Deep Purple: "amo estar numa banda", diz Glover
Por Zé Elias
Fonte: Blabbermouth
Postado em 10 de dezembro de 2007
Roger Glover, baixista do DEEP PURPLE, foi entrevistado em 2007 pelo site Jambase.com, onde comentou sobre seu prazer em estar numa banda.
Jambase.com: Quem acompanha o Deep Purple ao longo dos anos encontra uma complicada árvore genealógica. Em que medida você acredita que isso afeta a música? Há um núcleo no repertório que vocês provavelmente sempre irão tocar, não importa quem esteja na banda. Na formação atual, o que se pensa sobre isso?
Glover: "Estamos indo bem, e isso desde a vinda do Steve (Morse, guitarrista), há 14 ou 15 anos. Tem sido uma banda relativamente feliz. Não que não tenhamos diferenças ou brigas. Pode pegar cinco pessoas quaisquer e colocá-las juntas, haverá discussões. Não são discussões que acabam com a banda, mas sim por alguma coisa em que a gente acredita. Você tem que defender o seu, certo? Mas tem sido uma formação satisfatória, nesse sentido. Satisfação pode significar acomodação, mas não é o caso. Há uma obsessão na banda que vem do fato de que, quando Ritchie (Blackmore) saiu, estávamos determinados a continuar. E é uma determinação muito forte. Penso que isso se deve aos anos ruins com ele, final dos 80 e começo dos 90. Queríamos não dar a ele uma vitória moral, não queríamos nos curvar. Nos sentíamos muito fortes em relação a isso. Joe Satriani (que substituiu emergencialmente Blackmore em novembro de 93, ficando até o verão de 94) deu conta do recado e nos deu esperança de que havia vida após Ritchie. E houve, com Steve Morse."
"Anos atrás, eu falava com alguém famoso (não quero dizer quem é) sobre a idéia de ser uma banda em que todo mundo fosse igual e falasse o que pensasse, trouxesse idéias sem medo de ser ironizado ou rejeitado. Eu sempre pensava que deveria deixar o Deep Purple chegar a isso, porque eu queria desesperadamente isso. Eu amo fazer parte de uma banda. Não há nada como isso. Não gosto da idéia de carreira solo. Só sendo parte de um time sinto-me satisfeito. Quando Steve veio, isso se concretizou. Nós estávamos sentados em círculo, todos com idéias, e decidimos dividir o crédito das composições, não importando de quem fosse a idéia – algo que não acontecia desde o começo dos anos 70. Olhávamos um para o outro e era pura alegria. É por isso que ‘Purpendicular’ (1996) é um dos meus favoritos, não necessariamente pela música, mas pelo momento."
Jambase.com: Nunca pensaram em simplesmente aposentar "Smoke on the Water?"
Glover: "É uma coisa realmente mágica. A banda começou como sendo basicamente voltada para música. A coisa toda era música feita por bons músicos. Quando eu entrei, era o pior baixista que eles poderiam ter encontrado, porque não estava no nível musical de Ritchie, Jon Lord e Ian Paice. Eu nunca havia ouvido algo como aquilo. Eu vim da escola velha, em que você pega a guitarra, aprende alguns acordes e talvez faz o seu caminho. Eles eram músicos no verdadeiro significado da palavra, e a banda sempre se pautou em música. Músicos de verdade tendem a tocar como jazzistas, e não como músicos de cabaré. Então cada noite com Jon e Ritchie seria sempre diferente. Eu vinha de um universo pop e pensava que eles estavam tocando errado. Mas depois, é claro, eu me toquei que eles improvisavam e se divertiam. Muito do esqueleto estrutural das músicas permanece o mesmo e as pessoas reconhecem. É isso que mantém a coisa viva. Eu encontro sempre algo diferente pra fazer em 'Smoke on the Water', 'Highway Star' e 'Lazy'. É algo que acontece, quero sempre tentar o que ainda não tentei."
Leia a entrevista completa em jambase.com.
Comente: Você acha que a banda deveria aposentar Smoke On The Water?
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Journey anuncia "Final Frontier", sua turnê de despedida
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
O "detalhe" da COP30 que fez Paul McCartney escrever carta criticando o evento no Brasil
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
Megadeth confirma show extra no Chile e praticamente mata esperança de nova data no Brasil
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Kiss libera detalhes da edição deluxe do clássico "Alive!"
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
"Todo mundo está tentando sobreviver": vídeo viral defende Angraverso e cutuca fã saudosista


Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
Ritchie Blackmore revela traço pouco conhecido da personalidade de Jeff Beck
A artista que Ritchie Blackmore chamou de "os Beatles desta geração"
O álbum clássico do Deep Purple dos anos 1960 que Ritchie Blackmore acha insosso
Primeira-ministra do Japão fala de Sabbath, Maiden e Purple no podcast do Babymetal
Lars Ulrich revela a música do Deep Purple que o marcou para sempre na infância
O melhor álbum ao vivo de todos os tempos, segundo Bruce Dickinson
Glenn Hughes se arrepende até hoje de ter deixado o Trapeze
O melhor álbum que Glenn Hughes gravou com o Deep Purple, de acordo com o próprio
Rob Halford: "Talvez eu seja o único Gay vocalista de Metal"
Pantera: Namorada de Dimebag explica porque Anselmo não foi ao enterro


