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Deep Purple: Resenha de Whoosh, o 21º álbum da carreira

Resenha - Whoosh - Deep Purple

Por Renan Darski
Postado em 16 de agosto de 2020

Com mais de 50 anos de existência, o Deep Purple resolveu lançar mais um álbum. O 21º da carreira é o 5º da atual formação, conhecida como MK VIII. O sucessor de "Infinite" (2017) estava planejado para junho, mas foi adiado para o mês de agosto devido a alguns obstáculos na distribuição do álbum físico, talvez causados por esses tempos de pandemia.

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Em "Whoosh", Ian Gillan (vocais), Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria), Steve Morse (guitarra) e Don Airey (teclado) seguem com o pé no freio. O ritmo mais cadenciado dos últimos álbuns permanece, o que faz a banda focar mais em timbres. Até mesmo Steve Morse (guitarra) diminuiu da velocidade. Interferência direta do produtor Bob Ezrin? O guitarrista mesmo já disse à Bilboard que nas gravações de "Infinite", o produtor o impediu de tocar com seu "estilo normal": "Não, não Morse, isso parece ser o seu álbum solo. Me dê algo mais melódico ou algo mais simples'."

Leia mais na matéria abaixo.

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Ian Gillan, nem de perto é o mesmo do início dos anos 2000, obviamente. Mais longe ainda está dos tempos de "Child in Time" (In Rock, 1970) e aqueles vocais insanamente agudos. No entanto, parece cada vez mais à vontade no campo dos graves. Ainda é uma das maiores vozes do rock mundial. Impressiona que o outro Ian, Ian Paice, que teria todos os motivos para diminuir o ritmo, ainda exija tanto de si. É só conferir o seu papel de destaque em "We're All The Same In The Dark" e "And The Address" (pontos altos do álbum!).

A mixagem manteve o lado direito para os teclados, o centro para o baixo e o lado esquerdo para as guitarras. Raros são os pontos em que vemos dobras de guitarras ou de teclados, nos dois canais. Nos traz a sensação de álbum ao vivo.

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Os momentos que cumprem com a promessa da capa, estão na sequência "The Long Way Round", "The Power Of The Moon", "Remission Possible" e "Man Alive". "The Long Way Round" se destaca por ser diferente: ela te promete uma passagem suave em diversos pontos, mas só no final há a entrega. O momento mais fora da curva fica para "Nothing At All". Soa diferente, mas simples também. O velho espaço para solos surge muito organicamente. Uma das melhores para quem quer ver um Deep Purple experimental.

O disco é bom? Claro! É um disco do Deep Purple. É o melhor que eles já fizeram? Bom, quando se escuta algo novo de uma banda tão longeva, sempre queremos dizer "esse é o melhor álbum desde...", mas não há como comparar o Deep Purple com o próprio Deep Purple. Mas podemos comparar com o Deep Purple de 2002 pra cá, e ao meu ver, "Whoosh" fica atrás de "Now What?!" (2013) e "Infinite" (2017).

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Dá pra falar mal de alguma coisa? Sempre dá. O mais do mesmo dos duelos de teclado e guitarra são bem repetitivos. "No Need To Shout" é uma mistura um tanto mediana de "Perfect Stranger" (Perfect Stranger, 1984) com "Bloodsucker" (In Rock, 1970) ou "Bludsucker" (Abandon, 1998). Fora que o álbum termina e um outro começa. As duas últimas músicas parecem ser uma outra proposta. "Dancing In My Sleep" é uma faixa bônus, ok, mas "And The Address" é mais o registro de uma jam... Mas esses pontos não chegam a estragar o todo. O álbum é bom. Afinal, é Deep Purple.

Uma banda de mais de 50 anos de carreira merece todo nosso reconhecimento por ainda fazer músicas novas. Não precisam provar mais nada a ninguém e estão aí fazendo música. "Whoosh".

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Deep Purple "Whoosh!" Official Pre-Listening - Album out on 7th August

Ficha Técnica
Álbum: Whoosh
Artista: Deep Purple

Data de lançamento: 07 de agosto de 2020

Faixas

01. "Throw My Bones" 3:38
02. "Drop the Weapon" 4:23
03. "We're All the Same in the Dark" 3:44
04. "Nothing at All" 4:42
05. "No Need to Shout" 3:30
06. "Step by Step" 3:34
07. "What the What" 3:32
08. "The Long Way Round" 5:39
09. "The Power of the Moon" 4:08
10. "Remission Possible" (instrumental) 1:38
11. "Man Alive" 5:35
12. "And the Address" (instrumental) 3:35
13. "Dancing in My Sleep" (Bonus Track) 3:51

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Total: 51:29

Formação

Ian Gillan - vocais
Steve Morse - guitarra
Don Airey - teclado
Roger Glover - baixo
Ian Paice – bateria

Produzido por Bob Ezrin

Gravado nos estúdios The Tracking Room (Nashville), Noble Street Studios (Toronto)

Anarchy Studios (Nashville), Henson Recording Studios (Hollywood) e Ocean Way (Nashville).

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