Dynazty: novo álbum mostra competência e maturidade sonora
Resenha - Dark Delight - Dynazty
Por José Sinésio Rodrigues
Postado em 02 de maio de 2020
Nota: 9
Falemos, aqui, a respeito de "The Dark Delight", o álbum que a banda sueca Dynazty lançou, em abril de 2020. O grupo bem que poderia ser mais conhecido no Brasil, mas eu posso garantir que se trata de uma banda versátil e muito, muito competente, oleada e redondinha para alçar voos mais altos. Não é por acaso: o grupo, formado em 2007, já possui uma extensa discografia: nada menos que sete álbuns de estúdio e (incluindo este) dez singles. Deste modo, é inegável que, após tantos trabalhos lançados, o Dynazty atingiu uma impressionante maturidade sonora. O som da banda mergulha de cabeça naquela mistura de Heavy Metal em estado bruto, Power Metal e Hard Rock que os suecos parecem apreciar tanto. Não por acaso, o som do Dynazty se aproxima muito de seus conterrâneos Yngwie Malmsteen, Narnia e Europe. Ou seja: temos aqui aquele típico som com cara de anos 80, recheado de refrãos grudentos mesclados com algum peso. Em meio a tudo isso, o vocal de Nils Molin emerge se mostrando muito bem encaixado às músicas. Pronto: eis um resumo do que é o Dynazty.
O álbum "The Dark Delight" nos apresenta treze faixas, sendo a mais longa delas com quase seis minutos de duração. Este trabalho tem início com a faixa "Presence Of Mind", música esta que é cheia de variações, sonoridade infecciosa, vocal viajante e muito bem encaixado. Não por acaso é, em minha opinião, a melhor faixa do álbum. A faixa seguinte, "Paradise Of The Architect", avança com sonoridade viajante, com aquele vocal tipicamente Hard Rock, muito bem acoplado à música. O destaque a seguir é "From Sound To Silence" que, apesar do refrão grudento, tem um instrumental simplesmente magnífico e um andamento que evidencia todo o profissionalismo dos sujeitos. As variações nas vocalizações também são dignas de nota. A faixa "Hologram" é simplesmente excelente: começa bem lenta, com piano, como quem não quer nada, evolui para algo mais pesado, pouco depois. Uma das melhores do álbum, indubitavelmente. "Heartless Madness", a primeira faixa do álbum a ganhar um videoclipe, faz por merecer esta primazia. A mesma é praticamente perfeita, com vocal complementando magistralmente o todo, a parte instrumental em seu melhor momento. "Waterfall" é outra faixa que também ganhou um videoclipe, música que reúne vários dos elementos mostrados até aqui. Esta música tem um excelente trabalho de bateria e um dos melhores solos de guitarra do álbum. O próximo grande destaque é "The Man And The Elements", que nos traz um grandioso solo de guitarra e um vocal muito bem explorado. "The Road To Redemption" é simplesmente excelente, outra que começa não muito pesada, mas evolui por meandros indescritíveis. Da mesma forma, "The Dark Delight" pode até não ser muito interessante, no início, mas atinge pináculos de excelência, forte candidata a ser considerada uma das melhores criações da banda. Em alguns momentos, remete a algumas criações do Europe. Por fim, o álbum encerra com uma faixa bônus: "The Shoulder Devil", que não destoa em nada do que foi mostrado ao longo do trabalho: tipicamente Hard Rock, tipicamente Power Metal, vocal tipicamente inerente ao estilo.
Resumindo: temos aqui um álbum que deve agradar em cheio fãs do próprio Dynazty, mas também de bandas como Dokken, Symphony X, Beast In Black e algumas fases de Yngwie Malmsteen (sem o mesmo brilhantismo no trabalho de guitarra, obviamente).
Faixas no álbum "The Dark Delight": 13
Confira o videoclipe da faixa "Heartless Madness":
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