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Sunseth Midnight: Perpetuando um gótico já não tão gótico assim

Postado em 15 de junho de 2004

Por Thiago Corrêa Sarkis

Formado por Roger Lombarddi (vocais), Ricardo Campos (guitarras), Ricardo Piccoli (baixo), e Ricardo Batalha (bateria) em maio de 2003 na cidade de São Paulo (SP), o Sunseth Midnight se apresenta para a cena metálica brasileira de uma maneira diferenciada. Enquanto perpetua-se um gótico já não tão gótico assim, a banda chega com a proposta de trabalhar no campo fértil e abrangente das verdadeiras raízes do estilo.

Afinal de contas, o que há nestas raízes? E o que diabos eles preparam para nós? Ora bolas, não há uma mulher na banda, e os caras do grupo são sujeitos, digamos, comuns. Não têm fortes maquiagens, vestimentas esquisitas, e exercem atividades diversas e normais. Tem escritor, jornalista, produtor, advogado. Dois deles, Campos e Batalha, ainda dedicam bom tempo de suas vidas em críticas, entrevistas, entre outras coisas, como redatores da Revista Roadie Crew. Por fim, pergunto sobre literatura - o que é mais que clichê no que nos acostumamos a chamar de gótico -, e eles ainda afirmam que não pretendem levar uma biblioteca à sua casa através de conceitos mil ou idéias escatológicas!? Ou estou ficando louco, ou eles estão falando do gótico naquilo que é, e não na onda que se tornou.

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Passamos a limpo essa história, falando do caminho percorrido pelo conjunto e seus integrantes, as profissões e vida, a revista Roadie Crew e, enfim, o que pretendem com sua música e o lançamento do debute pela Hellion Records agora no final de 2004.

Site Oficial – http://www.sunsethmidnight.com

Whiplash! - O Sunseth Midnight (SS00) surgiu há um ano, certo? Como se deu a decisão de formar um grupo, e quais os contatos anteriores entre os membros da banda?

Ricardo Batalha / O Sunseth Midnight surgiu oficialmente em maio do ano passado. O começo foi apenas uma idéia que o guitarrista Ricardo Campos teve de unir amigos em comum para tocar um estilo que todos apreciavam, o Gothic. Depois de sair do Threat, o Campos estava no Hybreed, projeto que contava com o vocalista Ronaldo Simolla (atualmente no Matriz e ex-Delpht) e o baixista e produtor Ricardo Piccoli (Dead Nature). Eles faziam um som bem agressivo, só que nas últimas composições que estavam criando havia um lado bastante obscuro, sombrio e depressivo. Como o Hybreed deu uma pausa nos trabalhos, ele resolveu seguir justamente este direcionamento e me chamou para tocar, levando consigo o Piccoli, que é amigo dele desde os tempos em que moravam no Rio de Janeiro, onde tocaram juntos em diversas bandas e costumavam ir aos jogos do Fluminense, time que são fanáticos. Como eu tive uma banda de Gothic Rock, chamada Midnight, ao lado do Roger Lombarddi, onde ele era baixista e vocalista, foi um processo natural esta nossa união. Desde o primeiro momento, ficou decidido que o estilo central seria o Gothic, mas sem qualquer tipo de restrição ou limitação.

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Whiplash! - Vocês estão para lançar o álbum debute agora no segundo semestre de 2004 pela Hellion Records. Já existe uma data certa para o lançamento? Há algum contato no exterior para o lançamento do álbum por lá?

Batalha / O álbum deverá ser lançado no final do ano e este planejamento foi feito de forma antecipada. Estamos fazendo tudo conforme nosso cronograma, mas queremos que o material saia com uma ótima qualidade. Se houver algum atraso, será simplesmente porque estaremos buscando o melhor. Atualmente estamos fazendo a pré-produção das músicas e o resultado está ficando muito bom! Com relação à segunda questão, contato existe e vamos fazer de tudo para que o álbum saia no exterior, especialmente na Europa, onde o estilo Gothic é muito forte. Mas primeiro vamos nos concentrar no lançamento do CD no Brasil e, posteriormente, trabalharemos na distribuição em outros países.

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Whiplash! - Como foi o contato com a Hellion Records e por quê a opção de lançar o álbum por este selo?

Batalha / A Hellion é a gravadora nacional mais acostumada e apta a lidar com o estilo que tocamos. Além disso, eu conheço o Moisés Della'Monica desde os tempos do fã-clube que ele comandava, o Heavy Metal Maniac, que deu origem à Hellion. Eu era o sócio número dezenove e tenho a carteirinha e os fanzines até hoje (risos). Nós marcamos uma reunião e levamos nossa Demo. O Moisés e a Angela escutaram e gostaram. Ficamos contentes de poder integrar o cast da Hellion, pois é uma gravadora que aposta alto nas bandas nacionais e já tem uma estrutura montada para trabalhar os seus lançamentos.

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Whiplash! - Sobre o estilo e sonoridade do conjunto... O que você poderia dizer e como descreveria o Sunseth Midnight para aqueles que nunca ouviram a banda?

Batalha / O Sunseth Midnight é uma banda de Gothic Metal, mas como temos um gosto musical bem amplo e variado, o resultado final das músicas acaba sendo versátil. Gostamos de todos os gêneros do Heavy Metal, além de Hard Rock, Rock Progressivo, Rock and Roll, Música Clássica, até mesmo do Pop/Rock dos anos 80. Buscamos unir todas as nossas influências e referências em favor do Gothic, que é a nossa base musical principal. Nosso objetivo sempre foi fazer música sem impor limites na criação, para que não ficássemos presos a só uma sonoridade. Não nos importamos se uma música fica pesadíssima e a outra mais leve. O negócio aqui no Sunseth Midnight não é esse, pois se fosse para fazer uma coisa pensando somente no peso, nós tocaríamos exclusivamente Doom, que é um estilo que também gostamos muito e é usado em algumas de nossas composições. Bem, para quem nunca nos escutou, posso citar que nosso som tem elementos de bandas como The Sisters Of Mercy, Paradise Lost, The 69 Eyes, HIM, The Mission, Type O Negative, The Cult, Tiamat, Therion, Lacrimosa, Zeromancer, Moonspell, Rammstein, Nosferatu, Morgul, Alice Cooper, Celtic Frost, Depeche Mode, Pink Floyd, Billy Idol, Iggy Pop & The Stooges, Marillion, Joachim Witt, The Kovenant, e muitos, muitos outros. Não vamos impor limites em nossa música e mesmo tendo várias bandas como referências, buscamos nossa própria personalidade. Além destes nomes citados, basta ver o amplo leque de bandas de diversos estilos musicais que constam na seção de "links" de nosso site oficial para constatar que nosso gosto musical é realmente extenso.

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Whiplash! - A onda de vocais femininos no Metal interligado ao gótico é gigantesca e já perdura por um longo tempo. Vocês chegaram a pensar na possibilidade de adicionar vocais femininos? Como você vê está onda, os vocais "A Bela e a Fera", etc?

Batalha / Não pensamos em colocar vocais femininos porque nosso estilo é outro, mais ligado ao Gothic Rock dos anos 80, partindo da linha do The Sisters Of Mercy. Porém este fato não exclui a possibilidade de contarmos com a participação especial de uma vocalista em alguma música deste primeiro álbum ou em algum outro ponto de nossa carreira. Mas nunca passará de uma participação especial e, se acontecer, o contraste será entre uma linha feminina e a voz do Roger, e não algo "soprano x gutural". Seria algo similar ao que o The Sisters Of Mercy fez em músicas como "Detonation Boulevard", "Under The Gun" e na versão de 1992 da "Temple Of Love". Hoje em dia o termo Gothic é predominantemente e erroneamente utilizado para este segmento "a Bela e a Fera" e muitas pessoas da nova geração sequer têm conhecimento de como eram as bandas Góticas dos anos 80 e 90, sejam as 'mainstream' ou as mais obscuras. Não tenho nada contra este estilo, ele possui algumas bandas bem interessantes, mas nenhum de nós no Sunseth Midnight tem a menor intenção de segui-lo.

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Whiplash! - Uma das coisas interessantes na pré-produção do primeiro CD é a presença de uma versão para "Naked City" do Kiss. Para bandas góticas, digamos que isto foge um pouco à regra. Escolhas óbvias estariam em Bauhaus, Depeche Mode, The Sisters Of Mercy, etc. Como surgiu a idéia de gravar esta música, o que foi adicionado a ela, e qual a ligação que vocês vêm entre esta e o movimento gótico em geral?

Batalha / Quem escuta e curte Gothic, mas não toca o estilo, já faz esse tipo de cover. Tome como exemplo o Cradle Of Filth, que regravou um cover do The Sisters Of Mercy, para a música "No Time To Cry", em seu CD "Bitter Suites To Succubi". E até mesmo o Shaman gravou a música "More" do Sisters Of Mercy, para sair como bônus no Japão de seu segundo álbum! Isto é bem legal, pois o próprio Sisters regravou coisas inusitadas, como "Jolene", da cantora de Country Dolly Parton, no álbum "Psychedelic Sessions", e já incluiu em set list de shows músicas como "Gimme Gimme", do ABBA, e "Comfortably Numb", do Pink Floyd. Fazer uma versão do Kiss é uma honra, pois é uma banda que gostamos muito e em todas as fases da carreira, inclusive, ou principalmente, a época 'unmasked'. Parodiando isso, pegamos justamente uma música do "Unmasked", que é um ótimo álbum, porém não muito comentado, nem mesmo pelos 'kissmaníacos'. Mas nossa primeira escolha não havia sido a "Naked City", pois inicialmente pensamos em pegar uma mais conhecida, como a "I Was Made For Lovin’ You", que soaria legal em uma roupagem Gótica, como acabou ficando, mas era um cover normal e não tinha realmente a marca do SS00. Como fã inveterado do "Unmasked", sugeri a música "Tomorrow". Porém, o Ricardo Campos chamou a atenção para outra faixa daquele álbum, a "Naked City", percebendo que poderíamos dar a "nossa cara" para ela de uma maneira mais eficaz. Além disso, a temática da letra em questão cai como uma luva para o Sunseth Midnight. Vale deixar claro que ainda não estamos certos se a usaremos neste primeiro CD, pois já temos dezesseis composições nossas no track list e talvez ela fique na gaveta aguardando o melhor momento para ser lançada. Entretanto, aqui em São Paulo, a nossa versão Demo para a "Naked City" já fez "sucesso" tocando em alguns bares, como o Manifesto Pub. Quem ouviu aprovou!

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Whiplash! - Sobre as outras músicas do álbum... o que você poderia dizer? Podemos fazer um faixa-a-faixa?

Batalha / Certo, farei um faixa-a-faixa sobre as quatorze músicas que, provavelmente, integrarão nosso álbum de estréia, mas vale lembrar que ainda estamos em processo de pré-produção e elas ainda estão sujeitas a mudanças tanto de título quanto de arranjo. Esta não é a ordem exata do álbum. Vamos lá:

Batalha / "Stop Haunting Me": Com certeza a faixa de abertura. Ela é pesada, direta e o instrumental é marcado pela união de guitarras pesadas e linhas de piano. Segue uma atmosfera bem Paradise Lost;

Batalha / "Where I Belong": As principais características desta música são linhas bem graves de voz misturadas a empolgantes melodias de teclado, que conciliam timbres 'vintage' de órgão Hammond a modernos sintetizadores. Certamente funcionará muito bem ao vivo;

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Batalha / "Bleed Me": Pesada, cativante e com passagens eletrônicas. Esta música possui uma roupagem bem atual, com influências de bandas como Zeromancer, The Kovenant e Rammstein, aliada ao Rock/Pop dos anos 80, de nomes como Depeche Mode;

Batalha / "The Night’s Still Young": Até o momento uma das principais composições, que provavelmente será a faixa de trabalho. Bem direta, com belas orquestrações, um refrão pra lá de marcante e está contentando os fãs do HIM que ouvem a versão Demo dela, que está em nosso site;

Batalha / "Innocence": Esta será a alegria dos fãs de bandas como The Cult. Uma música bem orgânica e viva, sem linhas de teclado e repleta de temas de guitarra com pedal wha-wha. A minha favorita!;

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Batalha / "Dancing With The Fire": Composição marcante com belas melodias vocais. Esta é outra faixa do álbum que possui um grande potencial de mercado, principalmente o europeu;

Batalha / "Cry": Porrada! Nela as linhas graves e limpas do Roger contrastam com outras bem agressivas e um instrumental forte e cheio de riffs. Sem dúvida, uma das mais pesadas neste álbum de estréia;

Batalha / "The Bat": Nela temos um Gothic bem cadenciado, que certamente será do agrado dos fãs de Type O Negative. Uma composição simples e pesada, porém repleta de detalhes e possuidora de um belo interlúdio de cordas e cravo, influenciado pela música Barroca;

Batalha / "A Good Carrousel": Esta música é bem leve, mas possui um clima bem pesado e denso. É completamente 'deprê' e introspectiva, porém regida por belas e graves melodias de voz em um estilo bem "Gótico de raiz";

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Batalha / "Just An Illusion": Esta música possui características marcantes similares à "Dancing With The Fire", porém com uma atmosfera mais depressiva e sombria. Veio da época da banda Midnight, porém, esta nova versão foi feita pelo Sunseth Midnight e está completamente diferente;

Batalha / "Burning The Night For You": Anos 80 total! Um Gothic Rock bem simples e com melodiosas e "grudentas" linhas de sintetizador. Altamente recomendada aos fãs do The Sisters Of Mercy;

Batalha / "Action/Reaction": Esta música mescla influências muito variadas, sendo uma tarefa difícil resumi-la em palavras. Apesar de seguir uma linha bem Gothic Metal, é uma composição bem incomum em álbuns do estilo;

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Batalha / "Nosferatu": Uma música bem lenta, com guitarras pesadas e linhas de church organ - bem no estilo Doom Metal -, contrastando a melodias vocais cativantes. Algo como "Depeche Mode-meets-Candlemass".

Batalha / "Sun Seth": A faixa-título do álbum e a única com temática épica, falando sobre o deus egípcio Seth. Esta composição de quase dez minutos de duração possui uma sonoridade épica e pesada, repleta de corais masculinos e orquestrações, que são unidos a guitarras pesadas e instrumentos não convencionais, como a cítara. É uma música longa, porém bem variada. Creio que será a favorita de muitos.

Batalha / Vale lembrar que versões Demo para as músicas "The Night’s Still Young", "Stop Haunting Me", "The Bat" e "Burning The Night For You" se encontram, na íntegra, disponíveis para download em nosso site oficial -www.sunsethmidnight.com. Essas versões são de 2003 e serão completamente regravadas para o álbum de estréia, com muitas melhorias.

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Whiplash! - Quais são as expectativas de vocês em relação aos outros projetos e profissões que possuem após o lançamento do disco? O Sunseth Midnight estará em primeiro lugar? Há planos para shows e turnês?

Batalha / No Brasil, são poucos os músicos que atualmente se dão ao luxo de viver exclusivamente de uma banda e, assim como qualquer outro, conciliaremos a música aos nossos outros trabalhos e projetos. Não é uma questão de prioridade, mas sim de adequação... Cada coisa será feita no seu devido momento e perfeitamente conciliada a nossos outros afazeres. Logo que o álbum for lançado faremos o maior número de shows possível e pretendemos tocar em todo o Brasil e, possivelmente, no exterior, variando de acordo com os lugares onde o material for licenciado.

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Whiplash! - Vocês contam com um escritor nos vocais. Então, centrando a questão nas letras... Sobre o que elas pretendem tratar, e todas elas foram escritas pelo vocalista Roger Lombarddi?

Batalha / Não. Assim como a parte das composições, as letras foram feitas em conjunto pela banda, sempre com a colaboração de todos. Algumas idéias partiram de algum integrante isolado, mas sempre foram desenvolvidas pelos demais. Nesta primeira leva de músicas, tivemos como padrão encaixar a letra depois que as melodias e arranjos estavam prontos, então foi algo que pudemos trabalhar tranqüilamente em conjunto. Tentamos explorar uma temática bem variada em nossas letras, que englobam temas como a vida noturna, desilusão, tristeza, depressão, amor, sexo, desejo, vampirismo, além de um toque épico com a história do deus Seth e fatos a ele relacionados.

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Whiplash! - Algumas vezes no gótico, em bandas como o H.I.M., por exemplo, parece-me haver uma super exploração sobre o tema da sexualidade, e isto acaba por desviar a lógica do conjunto por algumas vezes. Como você pensa essa questão e como ela é tratada pelo Sunseth Midnight?

Batalha / Como mencionei nossa temática é bem ampla, mas as letras que eu, particularmente, tenho a maior participação são basicamente as com este tema de erotismo, sexo ou até mesmo sacanagem, mas sem a marca literária de excessos da sexualidade, como fez Sade, o chamado "Marquês do Erotismo", em sua obra "120 Dias de Sodoma" (risos). Gosto de obras do escritor americano Henry Miller, do inglês David Herbert Lawrence e, claro, do brasileiro Nelson Rodrigues... Às vezes, quando nos reunimos para escrever algumas letras, até me expulsam da sala, porque dizem: "cala a boca Batalha, você só pensa nisso!" (risos). Acredito que atualmente muitos letristas estão querendo dar aulas de história geral para os fãs de Metal. A magia do Rock dos anos 70 e 80 parece estar se transformando em "coisa de escola". Pessoalmente, não gosto tanto de ler letras tiradas de enciclopédias, coisas que eu estudava na escola.

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Whiplash! - Mas quais seriam as inspirações literárias para as letras do Sunseth Midnight?

Batalha / Alguns temas religiosos, mitológicos ou de magia, ocultismo e vampirismo são bem interessantes. Nossa temática tende, em sua maioria, a uma visão humanista filosófica, centrada na necessidade e no interesse humano, onde lidamos com temas contraditórios como amor e ódio, vida e morte, esperança e desilusão... Mas, como disse antes, acredito que ficar dissecando obras literárias em álbuns conceituais acaba por desviar a atenção do ouvinte. Aí, o som, que é o principal de tudo, parece ficar em segundo plano. Não quisemos nos prender a uma temática específica no álbum de estréia e até poderíamos ter pensando em fazer um trabalho conceitual falando somente sobre o deus egípcio Seth, que faz parte do nome da banda, mas preferimos dedicar apenas uma composição com este lado mais épico e onde essa temática se encaixa melhor. Nos trabalhos futuros também teremos pelo menos uma música voltada para Seth e fatos a ele relacionados e neste 'debut', a música "Sun Seth" será uma forma de apresentá-lo. Em nosso website oficial já consta uma seção dedicada a Seth, escrita especialmente para a banda pela conceituada egiptóloga australiana Caroline Seawright.

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Whiplash! - O Sunseth Midnight conta com dois redatores da revista Roadie Crew, você e o Ricardo Campos. Por algum instante, você parou para pensar na cobrança dobrada que poderá ocorrer tendo em mente que vocês escrevem críticas de CDs, DVDs, shows, etc? Provavelmente isso aguçará o lado crítico dos ouvintes também, concorda? Como lidar com isso?

Batalha / Antes de tudo, na revista, nós dividimos bem esta parte da crítica de um álbum, seja Demo, CD ou em show. O material só é encaminhado para o redator que já gosta e conhece o estilo que determinada banda toca e por isso a resenha dele tem embasamento. Nenhum redator ou colaborador da revista recebe material aleatoriamente e sai falando o que quer. O gosto pessoal do ouvinte fará com que ele se identifique ou não com o Sunseth Midnight. Não vejo sentido algum a pessoa gostar ou não da banda porque somos redatores da Roadie Crew, mas sabemos que muita gente pode sentir-se tentada a ser mais rigorosa numa avaliação do nosso trabalho. Mas, veja bem, desde a formação da banda estamos deixando bem claro que o estilo é o Gothic Metal. Desta forma, claro que não vamos esperar que aqueles que já não gostam de Gothic aprovem o nosso som de imediato.

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Whiplash! - Ao mesmo tempo, isso facilita bastante os contatos de vocês e quando aparecer uma nota 9, 10, ou disco do mês para o Sunseth Midnight em grandes revistas, certamente as pessoas irão olhar meio torto para aquilo... Um ar de dúvida ira pairar. Há a ética no jornalismo a ser seguida obviamente, mas você sabe que esta ética não é respeitada em todos os lugares e por todos os jornalistas e sentimentos próprios e amizade tomam conta do que deveria ser uma crítica. Da mesma forma, vocês podem levar uma nota 0 numa revista rival ou em publicações de, digamos, desafetos... Enfim, como você pensa esta questão? Acha que irá dificultar ou facilitar as coisas para o Sunseth Midnight?

Batalha / Primeiramente, não temos nenhum desafeto entre os colegas da imprensa. Por isso mesmo, não esperamos nenhum tipo de privilégio nem repúdio gratuitos na avaliação de nosso álbum, quando este for lançado, e também em resenhas de shows e até mesmo em veiculação de nossas notícias. Antes de sermos jornalistas, já éramos músicos e esperamos que nossa atividade atual não interfira negativamente nos resultados do nosso trabalho na banda. Só para dar um pequeno exemplo, a atual vocalista do Arch Enemy, Angela Gossow, trabalhava como jornalista e era free-lance em várias publicações de Metal da Europa. Não vi nenhuma resenha favorecendo ou não o trabalho do Arch Enemy por causa disso!

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Whiplash! - Quais bandas do metal gótico você destacaria atualmente? Primeiro na cena nacional...

Batalha / Falando em sentido amplo, pois cada uma tem sua própria personalidade, destaco bandas como Maelström, Venin Noir, Trinnity e o Das Projekt Der Krummen Mauern, que merece ser citado, apesar de seguir a linha mais tradicional do Gothic.

Whiplash! - Internacionais...

Batalha / Também em sentido totalmente amplo, destaco nomes como Paradise Lost, The 69 Eyes, HIM, Type O Negative, Darkseed, Tiamat, Lucyfire, Moonspell, Deathstars, Lacrimosa, Icon & The Black Roses, Zeromancer, Mortiis, Charon, Poisonblack, Heavenwood... Isto sem citar as mais tradicionais do Gothic, sejam as obscuras ou as 'mainstream'. Como eu disse antes, para saber tudo o que gostamos e escutamos, basta acessar a seção de "links" de nosso site oficial.

Whiplash - Para finalizar, um BATEpapo rápido...

Whiplash! - Uma música que seria "o primeiro single" do Sunseth Midnight em termos de mercado, e a sua favorita...

Batalha / "The Night's Still Young" e a minha favorita é a "Innocence".

Whiplash! - Uma letra do Sunseth Midnight que você destacaria...

Batalha / "Innocence", que traz o seguinte verso - I have nothing to say - Like I said before - Cause’ it’s better being alone - than come along with a whore - She’s not as shy - as you thought she was...

Whiplash! - Bateristas da atualidade que são grandes fontes de inspiração e admiração por sua parte...

Batalha / Da atualidade cito Ricardo Confessori (Shaman, ex-Angra e Korzus), Aquiles Priester (Angra e Hangar), Amilcar Christófaro (Torture Squad), Rodrigo Oliveira (Korzus) e, internacional, o John Macaluso (ARK, ex-TNT e Yngwie Malmsteen), mas eles são só fonte de inspiração mesmo, porque são altamente técnicos e virtuosos, verdadeiras máquinas (risos). Gosto de bateristas com 'punch', como Vinny Appice, Carmine Appice, os falecidos Cozy Powell e John Bonham e, ainda, Ian Mosley e os brasileiros Paulo Thomaz (Baranga, ex-Centurias, Harppia) e Fabricio Ravelli (Harppia).

Whiplash! - Paradise Lost de "Draconian Times" ou Paradise Lost de "Host"...

Batalha / Claro que do "Draconian Times". Eu gosto muito mais de música com guitarra distorcida e peso!

Whiplash! - Algo mais chato que os "indie" e os filhos de Fábio Massari da imprensa brasileira...

Batalha / Todos aqueles que acham que Kurt Cobain foi um gênio revolucionário da música.

Whiplash! - Um redator que você detestaria ver assinando uma resenha de um álbum do Sunseth Midnight...

Batalha / Não tenho restrição alguma, desde que seja uma resenha feita com profissionalismo e imparcialidade, sem misturar as coisas. É claro que eu mesmo ou o Ricardo Campos, por sermos integrantes da banda, nunca poderíamos resenhar qualquer trabalho referente ao Sunseth Midnight.

Whiplash! - O que o público pode esperar do Sunseth Midnight...

Batalha / Honestidade.

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