Pure Reason Revolution: Trabalho ainda tímido mas que merece atenção
Resenha - Eupnea - Pure Reason Revolution
Por Marcio Machado
Postado em 09 de abril de 2020
Nota: 8 ![]()
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Após dez anos e algumas incertezas, o Pure Reason Revolution ressurge das cinzas com um novo trabalho, "Eupnea" que chegou no último dia 3 (03/04) pela InsideOut Music. Agora a banda inglesa se apresenta como um duo, com apenas Jon Courtney e Chloë Alper, fazendo as vozes e quase todos os instrumentos, com a exceção da bateria que fica a cargo do baterista Geoff Dugmore, como convidado da gravação e mandam ver em um prog com vários elementos associados a sonoridade e transformam este trabalho curto num primeiro momento, pois são somente seis faixas, mas logo se revelando mais denso na duração de algumas delas, trazendo um trabalho de sonoridade atmosférica, muito bem trabalhada e em perfeita harmonia musical entra a dupla.
"New Obsession" é quem abre. Traz uma bela vibe, muito bem cadenciada, com boas levadas de guitarra muito bem associada à bateria, mas o destaque vai mesmo para a dupla vocal que soa ótima em conjunto, com um momento para a voz de Chloë, que traz ao mesmo tempo uma melancolia e serenidade em cada nota que solta. É um ótimo começo. "Silent Genesis" é a seguinte, e em seus dez minutos temos uma verdadeira viagem. São três minutos de instrumental, alternando entre algo mais climático e teclados um tanto viajantes caindo em um desfecho mais pesado. Quando os versos começam ser cantados, o instrumental toma um rumo que lembra bastante o que o Leprous vem adotando em seus últimos trabalhos, principalmente em "Pitfalls". Suas passagens são bastante intrincadas e chama atenção a guitarra em um timbre mais "sujo", trazendo solos mais despojados, porém, não menos elaborados que encontramos no estilo com partes bastante pesadas e um ótimo trabalho do baterista Geoff Dugmore, que cria linhas de muita criatividade no andamento. Os dez minutos passam voando.
"Maelstrom" já traz algo mais brando e harmonioso. Tem um refrão bastante grudento e um tanto elaborado, cantado pela dupla e ótimos toques de piano que dão um baita charme no todo. "Ghosts & Typhoons" a obra do disco, tem seu começo parecendo que irá ser mais um momento calmo, mas em sua metade as coisas viram e um ar do grunge dá as caras ali e a faixa se torna bastante agitada, com um refrão que entra como o melhor do disco. Há levadas recheadas de groove e uma gama gigante de elementos instrumentais. Aqui é difícil descrever em palavras o que a canção nos traz, portanto corre ali no vídeo e confere com os fones no máximo para ver de que ela realmente se trata.
"Beyond Our Bodies" é mais simples, curta, mas muito bem elaborada. Há ótimas linhas da guitarra e um solo bastante despojado que surge próximo ao seu final que explode a influência que a dupla traz do Nirvana, sendo bem executado ao seu melhor estilo. Encerrando, a longa faixa título, "Eupnea". O começo todo soturno e com ótimo duo vocal, evocando o Pink Floyd já ganha o ouvinte de cara. Durante os 13 minutos ali contidos, há passeios pelo gótico, o progressivo, o grunge e o hard rock. Os três músicos se empenham ao máximo e dão um trabalho impecável num final grandioso e com gosto de quero mais.
Um trabalho ainda tímido para muitos, mas que merece uma boa atenção e uma ouvida, aliás, várias pois talvez em um primeiro momento não seja possível captar toda a ideia, mas seja como for, procure o player e entre na viagem, tenho certeza que dali você irá tirar no mínimo uma boa trip em tempos de quarentena.
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