Kishi: Depois da Meia Noite é insólito e surpreendente
Resenha - Depois da Meia Noite - Kishi
Por José Sinésio Rodrigues
Postado em 17 de fevereiro de 2020
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Sabe aquela barulheira ríspida, com sonoridade suja, típica do Rock N´Roll, temperada com um vocalzão agressivo e "arranhante"? Pois então, é exatamente isso que nos apresenta a banda KISHI, de Angola, proveniente mais especificamente da cidade de Luanda, a capital daquele país africano. Mesmo sendo de um país sem a menor tradição no Heavy Metal, o KISHI nos brinda com composições de excelente nível. Logo de cara, já se percebe o alto nível da banda. O sonzão pesado e agressivo é um Rock N´Roll com os dois pés afundados no Stoner Metal, sendo muito tênue a linha divisória entre um estilo e outro. Há ainda um andamento meio Doom Metal em algumas músicas, o que me leva a pensar que estes sujeitos devem apreciar muito bandas como BLACK SABBATH e CATHEDRAL, sendo evidentemente influenciados por estas. A banda KISHI foi formada em 2017 e, até agora, lançou um único álbum, batizado como "Depois da Meia Noite" (sim, o nome é em português mesmo; não se esqueça que Angola é um dos países africanos que falam a língua de Camões), álbum este que foi lançado em 2018.
Devo dizer que, logo de cara, fiquei impressionado com o profissionalismo da banda já na capa de seu trabalho de estreia: me deparei com uma capa muito bem desenhada, coisa de profissional. A primeira faixa do trampo, batizada como "Marcha de Hiena", é apenas um som instrumental, de menos de um minuto de duração. A segunda, "Kishi", é rápida e agressiva, com um andamento meio punk e um baixo bem perceptível. É cantada em português, com um sotaque bem carregado. A seguir, vem "Get Stoned" (uma de minhas favoritas), batizada e cantada em inglês. Percebe-se então o que será o restante do álbum: algumas músicas cantadas em português; algumas, em inglês. Mas todas exalando a mesma sonoridade: peso e agressividade, instrumental arrastado, tendendo ao Doom Metal, mas sem deixar de lado o andamento Rock N´Roll/Stoner Metal. O álbum não é longo: são apenas oito músicas, ao longo de 27 minutos e meio. Se você é fã de bandas como BLACK LABEL SOCIETY, FORTY LEGS e CORROSION OF CONFORMITY, pode ouvir sem medo. O vocalzão lembra ainda o de bandas como a brasileira BARANGA e dos já citados BLACK LABEL SOCIETY e CORROSION OF CONFORMITY.
Tracklist do álbum Depois da Meia Noite:
01 – Marcha da Hiena
02 – Kishi
03 – Get Stoned
04 – Balada de um Mwadie
05 – Som da Birra
06 – Higher
07 – Pina
08 - Kianda
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
We Are One Tour 2026 anuncia data extra para São Paulo
A banda que fez George Martin desistir do heavy metal; "um choque de culturas"
Os onze maiores álbums conceituais de prog rock da história, conforme a Loudwire
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo Corey Taylor do Slipknot
Os 11 melhores álbuns de metal progressivo de 2025, segundo a Loudwire
O álbum que é uma obra-prima tanto para Jimi Hendrix quanto para Kate Bush
Para criticar Ace Frehley, Gene Simmons mente que ninguém morre devido a quedas
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


