgação desses 2 CD’S, com distribuição da Progressive Rock (Himalaia II) e da Rock Symphony e Musea (França – CD 1977/82), o grupo viaja em trabalhos de divulgação à Europa, com participação em programas de TV, Rádio e revista especializadas em Rock Progressivo da Espanha e Portugal. Em 2004 iniciam a produção de um novo CD, Spirals of Time, que a princípio seria lançado com o nome de Recordando o Vale das Maçãs, mas, por uma série de motivos, foi lançado sob o nome de G.A.L.F. (iniciais dos músicos participantes – Giuliano Tiburzio, Antônio José Bortoloto, Leonardo Zambianco e Fernando Pacheco). O álbum conta ainda com a participação do tecladista Nélio, que tocou no RVM de 1994 a 1999, e do backing vocal Eduardo Floriano (músico que trabalhou com Pacheco, em outras produções, durante 18 anos) e foi lançado em 2006 pela gravadora Rock Symphony, de Niterói e pela MUSEA, da França.

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O membro fundador Fernando Pacheco, tem agora no RVM a companhia de mais um time de conceituados músicos, como o tecladista Lael Campos (Superstitious), além dos companheiros de G.A.L.F., o baterista Antônio José Bortoloto (Orquestra Sinfônica de Poços de Caldas) e o baixista Giuliano Tiburzio (Steve Morse Band Cover MG), que assumiu também os vocais do RVM. Pacheco e Giuliano gentilmente nos concederam esta entrevista ao Whiplash!.

Fernando Pacheco já é um grande conhecido dos admiradores e seguidores do rock progressivo brasileiro. Vocês e o baterista Antônio Bortoloto participaram juntos no G.A.L.F.. Como foi o processo de transição de lá até o momento atual do Recordando o Vale das Maçãs? Falem-nos um pouco sobre a nova formação e esta nova fase da banda.

Pacheco: O CD Spirals of Time foi lançado em nome dos músicos participantes, porém tem a maior parte dos integrantes da formação atual do RVM. Nos Shows do RVM apresentamos clássicos do repertório dos anos 70, 80 e 90, porém com aproximadamente 40 minutos do CD Spirals of Time. Por esse motivo consideramos esse CD como parte da discografia do RVM, apesar de não ser assinado com esse nome. Porém o conteúdo, tanto de músicos como de repertório, são os mesmos dos shows atuais.

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Pacheco: A formação atual, exceto pelo tecladista Lael Campos, que está com a gente desde o início de 2008, já trabalham juntos desde 2002, sendo que eu e Tom Zé (nota: apelido do baterista) já havíamos desenvolvido outros trabalhos juntos nos anos 90. Não é um casamento recente, são músicos que já se conhecem e desenvolvem trabalhos juntos há muitos anos.

Giuliano: Conheci Lael na minha turma da faculdade de música. Tom Zé era então professor do curso de graduação também. Convidei-os para formarmos um grupo de rock progressivo. A escolha natural foi chamar Fernando Pacheco, pois além de também estar envolvido na faculdade, trabalhamos juntos no projeto G.A.L.F.. Ele não só aceitou como nos incorporou à nova formação do Recordando, o que trouxe nova perspectiva para todos, no bom sentido.

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O RVM se apresentou no final do ano passado em Varginha (MG), mais recentemente em Poços de Caldas (MG), e agora têm uma apresentação no dia 25 de outubro agendada para Pouso Alegre. Como tem sido a resposta do público nos shows? Há novas datas previstas?

Pacheco: O público tem sido ótimo, sempre recebe o RVM com muito carinho e respeito, acredito que pelo trabalho sério e profissional que desenvolvemos, demonstrando um respeito ao público que sai de suas casas para nos assistir nos teatros, e conseqüentemente esse respeito é mútuo, uma vez que o público sabe que não é fácil manter um trabalho musical que não tem um apelo comercial, há tantos anos na estrada. Estamos agendando o Sul do País, Curitiba e cidades vizinhas, bem como o Estado de São Paulo e mais especificamente a cidade natal de Santos, e também algumas programações no Sul de Minas que é nosso habitat natural desde 1983.

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Giuliano: O público de rock em geral é extremamente específico, exigente e fiel. Vai aos concertos para se divertir acima de tudo e dá uma resposta sempre positiva e de incentivo. Porém, sem o apoio da grande mídia, limitamo-nos a shows independentes ou baseados em projetos culturais. O interessante é podermos trazer uma apresentação sem cobrança de entrada, como será esta no próximo dia 25. É realmente uma maneira de criar novos adeptos para a banda e trazer aos velhos fãs o prazer de podermos tocar para eles.

Falem um pouco mais sobre o repertório. O que o público pode esperar ver nos shows?

Pacheco: Tocamos clássicos do repertório do RVM dos anos 70, 80 e 90, bem como músicas do CD Spirals of Time.

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Giuliano: Teremos todos os "clássicos" da banda, como "Recordando o Vale das Maçãs", "As Crianças da Nova Floresta", "Himalaia" e "Ciclo da Vida" que é uma de minhas faixas favoritas. Além disso, estaremos apresentando duas canções (que juntas chegam a mais de meia hora de música) do álbum "Spirals of Time" (G.A.L.F.). Nada mais justo para com o público e conosco, pois foi um álbum gravado com muita dedicação e sem apresentações destas composições ao vivo. Essa oportunidade de tocá-las com o Recordando tem sido estupenda.

Pacheco , no começo da carreira, os membros do RVM foram morar no campo, para ter um contato maior com a natureza, o que repercutiu diretamente em algumas composições do grupo, como "Rancho, Filhos e Mulher". Recentemente no álbum do G.A.L.F. há também a música "Earth", que fala sobre os quatro elementos. Em tempos onde o aquecimento global é uma realidade indiscutível, bem como seus efeitos, qual o poder de influência da música como parte da mídia em geral na tentativa de abrir os olhos do mundo para o assunto?

Pacheco: Nos anos 70 nossa mensagem tinha uma influência maior, porque o Rock Progressivo e o RVM estavam na grande mídia. Depois da TUPI sempre fazíamos especiais para TV Cultura e Bandeirantes, bem como algumas aparições na Globo/SP, além de muitos programas de rádio. Porém, há muito tempo que o Progressivo não passa nem na porta das emissoras de rádio e TV. Com isso, essas mensagens, apesar de sempre atuais, não chegam ao grande público. Essa é uma das razões que fez com que eu, em particular, procurasse partir para a produção instrumental, o que aconteceu a partir da gravação de Himalaia I em 1986.

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E sobre os planos para o futuro? Vocês têm trabalhado em novas composições? Existe a idéia de um novo álbum do RVM?

Pacheco: O futuro de uma banda de 36 anos de existência já é hoje. No momento continuamos divulgando o CD Spirals of Time e apresentando o RVM ao Vivo. Temos planos para um DVD do show atual, mas com toda certeza, a partir do próximo ano a tendência é começar a pensar na produção de um novo CD e DVD. Digo pensar, porque em trabalhos não comerciais, no Brasil, é preciso pensar, pensar e pensar muito antes de agir, para não quebrar e assim poder continuar somando mais alguns anos a esses 36 do trabalho do RVM. Hoje a melhor parceria são os projetos de Lei de Incentivo à Cultura, mas é preciso que as empresas mudem a política e essas Leis sejam atualizadas para a realidade brasileira, a fim de promover e colaborar para o desenvolvimento dos trabalhos realmente culturais, sem apelo comercial.

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Giuliano, como se sente fazendo parte de uma banda de tantos anos de estrada e tão conceituada, inclusive no exterior?

Giuliano: Eu me lembro de ter assistido ao Recordando o Vale das Maçãs em 1996 nesse mesmo teatro no qual tocaremos dia 25 de outubro próximo. É basicamente isso: passei de espectador a músico! Toco em banda de baile com o Pacheco desde 2003, depois veio o G.A.L.F. e agora o Recordando. Realmente uma sensação curiosa! Sinto-me privilegiado por estar com esse time de músicos.

Podemos notar a influência do rock progressivo em bandas que se encontram estabelecidas no mercado dos mais diversos gêneros, dentre elas o Dream Theater e o Muse, mostrando o quão eclético o estilo pode ser. No mundo de hoje ainda há espaço para uma banda puramente de rock progressivo?

Pacheco: Essa é uma conversa para muitas horas. Existe um grande equívoco de linguagem quando falamos de "estilo" e quando falamos de "forma". O Rock Progressivo, da mesma forma que o Cool Jazz ou a Sonata, ou o Minueto ou o Samba ou a Bossa-Nova ou outro gênero, ou estilo ou forma, que são coisas diferentes entre si, e não vai dar pra explicar aqui. Isso faz com que as pessoas criem fusões entre estilos e com isso os descaracterizem. Tentando resumir: Rock Progressivo = Rock Sinfônico = Beat Rock dos anos 60 de quando foi criado em fusão com a música clássica sinfônica = músicas longas = músicas de concerto = com vários movimentos, muito contra-ponto, etc..., etc..., etc... que é completamente diferente de um Heavy Rock com quase nada de sinfônico, com muitas demonstrações de virtuosismo relacionado à velocidades - isso não é Rock Progressivo, está mais para Hard Rock, que é o que o Led Zeppelin e outros da época já faziam, hoje com algumas diferenças.

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Pacheco: Ouça o baterista do Dream Theater tocando com o Dream Theater - não é Rock Progressivo. Agora ouça o mesmo baterista tocando com o Transatlantic - é Rock Progressivo.

Pacheco: Eu sei que tem muita gente que não concorda comigo, que insiste em chamar Hard Rock de Progressivo Metal, porém Progressivo Metal não existe, é a mesma coisa que chamar Sonata de Sonata Metal - você está inventando um nome diferente ou acrescentando um adjetivo que não existia na época da criação desse estilo musical que, como todos os estilos, obedecem a uma estrutura da forma. Não tem como você modificar a estrutura da forma, que está diretamente relacionada à definição de um determinado estilo, e continuar mantendo a denominação do estilo original. É muito complicado se fazer entender sobre isso, porque exige duas coisas fundamentais para o interpretante desta discussão: 1. profundo conhecimento acadêmico de música; 2. ter vivido as duas épocas em questão.

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Giuliano: Certamente há espaço. Assim como há espaço para o blues, o hard rock e o heavy metal. Pink Floyd, Genesis e Yes fizeram escola e não há muito como escapar desses grandes monstros sagrados do rock progressivo para se criar algo totalmente novo, assim como no Brasil temos O Terço e Cartoon por exemplo. O estilo está longe de acabar. Temos excelentes bandas brasileiras que lutam já algum tempo, como Tisaris e Wedja. Há espaço para todos sem dúvida e público para todos quando o trabalho agrada.

No ponto de vista de vocês, qual a importância da internet na divulgação de músicas e artistas hoje em dia? Vocês acompanham os blogs e sites ligados a música?

Pacheco: A importância é enorme. Hoje é possível um trabalho desconhecido e fora da grande mídia, atingir um público muito maior, que tenha interesse por aquele estilo musical, antes isso era impossível, só mesmo através dos meios de comunicação - jornal, rádio e TV.

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Giuliano: Se existisse a internet há 20 anos atrás com a agilidade e diversidade atuais, estaríamos certamente vivenciando um cenário musical muito mais profícuo. Posso afirmar que com a era da banda larga os horizontes musicais se expandiram estratosfericamente! Eu sou viciado em You Tube e faço parte do blog http://bass.forumeiros.com/ no qual tenho feito postagens quase que diariamente. É um hobby e uma forte maneira de se estabelecer contato com pessoas do mundo todo sem sair de casa trocando informações e divulgando o seu trabalho.

O que têm ouvido no momento? Recomendam algum artista ou banda que tenha descoberto recentemente?

Pacheco: Ouço pouca coisa nova, geralmente o que me é apresentado por amigos, mas o que ouço normalmente, no dia a dia, são os progressivos antigos, e o jazz (americano e brasileiro) tanto os clássicos como os mais contemporâneos. Sempre acompanhei cantores e cantoras em bandas, para sobreviver profissionalmente, em trabalhos comerciais, mas minha preferência foi sempre pela música instrumental.

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Giuliano: Escuto basicamente Journey e Allan Holdsworth por esses dias... Algo que na verdade não é tão novo, mas eu sou fã incondicional, são os tocadores de Chapman Stick! Qualquer coisa relacionada a este instrumento realmente me deixa maravilhado. Tem um cara que se chama Rob Martino, maravilhoso!

Vamos falar um pouco sobre suas carreiras pessoais. Pacheco, além do Recordando, sabemos que você tem uma carreira musical bastante fecunda, já tendo lançado discos solo, além do seu duo de violões, o Duo Fernandos e participar ativamente da vida acadêmica pelo Sul de Minas. Fale-nos um pouco sobre sua vida musical paralela ao Recordando o Vale das Maçãs.

Pacheco: O RVM sempre esteve presente no paralelo, mas sempre conduzi minha carreira profissional como músico de bandas de baile e como professor de música.

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E Quais são suas principais influências como músico?

Pacheco: Músico de baile é muito eclético, toca de tudo, mas as influências principais como guitarrista e violonista foram a formação clássica do violão e sua biblioteca tradicional, um dos meus professores, Eliot Fisk, as bandas e seus respectivos guitarristas - Beatles, Yes, Pink Floyd, Genesis, Premiata Forneria Marconi, Jethro Tull, Focus, Led Zeppelin, e muitas e muitas outras - e os guitarristas Santana, Frank Zappa, Jimi Hendrix, John Scofield, Eric Johnson, e muitos e muitos outros, além do meu professor Larry Coryell.

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Giuliano, em sua página do My Space há uma composição sua chamada "Katrin", cuja sonoridade se volta mais para o hard rock. Além disso, você já tocou com bandas e artistas dos mais diversos estilos, tendo participado até mesmo da Orquestra de Câmara de Pouso Alegre. Fale-nos também sobre suas principais influências.

Giuliano: Sempre gostei de baixistas de rock e sempre escutei basicamente só rock, então isso naturalmente se fixou em meu modo de tocar e compor. No Brasil, contudo, se você fica preso a um estilo somente, você está ou com um excelente emprego paralelo ou falido! Com o passar do tempo acabei me dedicando sem preconceito a tocar tudo relacionado ao baixo elétrico que aparecesse em minha frente, assim, as pessoas começaram a me chamar para trabalhar. De repente estava lecionando baixo acústico no Conservatório Municipal de Pouso Alegre. Foi uma experiência legal! Gosto muito de baixistas "slapeiros" com o Dave La Rue, Stu Hamm e, na minha opinião, o mais matador em slap do mundo, Mark King! Também gosto de escutar fusion, Tribal Tech e qualquer coisa que tenha envolvido o nome de Terry Bozzio e/ou Allan Holdsworth. Na maior parte do tempo fico preso a escutar repertórios. Dois baixistas que são referências específicas para mim, principalmente aqui no Recordando seriam John Wetton e Greg Lake. Se eu pudesse ser qualquer um dos dois ficaria nos céus!

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E sobre sua carreira fora do RVM, o que anda rolando? Quais projetos tem desenvolvido?

Giuliano: Paralelamente nunca deixei de trabalhar como músico contratado em projetos mais comerciais. Atualmente tenho desenvolvido composições sob encomenda (axé, hard rock) e retomando a Steve Morse Band Cover Minas Gerais com uma formação totalmente renovada.

Finalizando, deixem um recado para os internautas leitores do Whiplash!...

Pacheco: Tenham sempre a responsabilidade de apresentarem aos seus ouvidos música de qualidade, porque o ser humano se acostuma com tudo, por isso é importante saber selecionar o que se ouve, e para isso a informação é fundamental. Música não é apenas Ritmo, ela também deve ter Harmonia, Melodia e Dinâmica, além, é lógico, da pulsação rítmica. Com isso, é possível se comunicar através da linguagem sonora, cuja significação é a tradução da emoção. A música tem o poder e a finalidade de emocionar as pessoas, de várias maneiras diferentes - escolha a que mais lhe agrada e lhe faz sentir bem. Mas cuidado com as emoções agressivas, elas podem te conduzir para caminhos de resultados desagradáveis. Mesmo as agressivas são legais, em determinados momentos, mas saiba equilibrar, muito disso pode não ser bom para sua formação pessoal como cidadão. Ouça com moderação (risos). A música tem esse poder, ela pode conduzir sua mente para muitas viagens interessantes, aproveite os melhores roteiros, esses ficarão sempre registrados no seu subconsciente, e você vai se lembrar de momentos importantes, lugares e pessoas, quando ouvir determinadas músicas que ficaram registradas na sua mente.

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Giuliano: Nunca deixem de acompanhar os músicos brasileiros ! Muita paz e saúde a todos! Abraços progressivos!

Recordando o Vale das Maçãs
Fernando Pacheco - guitarra
Giuliano Tiburzio - baixo e vocal
Antônio José Bortoloto - bateria
Lael Campos - teclados

Discografia
1977 - As Crianças da Nova Floresta
1982 - "Sorriso de Verão/Flores na Estrada" (Compacto)
1986 - Himalaia - Fernando Pacheco com Recordando o Vale das Maçãs
1993 - As Crianças da Nova Floresta II
1999 - Himalaia II
2001 - 1977-1982(relançamento do álbum "As Crianças da Nova Floresta" mais as composições do compacto "Sorriso de Verão")
2006 - Spirals Of Time (lançado sob o nome G.A.L.F.)

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Confira trechos da apresentação no Teatro Marista Mestrinho, em Varginha (MG), em dezembro do ano passado.

Trecho da música "Ciclo da Vida"

Trecho da música "It’s Time To Change" (G.A.L.F.)

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Sobre Doctor Robert

Conheceu o rock and roll ao ouvir pela primeira vez Bohemian Rhapsody, lá pelos idos de 1981/82, quando ainda pegava os discos de suas irmãs para ouvir escondido em uma vitrolinha monofônica azul. Quando o Kiss veio ao Brasil em 1983, queria ser Gene Simmons e, algum depois, ao ver o clipe de Jump na TV, queria ser Eddie Van Halen. Hoje é apenas um bom fã de rock, que ouve qualquer coisa que se encaixe entre Beatles e Sepultura, ama sua esposa e juntos têm um cãozinho chamado Bono.
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