Megadeth: "Lomenzo acrescentou algo enorme às músicas"
Por João Vitor Hatum de Mendonça
Fonte: Rust In Page
Postado em 16 de setembro de 2009
Mark Morton, do Examiner.com, conduziu no último dia 14 uma entrevista com o guitarrista do MEGADETH, Chris Broderick. Confira trechos abaixo.
Examiner.com: Quando você foi chamado para entrar no Megadeth, você ficou apreensivo em entrar na banda depois de todo o drama público envolvendo Dave Mustaine e a constante mudança de formações da banda durante os últimos anos?
Chris: "Não, não mesmo. Para lhe dizer a verdade, eu não me preocupo com a opinião pública. Eu nunca estive de fato em contato com a mídia por trás disto. Então eu realmente não sabia de nada bom ou ruim que estava rolando. No que diz respeito aos membros irem e virem, eu realmente não sabia nada disto também. Eu apenas sabia que era uma grande oportunidade tocar em uma banda como o Megadeth como guitarrista solo, você realmente não pode pedir nada melhor".
Examiner.com: Pareceu que estar em uma banda como Jag Panzer, que não sai em turnê com freqüência, de uma certa perspectiva, pareceu como se tivesse sido só um trabalho de meio-período de qualquer forma.
Chris: "Você sabe, eu ainda amo todos aqueles caras, pra falar a verdade eu estava falando com Rikard [Stjernquist; baterista] a uns dois minutos atrás. Então eu converso com todos eles o tempo todo; eles são ótimos caras. Mas sim, foi de fato a falta de disposição deles para sair em turnê que me manteve procurando por outros lugares para poder sair em turnê".
Examiner.com: Você acha que seu tempo com o Nevermore ajudou a prepará-lo para os rigores da estrada com o Megadeth, porque desde que a banda existe, Megadeth ainda é uma máquina monstruosa de fazer turnês.
Chris: "Sim, eu acho que sim. De várias formas, várias das diferentes experiências que eu tive me ajudaram a dar um passo a frente. Parece que toda experiência me leva ao próximo nível. Quando você está no Megadeth, obviamente há muito mais atenção da imprensa, a maneira que você apresenta sua imagem, há obviamente mais produção envolvida. Acho que tudo ajudou a me preparar para onde estou agora".
Examiner.com: Você teve que ir a alguma espécia de escola de treinamento para apresentação na mídia para poder se conduzir da maneira profissional que o Megadeth parece se apresentar a imprensa?
Chris: "Não, mas acho que há coisas que você aprende com o tempo. Isto é meio triste, mas você realmente tem que tomar cuidado com a forma que se apresenta. Parece que as pessoas são muito sensíveis hoje em dia. Parece que mesmo que as coisas tenham acontecido a dez anos atrás, você tem que ficar muito atento com o hoje. Então sim, mantenha isto tudo em mente e diga o que quiser sem ofender ninguém acidentalmente".
Examiner.com: Então, com uma banda que possui uma história tão memorável e extensa e uma incrível habilidade de criar set-lists imprevisíveis, você teve algum problema em aprender o catálogo do Megadeth?
Chris: "Sim, um pouco. Como agora, eu acho que sei umas 30-32 músicas, mas quando estivermos perto de ensaiar para a turnê, eu acho que terei pego umas 40 delas. Felizmente, quando eu entrei, eu tive um mês para aprender 20 músicas, então este se tornou meu foco principal. Quando veio a primeira turnê, nós sabíamos que tocaríamos um determinado número de músicas, então não foi tão complicado naquele momento".
Examiner.com: Realmente parece que "Endgame" é o álbum mais enérgico e inspirado do Megadeth que eu ouvi em anos. Não há nenhuma música descartável e tudo parece se conectar. Você sente que sua participação neste álbum ajudou a deixá-lo deste jeito?
Chris: "Uh, sim, da minha parte, sim. Acho que todos nós tivemos fatores que contribuiram. Seja pelas ótimas linhas de baixo de James [Lomenzo] - eu ainda estou pasmo com ele. Eu me lembro de estar no estúdio e ouvir uma das músicas que ele ainda não tinha tocado sua parte e realmente soou como se algo enorme estivesse faltando. E Shawn [Drover] faz um ótimo trabalho levando o rítmo e moendo na bateria. Acho que todos nós fizemos nossa parte, mas acho que onde eu mais contribui foi no seguimento melódico. Levando algumas das melodias e harmonias principais até o topo foi onde eu acho que aconteceu minha maior contribuição".
Examiner.com: Determinada música demorou mais para ficar pronta do que as outras, baseada na complexidade ou coisas que não estavam se encaixando?
Chris: "Eu acho que todas elas se modelaram em sua própria maneira. Não foi como se alguma música estivesse em algum ponto onde não sabíamos o que fazer. Nós trabalhávamos em uma parte de uma música e então seguíamos em frente, tentávamos algo mais e então ouvíamos de novo e a rearranjávamos quanto achássemos necessário. Foi legal, porque eu nunca gravei desta maneira. Eu fiquei tão habituado em ter um orçamento tão curto e um tempo tão curto que tudo tinha que estar completamente escrito e pronto antes de irmos ao estúdio. Enquanto que, neste caso, podíamos ir e apenas gravar um riff, pensarmos nele e explorar como desenvolvê-lo. Eu acho que isto foi muito legal".
Examiner.com: Quando o álbum estava sendo escrito, você olhou no passado da banda para alguma inspiração? Da forma que o "Endgame" soa, parece a junção de todas as épocas do Megadeth. Há pequenos detalhes aqui e ali que soam como pedaços de vários pontos na história da banda.
Chris: "Eu acho isto deriva parcialmente da maneira que ele foi criado. Ele foi criado um pouco com isto em mente. Dave tinha este catálogo de riffs que ele guarda pra todo o sempre e alguns deles se tornaram as músicas que você ouve. Mas alguns deles foram também idéias novas onde nós os usávamos como pontos iniciais para chegarmos nas músicas completas. Então eu acho que você está certo em dizer que ele abrange diferentes momentos no catálogo do Megadeth, mas mais uma vez, isto também se deve à forma que as músicas foram escritas".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
Os 16 vocalistas mais icônicos da história do rock, segundo o The Metalverse
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
O músico que Neil Young disse ter mudado a história; "ele jogou um coquetel molotov no rock"
A canção do Queen que Brian May achou que era piada até ouvir "estou falando sério"
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
As 10 melhores músicas do Slayer, segundo o Heavy Consequence
A única música do Led Zeppelin que Geddy Lee conseguia tocar: "Padrão repetitivo"
O guitarrista do panteão do rock que Lou Reed dizia ser "profundamente sem talento"
Paulo Ricardo comenta o que é ter muita grana e admite: "Não estou nesse patamar"
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
Bruce Springsteen e a canção que mudou a história do rock para sempre
Freddie Mercury desdenhou dos artistas brasileiros no Rock In Rio 1985
Quando Lobão reagiu a assalto doidão e entregou carro rosa de Cazuza a bandidos


Adeus Megadeth! Último disco será lançado no Brasil em janeiro de 2026
Mustaine acha que versão do Megadeth para "Ride the Lightning" ficou tão boa quanto a original
Por que Dave Mustaine escolheu gravar justo "Ride the Lightning", segundo o próprio
Os 50 melhores discos da história do thrash, segundo a Metal Hammer
Novo disco do Megadeth pode ter cover do Metallica - e a pista veio de Mustaine
Rob Halford: "Talvez eu seja o único Gay vocalista de Metal"
Pantera: Namorada de Dimebag explica porque Anselmo não foi ao enterro



