Yngwie Malmsteen: músico fala sobre produção de novo álbum
Por Thiago Coutinho
Fonte: Classic Rock Revisited
Postado em 07 de outubro de 2008
Jeb Wright, jornalista da revista inglesa Classic Rock Revisited, falou recentemente com o guitarrista sueco YNGWIE MALMSTEEN a respeito do processo de composição e gravação do novo álbum do músico, intitulado "Perpetual Flame".
Classic Rock Revisited — Nosso primeiro assunto será "Perpetual Flame". Esse álbum soa mais ao vivo do que você já fez há muito tempo.
Yngwie Malmsteen "Todas as estrelas estavam alinhadas para esse álbum. Fizemos este trabalho completamente diferente dos anteriores. Hoje, tenho meu próprio estúdio, então me dou ao luxo de fazer o que quero. Antigamente, você gastava uma quantia enorme em dinheiro nos estúdios e a pressão era absurda. Normalmente, apenas componho a música dedilhando minha guitarra à toa enquanto assisto à televisão. Então, pego o Patrick [Johansson] para tocar a bateria ao vivo, daí componho as linhas de baixo, a guitarra e tudo mais. Nesse caso em questão, as músicas foram tomando forma, então ia ao estúdio com Patrick e fazíamos umas trinta músicas, saíamos em turnê e eu me esquecia delas. Quando voltava da turnê, ouvi-as e selecionava as melhores. Colocava mais algumas linhas de baixo e guitarra e saia em turnê novamente. Estava em Istambul me divertindo com alguns caras que tocavam uns instrumentos de corda e decidi adicioná-los. Levo meu laptop comigo em turnê com as faixas pré-gravadas e com o Pro-Tools. Normalmente, começo e termino um álbum a tempo, mas esse levou um bom tempo, e essa é a principal diferença. Quando voltei da Rússia, comecei a ouvir as faixas ‘Death Dealer’ e ‘The Four Horseman’ e sabia que o cantor que eu tinha em mãos não iria fazer as coisas do jeito que eu imaginava na minha cabeça. Então, trouxe o Ripper [Tim ‘Ripper’ Owens]. Ele estava em outra banda na época, e deixando-a. Ele veio a Miami e cantou algumas músicas apenas para senti-las, algo bem descontraído. Voltei da turnê pela Alemanha, ele também e fizemos mais algumas músicas. Sendo o compositor, produtor e principal arranjador é difícil manter distância e uma boa perspectiva das coisas. Então, era bom para mim ficar longe das coisas por um tempo. E também foi ótimo trazer o Roy Z para mixar o trabalho. Eu produzi a coisa toda. Sempre me envolvi com tudo, mas sempre tive um engenheiro de som por perto. Fui ficando melhor e melhor a ponto de poder fazer tudo isso".
Yngwie Malmsteen - Mais Novidades
Classic Rock Revisited — Como você se envolveu com Roy Z?
Malmsteen: "Eu precisava de alguém para a mixagem. Conheço o K.K. Downing, do JUDAS PRIEST, e ele me recomendou o Roy. Ele chegou dizendo: ‘vamos tentar fazer isso’ e jogou um compressor de oito mil dólares em um kit de bateria. Eu fiquei mais ou menos como: ‘que porra você está fazendo?’. Daí ouvi tudo pronto e disse: ‘putz, ficou demais!’. Tinha todo esse equipamento à minha volta e sequer sabia onde ele estava. Aprendi muito com o Roy".
Classic Rock Revisited — O Roy deixou a sonoridade dos dois últimos trabalhos do PRIEST demais. Ele tem um bom ouvido para heavy metal.
Malmsteen: "Ele fez tudo soar demais mesmo. Ele chegou e disse: ‘devemos fazer isso tudo no Pro-Tools’. E eu lhe disse: ‘Ah, não, cara, isso aqui é tudo muito old-school. São guitarras e bateria ao vivo. Algo como o ZEPPELIN e o PURPLE gravavam’. Não usei nenhum sampler neste álbum, é tudo real".
Classic Rock Revisited — Este álbum fará sucesso porque nos faz sentir bem. Como você sabe quando está apenas sentado tocando ou quando está sendo criativo?
Malmsteen: "Essa é uma boa pergunta, porque eu não sei, apenas sinto isso. O modo como toco é muito espontâneo. Tenho que ficar esperto com isso. Se não gosto disso, se sinto que essa não é a escolhida, apenas deixo pra amanhã — essa é a beleza de se ter o seu próprio estúdio. Comprei essa casa há uns quinze anos. É uma velha mansão colonial com vários quartos para empregados. Peguei um desses quartos e o destruí, daí o enchi de Marshalls, com uma sala de controle e tudo mais. Desse jeito, simplesmente não tenho que me preocupar com nada. Há uma faixa nesse novo álbum que se chama ‘Caprici Di Diablo’ e ela estava ficando bem complicada. Disse a mim mesmo que daria meu máximo nela. A idéia por trás desse álbum é uma só: minha motivação. Mais é mais. Algumas pessoas dizem que menos é mais, mas eu digo o contrário. Como disse antes, conforme esse álbum foi se desenvolvendo, sabia que precisava de alguém como Tim. A primeira música que fizemos foi ‘Live to Fight Another Day’. Após finalizarmos os vocais, voltei às guitarras novamente, porque tudo estava em uma posição mais alta. Levou um ano e meio para fazer esse álbum. Mas finalmente ele ficou bom. Muitas coisas se encaixaram para deixar esse trabalho bom. Acho que esse álbum capta minha paixão mais do que qualquer um dos outros que já lancei. Quando toco ao vivo é o momento em que mostro tudo isso".
Para ler a entrevista na íntegra, em inglês, clique aqui.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Helloween retorna ao Brasil em setembro de 2026
Megadeth tem show confirmado em São Paulo para 2026
A melhor música de "Let It Be", segundo John Lennon; "ela se sustenta até sem melodia"
Trivium agradece Greyson Nekrutman e anuncia novo baterista
Guns N' Roses homenageia seleção brasileira de 1970 em cartaz do show de São Paulo
"Um cantor muito bom"; o vocalista grunge que James Hetfield queria emular
As 15 bandas mais influentes do metal de todos os tempos, segundo o Metalverse
As 10 melhores músicas do Iron Maiden, de acordo com o Loudwire
Bryan Adams retorna ao Brasil em março de 2026
Os 75 melhores discos da história do metal, segundo o Heavy Consequence
O único frontman que Charlie Watts achava melhor que Mick Jagger
A canção do ZZ Top que, para Mark Knopfler, resume "o que importa" na música
A banda grunge que para Bruce Dickinson era o "Led Zeppelin dos tempos modernos"
Guns N' Roses explica por que Axl Rose deu chilique em show na Argentina
O dia que músico expulso dos Beatles desabafou com João Barone: "Ele ficou triste"
Os curiosos dois significados da expressão "Eu quero ver o oco", segundo Digão
A única música de "Somewhere in Time" do Iron Maiden que não fala sobre espaço e tempo

Bumblefoot adorava Hendrix e Page, mas 3 guitarristas dos 80s mudaram sua vida de ponta cabeça
Yngwie Malmsteen deixou o jovem John Petrucci impressionado
10 melhores covers de músicas do Black Sabbath e Ozzy Osbourne segundo o Metal Injection
"Algo precisa ser feito, mas eu não sei o quê", diz Yngwie Malmsteen
Para Yngwie Malmsteen, ninguém daria a mínima para os Beatles se eles surgissem hoje
Rob Halford: "Talvez eu seja o único Gay vocalista de Metal"
Pantera: Namorada de Dimebag explica porque Anselmo não foi ao enterro



