Kerry King: "Não preciso mudar merda nenhuma!"
Por César Enéas Guerreiro
Fonte: Blabbermouth
Postado em 09 de março de 2007
Billy Gamble, do site antiMusic/Thrashpit, encontrou o SLAYER quando eles estavam detonando em Rhode Island [EUA] no começo do mês, logo após a vitória no Grammy. Ele conversou com o guitarrista Kerry King sobre sua atual turnê com o UNEARTH, a situação atual do Metal, os Grammys, Dave Lombardo e por que o SLAYER nunca seguiu as tendências do Metal.
antiMUSIC: Como foi tomada a decisão de fazer uma turnê com o UNEARTH e como tem sido essa turnê até agora?
Kerry King: "Sempre que saímos em turnê, a menos que haja alguém que eu precise levar comigo, nosso agente conversa com o promoter, que pergunta sobre quem gostaríamos que tocasse com o SLAYER. Então surgiram alguns nomes e o UNEARTH foi a melhor escolha por várias razões. Nunca tocamos com eles antes e eu gosto de novidades nas nossas turnês. Bem, eu tenho muitos amigos neste negócio, então talvez na próxima vez eu provavelmente vou exigir algumas bandas, mas desta vez só havia vaga para uma banda e, como já tinha visto o UNEARTH algumas vezes, achei que seria legal sair em turnê com eles. E foi surpreendente! Eu fiquei muito empolgado, o show da noite de hoje foi demais".
antiMUSIC: Conte-me sobre o que achou do primeiro Grammy que o SLAYER ganhou no mês passado.
Kerry King: "Eu achei que foi legal por causa do meu pai, sabe, ele ficou orgulhoso mas, pra mim, esses Grammys são umas merdas. Acho que o processo de votação não é marmelada, mas também não está certo, porque não é feito por pessoas que conhecem todos os tipos de música para os quais estão votando. Provavelmente só uns 25, 40 por cento dessas pessoas realmente têm alguma idéia sobre o que é Metal e acho que uns 60, 75 por cento deles olham pra nossa categoria e dizem ‘Metal, SLAYER, já ouvi falar, legal’. Estou contente por eles terem feito isso, entende – ei, é legal eu poder dizer ‘É, eu ganhei um desses’. Poucas pessoas no mundo podem dizer isso. Sob esse aspecto é legal, mas eu preferiria receber prêmios que tivessem recebido votos de fãs que realmente conhecem o Metal".
antiMUSIC: Qual a sua opinião sobre a situação atual do Metal e de todos os seus subgêneros?
Kerry King: "Quando começamos, o Thrash ainda não tinha sido inventado. Já estávamos tocando esse tipo de som, mas ninguém usava esse nome; chamavam de Black Metal. Depois o Black Metal tornou-se algo completamente diferente e, com o passar dos anos, as pessoas diziam: ‘Qual o estilo de vocês?’ Aí eu dizia: ‘Acho que a melhor definição seria Thrash’. E esse nome pegou desde então. Na minha opinião, há muitas novas bandas legais surgindo, com gente nova começando no Metal. E às vezes precisamos de bandas novas como essas para que o pessoal mais jovem se envolva conosco. Como o CHIMAIRA, que está trabalhando em um novo álbum no momento; acho que o CHILDREN OF BODOM também está trabalhando em um novo álbum. Há vários tipos de bandas novas".
antiMUSIC: Vocês já se sentiram pressionados a modificarem o seu som para ficar mais parecido com a música moderna?
Kerry King: "Não, nem um pouco. [risos] Acabei de ganhar um GRAMMY — Não preciso fazer mais merda nenhuma [risos]. Isso é o que gostamos de fazer. Tivemos muita sorte quando decidimos o que iríamos fazer há us 20 anos, pois tínhamos encontrado algo que entendíamos e não precisávamos modificar o que fazíamos para sermos populares".
antiMUSIC: Como foi ter Dave Lombardo de volta e como essa decisão foi tomada?
Kerry King: "Bem, precisávamos de um baterista em 2001, logo após o ‘God Hates Us All’ ter sido lançado, mas isso nem passava pela minha cabeça. Jeff [Hanneman, guitarrista] foi quem sugeriu. Não é que eu não queria que ele voltasse ou coisa desse tipo – mas já estamos lidando com essas coisas há bastante tempo e não sabíamos se queríamos abrir essa porta novamente. Mas pensamos sobre o caso e, se havia alguém que merecia uma chance, era ele, que estava na formação original. Então ele veio, ensaiou e tocou na banda em duas turnês. Até aquele momento, ninguém disse que o Dave gravaria mais um álbum. Todos nós queríamos que ele fizesse isso, mas era ele quem tinha que decidir. Ele já tocou em várias bandas e não podíamos simplesmente chegar e dizer ‘nós mandamos no Dave agora; ele tem que tocar para nós’. Mas acho que ele assinou contrato até 2009".
O artigo original pode ser visto no www.rocknworld.com.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
O recado curto e direto que Iron Maiden passou a Blaze Bayley quando o demitiu
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
Jane's Addiction anuncia que membros fizeram as pazes e comunica fim das atividades
Regis Tadeu coloca Deep Purple no grupo de boybands ao lado do Angra
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Será que ele curtiu? O dia que Adrian Smith tocou na guitarra de Kirk Hammett
Qual era a opinião de Tony Iommi sobre Ozzy Osbourne solo e Randy Rhoads em 1984?
O melhor disco ao vivo de rock de todos os tempos
Alice in Chains: mensagem subliminar na capa de The Devil Put Dinosaurs Here

O megahit do Slayer que foi influenciado por lendário compositor de música latina
O disco do Slayer que deixou Andreas Kisser impressionado
A diferença entre "Divine Intervention" e "Diabolus in Musica", segundo Jeff Hanneman
Jeff Hanneman achava que "Diabolus in Musica" lembrava os primeiros discos do Slayer
10 álbuns incríveis dos anos 90 de bandas dos anos 80, segundo Metal Injection
Bandas de heavy metal da nova geração não empolgam Kerry King
Kerry King revela qual é sua música favorita do Mastodon
Alice in Chains: a triste entrevista final de Layne Staley, ciente de que morreria
Motorhead: Lemmy fala sobre Jimi Hendrix, drogas e mais



