Pink Floyd: Richard Wright estava disposto a trabalhar mais em The Wall
Por Tiago Abreu
Fonte: Melody Maker
Postado em 20 de junho de 2014
No dia 4 de novembro de 1978, meses após lançar seu primeiro álbum solo "Wet Dream", Richard Wright cedeu uma entrevista à Melody Maker, na qual contou detalhes sobre seu projeto individual e a banda PINK FLOYD, principalmente o disco que futuramente tornaria-se o The Wall.
Rick achava que a maioria das pessoas estavam no aguardo de uma obra extravagante de teclado, semelhantemente ao que ele fez em "Ummagumma". Mas, o compositor decidiu fazer um projeto diferente. "Escrevi todo o material na Grécia, onde eu estava morando. É um álbum muito pessoal. Não digo que é o que eu sempre quis fazer, mas foi do jeito que eu sentia na época. Eu queria saxofones neste álbum porque eu tocava um pouco, mas não com sucesso. A música que ouvia e me fez decidir que eu queria ser um músico estava centrada nos dias de Coltrane, Miles Davis e Eric Dolphy. Se você quer saber, eles são os meus heróis, curiosamente, e não tecladistas. Eu gosto do som do sax que o Floyd tinha, então obviamente eu tentei obter esse tipo de som. Eu escrevi originalmente "Waves" no meu álbum para o saxofone, e ele [Mel Collins] tocou tão bem que eu trouxe para outras músicas."
As declarações de Richard, sempre de alguma forma ligavam-se com a banda. Segundo o músico, só trabalharia em um futuro álbum solo se a banda lhe desse tempo livre para isso, mas que seus esforços estariam concentrados no Floyd.
"O Floyd terminou de trabalhar no final de julho de 1977, e não tínhamos planos para o resto do ano. Então David, eu, e Roger estávamos querendo fazer álbuns solo por um longo tempo. Enquanto David e eu estávamos fazendo nossos registros solo, Roger estava trabalhando no próximo projeto do Pink Floyd. Eu não posso dizer o que é, é muito cedo. É uma ideia muito clara, mas eu não gostaria de falar sobre isso, basicamente, em primeiro lugar, porque é filho do Roger, sua obra, e, dois, é muito cedo para dizer que estamos fazendo isso, isso e isso, no caso de isso não acontecer.
Nós ainda não temos vindo para o estúdio e trabalhado no álbum realmente. Roger fez fitas demo e estamos ouvindo-as, e espero que Dave, eu e Nick trabalhemos nelas detalhadamente, melhorando-as e adicionando a nossa própria cara a esse registro.
Mas isso é uma ideia muito forte, que tem vindo originalmente de Roger. É uma obra muito envolvente e também estamos planejando um filme, que sempre leva tempo, e não apenas um filme para o show, mas um filme real, com animação, ação ao vivo, talvez atores. Novamente, é muito cedo para dizer isso. Ele ainda está sendo formulado, mas vai ser um filme com uma história, não apenas um filme como o Live at Pompeii, um filme com uma história e um enredo. É um filme baseado na ideia da música que Roger tem escrito para o álbum."
Mais tarde, o músico disse que a banda continuaria até que um dos integrantes sentisse que não era mais possível trabalhar com o grupo. Embora não soubesse que durante as sessões do álbum ele seria demitido (ou saísse) da banda, Richard afirmou que estava muito feliz trabalhando com o PINK FLOYD. "Eu acho que as pessoas estão tentando descobrir se, depois de ter feito isso, se eu quero continuar com o Floyd. Simplesmente, é que tínhamos tempo [para fazer álbuns solo]. Agora eu vou colocar todas as minhas energias para o próximo projeto do PINK FLOYD. Muitas vezes, quando os integrantes começam a lançar álbuns solo, a mídia começar a pensar que a banda começa a dividir-se. Muitas vezes as pessoas começam a fazer discos solo, porque eles estão insatisfeitos com o trabalho em uma banda. Mas não é assim com a gente."
A entrevista, na íntegra pode ser encontrada no blog do jornalista Karl Dallas, no link abaixo.
http://kdarchive.wordpress.com/2013/02/18/november-4-1978-pink-floyd-rick-wright-interview/
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