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Everlast Dream - A prova da fertilidade criativa de um gênero insaturável

Resenha - Survivors - Everlast Dream

Por
Postado em 15 de setembro de 2025

A profusão artística da cena musical sorocabana é admirável. Vibrante, caminha vigorosamente a todo vapor. Em plena atividade criativa, entrega não apenas quantidade, mas, sobretudo, qualidade.

Desse segmento local, resenhei, recentemente, o recém-lançado single do projeto Reflexo de Saturno, que mescla hard rock, skate punk e rock nacional com letras em português. Em outras oportunidades, também analisei conjuntos como Anderuvius, Ego Absence e Primordial Idol.

Agora, dedico merecido espaço ao Everlast Dream, que lançou, há poucos meses, a canção Survivors, autointitulando um single do conjunto.

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Everlast Dream espelha ressurgimento de fênix. Nascido das cinzas do competente grupo Lethal Accords, Everlast Dream apresenta, como proposta musical, uma sonoridade voltada ao power metal, com claras influências, porém, de metal progressivo.

Survivors brinda o ouvinte com uma verve simultaneamente técnica e melodiosa. Um aperitivo que soma pouco mais de 5 minutos e que deixa aquele típico sabor de quero mais. O degustador, imediatamente nostálgico ao fim da audição, permanece desejoso por um material completo.

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Esqueçam-se aqui daquela saturada repetição de fórmulas, que aposta no estreitamento sonoro circunscrito a batidas aceleradas, guitarras-gêmeas, vocais excessivamente agudos e refrães exageradamente épicos. Everlast Dream entrega camadas sofisticadas muito mais refinadas e dinâmicas nos estratos que formam Survivors, agigantando o resultado, adejado a elevada estatura técnica e criativa.

Ainda que, a essa altura, o prog/power metal não mais se aloque nos espaços de um estilo inventivo e inovador, o gênero está longe da saturação (até mesmo em razão dos caminhos infinitos de experimentações que o gênero permite, em sua inata complexidade). E Everlast Dream provou novamente essa hipótese, demonstrando que há abundante combustível à vividez do segmento. Explorou, em Survivors, diversos recursos e elementos criativos, conferindo à canção predicados de apreciação técnica e admiração contemplativa.

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Com produção e gravação profissionais, a faixa é inaugurada num estilo brevemente eletrônico, precursor do impacto sonoro que se sucede. Com a entrada, em combustão, dos instrumentos, Survivors introduz-se numa verve pesada e caótica – aqui, no melhor dos sentidos –, com o protagonismo simultâneo das guitarras e do teclado, evocando o melhor estilo do metal progressivo na vertente mais obscura (à la Evergrey, apenas para citar um exemplo).

Após envolver o espírito do ouvinte em atmosfera densa, a canção converte-se para contornos relativamente mais acelerados, transmudando o clima para matizes mais luminescentes de vivacidade em meio a essa complexa paisagem sonora.

Num vaivém pendularmente cíclico e intrincado, a canção novamente desacelera. E a caída de tempo – que mantém Survivors ritmada numa cadência moderada, sem estrepolias ou exageros –, convida, então, às linhas de canto, inaugurando-as.

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O vocalista, Vergilio Pauletto, titula técnica precisa e admirável, dominando o ouvinte às primeiras sílabas. Com um tom cristalinamente limpo e um direcionamento agudo, mas não tão elevado, o cantor cativa pela segurança, firmeza e agradabilidade. Não há excessos, exageros ou estridências nos alcances e nos timbres buscados. O trabalho é desenvolvido com justeza, afinação e rigor técnico, resultando, dessa simbiose, uma contemplação aprazível e deleitosa, sobretudo pelo parcimonioso equilíbrio dos tons e timbres.

Num estilo tão intrincado como o prog/power metal, os universos citados – tecnicidade e feeling –, somente coexistem como fruto de notável competência e maturidade, predicados que definem as qualidades não apenas do vocalista, mas de todo o conjunto.

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Com um refrão melodioso – grudento, na mais positiva acepção da palavra –, a canção guina para um longo trecho instrumental sobre a qual Survivors primorosamente cresce e se desenvolve.

Elevando-se, então, a contornos atmosféricos e de pulsante vivacidade – contrapostos, porém, com alguns quês de dramaticidade –, o trecho instrumental reservou espaço à exibição do brilhantismo técnico individual dos integrantes. Destacam-se, nessas multicamadas da paisagem sonora, belos riffs, sentimentais solos de guitarra e climáticos arranjos de teclado, tudo ao ritmo e à regência de um trabalho de bateria acuradamente cirúrgico.

Após esse extenso trecho instrumental, os vocais revisitam Survivors, encerrando, com a ponte e com o refrão, essa epopeia musical.

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Um parêntese (sem qualquer paralelo estilístico entre as bandas adiante citadas. É apenas um registro pessoal para efeito de comparação). Certa vez, já há muitos anos, li uma entrevista realizada com um integrante da banda norueguesa de metal extremo Dimmu Borgir. Perguntaram-lhe das semelhanças e das diferenças musicais do Dimmu Borgir, na visão do entrevistado, com o conjunto britânico Cradle of Filth (os dois grupos são normalmente comparados em razão da mescla, comum a ambos, de elementos melódicos/sinfônicos à música extrema).

Ao responder à indagação, o entrevistado mencionou que o Cradle of Filth inseria vocais ininterruptamente, ao longo de todas as canções. Não havia espaço, assim, na visão do entrevistado, para desenvolvimento e evolução das faixas (do conjunto britânico), asfixiadas de voz do início ao fim.

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Creio que um músico perceba essas nuanças com mais prontidão e precisão (sou musicalmente leigo, como sempre relembro. As minhas impressões e análises são sempre descritas de forma mais sensorial e menos técnica).

Ao revisitar, porém, o Cradle of Filth após essa entrevista, não apenas constatei a veracidade da resposta do entrevistado, como também passei a observar a música, em geral, de modo diferente. Comecei a prestar atenção na complexidade das estruturas composicionais a partir da maturidade e da capacidade do artista em dosar, com equilíbrio, momentos de protagonismo das linhas vocais com arranjos instrumentais voltados ao crescimento e ao desenvolvimento das canções.

Por que, afinal, essa longa digressão? Porque, em Survivors, percebi claramente esses predicados. Afinal, num caldeirão coeso de movimentos, de elementos e de influências, tudo está imbricado e conectado em suas camadas. E o principal: todos têm espaço, vez e voz.

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Há arranjos introdutórios desapressados e maturados, cuidadosamente trabalhados para imediata cativação do ouvinte. Há, ainda, espaço à proeminência das linhas de canto, apresentadas em toda a sua técnica e seu melodioso brilhantismo. E há, ainda, longo e intrincado trecho instrumental voltado ao desenvolvimento fértil da canção em seus diversos recursos técnico-musicais e criativos.

O resultado: uma composição madura, que reafirma um estilo tão antigo quanto insaturável. Ou, ao menos, bastante longe do esgarçamento.

E o pós-resultado: um desejoso sabor de quero mais. Uma imediata expectativa de que o conjunto debute, com brevidade, com um material completo de canções inéditas.

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Boa audição.

Atual formação:
Vergilio Pauletto – vocal
Felipe De Milito – contrabaixo
Cláudio Pereira – teclado
André Panceri – guitarra
Vitor Campos – guitarra

Página da banda no Instagram:
https://www.instagram.com/everlastdreamofficial/

Texto originalmente publicado na página Rock Show.

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Sobre Marcelo R.

"Marcelo R. é natural de Itu. Da fama de sua cidade, herdou alguns exageros, como o gosto pela música e pela literatura. Ávido leitor e aficionado por uma imensa gama de subgêneros do rock, possui especial paixão pelo metal nacional, do qual é incansável apoiador. É colecionador de discos, já tendo completado algumas discografias, como a do Katatonia e a do Bruce Dickinson. Nas horas vagas, é um despretensioso escritor, aventurando-se especialmente em resenhas de livros e de música. Colabora com a página Rock Show, sediada no site Medium. É formado em Direito."
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