Nightwish: "rimos quando dizem que a banda não é rock"
Por Bruno
Fonte: The Escapists
Postado em 31 de outubro de 2008
O Nightwish The Escapists - Nightwish Brasil, traduziu uma entrevista com Tuomas Holopainen, publicada no Ilosaari Rock, cujos trechos seguem abaixo:
Tuomas: Há mais ou menos um mês atrás fizemos um show no Festival Rock Am Ring na Alemanha, que é um dos maiores festivais mainstream da Europa. Conseguimos um lugar muito bom na seqüência, tocamos antes do Offspring e do Metallica. Estávamos todos empolgados. Era o maior público de nossa carreira, 85.000 pessoas assistindo, estávamos muito ansiosos. Mas aí a parte técnica falhou, a mesa de som caía o tempo todo e no meio da segunda música caiu a energia no palco, ninguém escutava mais nada. Saímos do palco por uns cinco minutos, falaram que estava tudo certo e que poderíamos continuar a tocar, mas depois de dois minutos de música aconteceu de novo. Saímos do palco por uns sete minutos com aquela sensação, enquanto esperávamos, de ter que voltar com 80 mil pessoas pedindo Offspring aos gritos, e ter que voltar ao som de vaias e tocar a 'The Poet and The Pendunlum', uma obra de arte que 'só' dura 15 minutos... Foi realmente intenso. Na verdade só a nossa vocalista Anette foi a única que não entrou em pânico. Eu mesmo fiquei uns 20 minutos de olhos fechados pois não tinha coragem de encarar o público (risos)".
"Naquele momento eu fiquei muito puto, mais do que nunca, isso tinha que acontecer logo no nosso maior show. E não há nada que se possa fazer. Foi a primeira vez que tivemos esse tipo de problema e foi uma pena que aconteceu logo nesse dia. Houve depois um pequeno momento de redecoração do backstage, botamos a frustração pra fora, mas nada muito sério. Hoje eu dou risadas da situação, mas infelizmente nessa era de tecnologia digital tudo já está no Youtube (risos)".
Repórter: Então podemos ver?
Tuomas: "Sim, só entrar e procurar. Eu mesmo não vi".
Repórter: E vocês conseguiram terminar o show?
Tuomas: "Sim e até conseguimos uns aplausos de pena quando saímos do palco, mas foi a primeira vez que estive a ponto de desistir, queria sair logo e esquecer tudo. Foi a nossa vocalista que chutou nossas bundas e mandou a gente parar de fazer cara de cu e tocar direito até o final".
Repórter: O novo álbum vendeu quatro platinas na Finlândia e no total vocês receberam uma boa pilha de ouros e platinas ao redor do globo.
Tuomas: "E está indo muito bem. Acho que somente no Brasil e na Alemanha que as vendas estão menores comparados com as vendas dos álbuns anteriores após o mesmo período de tempo. Mas parece que o DPP vai se tornar o nosso álbum com o maior numero de cópias vendidas. Até o momento já foram vendidas 850.000 cópias no mundo todo, números que sequer imaginávamos quando começamos a trabalhar no CD".
Repórter: Foi uma surpresa?
Tuomas: "Certamente! Obrigado a todos vocês pela lealdade e por terem mantido uma mente aberta".
Repórter: Vocês já estão na turnê há um tempo, inclusive na América do Norte. É esse o próximo objetivo? Conquistar a América?
Tuomas: "Não, isso não é o mais importante. Certamente é o mercado mais difícil e se conseguíssemos algo próximo disso seria ainda mais maravilhoso. É por isso que nos esforçamos mais. É difícil ser aceito por lá, especialmente por que somos da Finlândia, e nós tocamos algo mais experimental e com mais material crossover, então fica difícil penetrar no mercado".
Repórter: Certo, vocês se apresentarão de novo. Uma tour pelo Brasil está na agenda e outra pelos EUA?
Tuomas: "Sim, no final de agosto passaremos nos EUA para cinco semanas de shows com o Sonata Artica e em seguida teremos outras cinco semanas na América do Sul".
Repórter: Ultimamente tem havido um furor devido ao estilo das roupas da Anette. Tuomas, como a banda reagiu a isso?
Tuomas: "Damos risadas, principalmente quando dizem que 'a banda não é rock'. Quero dizer, nunca fomos 'rock', eu nem entendo de rock & roll e o Nightwish nunca tomou pra si a ideologia por trás do rock. O nosso pensamento desde o principio foi fazer tudo do jeito que queríamos de acordo com nossas cabeças dando ou não dando certo, parecendo ou não estúpidos. Eu não fico me olhando no espelho. Eu uso o que acho confortável e a Anette fez de seu estilo 'moda-mista', como ela chama, uma bela obra de arte".
Repórter: O que quer dizer que a Anette pode escolher o que ela quiser?
Tuomas: "Sim, uma vez ela trouxe um vestido que analisamos e dissemos 'interessante', ela riu e disse 'Ok, vou deixar separado'".
Clique aqui para ler a tradução completa da entrevista.
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