Wormwood: black metal, melodias e atmosferas competentes
Resenha - Nattarvet - Wormwood
Por Ricardo Seelig
Postado em 22 de novembro de 2019
Não sou o maior fã de metal extremo do mundo, e admito que as sonoridades que caminham nessa linha pouco habitam os meus ouvidos. Porém, entretanto e todavia, algumas bandas e certos discos batem forte de vez em quando. Tenho curtido demais o Behemoth recente, por exemplo. E adorei esse disco do Wormwood. E não: uma banda não tem nada a ver com a outra.
O Wormwood foi formado na Suécia em 2014 e estreou com "Ghostlands – Wounds From a Bleeding Earth" (2017). "Nattarvet" é o segundo trabalho do quarteto formado por Georg Ekbladh (vocal), Tobias Rydsheim (guitarra), Jerry Engström (guitarra) e Danne Johansson (bateria) – Martin Mattsson toca baixo no disco. O som é um black metal que traz bastante melodia, porém contém também muitos momentos mais atmosféricos. As letras variam entre canções cantadas em sueco e em inglês e falam sobre os efeitos da fome na Suécia no século XIX. De certa forma, o Wormwood atualiza o legado de outra lenda do metal extremo: o Bathory de Quorton.
Intenso e melancólico, o trabalho da banda apresenta uma profundidade e uma densidade evidentes, tanto musical quanto artisticamente. O black metal é um terreno fértil para a experimentação e o Wormwood faz uso dessa característica ao partir dos elementos tradicionais do gênero e trilhando caminhos bastante interessantes. Meus destaques vão para "Av lie och borda", "I bottenlös ävja" e seus elementos folclóricos, "The Achromatic Road" e a sinfonia que fecha o disco, "The Isolationist", com mais de 11 minutos de duração.
Se você curte black metal e ama melodias tristes e melancólicas, está aqui um disco perfeito para a sua vida.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



As 5 melhores bandas de rock dos últimos 25 anos, segundo André Barcinski
Nicko McBrain admite decepção com Iron Maiden por data do anúncio de Simon Dawson
Os três álbuns mais essenciais da história, segundo Dave Grohl
"A maior peça do rock progressivo de todos os tempos", segundo Steve Lukather, do Toto
A única banda de rock progressivo que The Edge, do U2, diz que curtia
O guitarrista consagrado que Robert Fripp disse ser banal e péssimo ao vivo
Mat Sinner anuncia que o Sinner encerrará atividades em 2026
A opinião de Tobias Sammet sobre a proliferação de tributos a Andre Matos no Brasil
Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
O guitarrista que fundou duas bandas lendárias do rock nacional dos anos 1980
Site aponta 3 desconhecidos supergrupos dos anos 1970 com membros famosos
O guitarrista que Mick Jagger elogiou, e depois se arrependeu
Como Angra trocou Toninho Pirani por Monika Cavalera, segundo Rafael Bittencourt
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Em "Chosen", Glenn Hughes anota outro bom disco no currículo e dá aula de hard rock
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman


