Van Halen: Prejuizo de 85 mil dólares por causa de um M&M marrom
Por Marcelo Araújo
Fonte: Ogro do Metal
Postado em 02 de julho de 2014
Fazer pedidos extravagantes para os produtores de show, é coisa mais do que habitual no cenário musical, mas a banda Van Halen usou um artifício bastante interessante e inteligente nas cláusulas do seu contrato. De um total de 53 páginas, no meio de outras exigências como iogurte Danone, copos de manteiga de amendoim Reese, batatas fritas com molhos variados, e até mesmo um tubo grande do lubrificante KY Jelly, aparecia no artigo 126 da página 40, um estranho pedido para que servissem um grande pote de M&Ms mas que não servissem de forma alguma, M&Ms da cor marrom, sob pena de cancelamento do show com compensação integral. Esse foi o modo que a banda encontrou para saber se realmente os produtores leriam todo o contrato e saber se eles estavam preparados para dar suporte à banda, e dessa forma, se certificar que nenhum problema ocorresse durante o show, pois de acordo com o raciocínio de David Lee Roth, um produtor que não foi detalhista o suficiente para lidar com tarefas simples, então, a probabilidade de negligências com atividades maiores e de maior risco, poderia ser enormes.
Eis que no dia 30 de março de 1980, na "University of Southern Colorado" (agora "Colorado State University – Pueblo"), em Pueblo, Colorado, a pegadinha surtiu efeito, e a banda encontrou um M&M marrom em uma tigela no camarim. O resultado foi devastador. David Lee Roth segurou o objeto marrom da discórdia em suas mãos, assim como Shakespeare, naquela célebre cena segurando o crânio em uma de suas mãos, e indagou: "O que é isso diante de mim?". Logo em seguida, despejou o buffet no chão, fez um buraco na porta, e destruiu todo o local. O valor do estrago ficou em torno de 12 mil dólares.
O piso emborrachado da quadra de basquete também foi danificado por causa do peso dos equipamentos, chegando a 85 mil dólares o valor total do prejuízo naquela Arena. Se os produtores tivessem lido o contrato na íntegra, saberiam que o piso não aguentaria todo o peso a que foi submetido (o peso total da montagem do palco era especificado no artigo 148), e mostrou o quanto a banda estava certa em se preocupar com a segurança de todos.
Hoje em dia, ao invés de ser considerado mais um dos pedidos extravagantes de um Rockstar enlouquecido, a pegadinha do M&M marrom, não é apenas imitada por outros músicos, mas também citada por outros consultores de negócios em todo o mundo. Uma lição aprendida na escola do Rock.
No link abaixo, você pode acompanhar todas os detalhes dessa incrível história contada por David Lee Roth.
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