Alkonost: Provando que os russos sabem fazer metal
Resenha - Oktagrama - Alkonost
Por José Sinésio Rorigues
Postado em 22 de agosto de 2019
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Em ocasiões anteriores, já afirmei, aqui mesmo, que sou fã dos trabalhos lançados por bandas da Rússia e demais ex-repúblicas soviéticas, ainda que a maioria delas opte por criar músicas cantadas em seu idioma pátrio (idioma impermeável, para mim). Inclusive, já deixei clara a minha opinião até mesmo em trabalhos acadêmicos, em minha época de faculdade (como no do link abaixo). Assim, não é de admirar que eu apareça outra vez por aqui para falar de uma banda proveniente da Rússia; trata-se do ALKONOST, um grupo de Folk Metal cujo álbum de 2018, chamado Oktagrama (Октаграммa, em alfabeto cirílico), é um dos melhores e mais viciantes que eu já ouvi na vida. Verdade seja dita: por algum motivo, nove entre dez bandas de ex-repúblicas soviéticas têm preferência por executar suas músicas em seu idioma pátrio. O ALKONOST não é diferente; todas as faixas são em russo, língua que tem uma sonoridade que se encaixa muito bem no Metal. Por eu não entender absolutamente nada do que a vocalista está cantando, tem ainda um certo mistério. Como eu gosto disso!
O som do grupo é uma mistura de Folk Metal com Metal Sinfônico, tendendo ao Gothic Metal. Apenas o vocal feminino se faz presente em todas as faixas. Inclusive, esta é a minha banda favorita entre as que possuem vocal feminino. A voz da vocalista Ksenia Pobuzhanskaya é, na maior parte, angelical e doce, sem cair naquele gótico operístico enjoativo que virou modinha. Só ouvindo para entender. Volto a dizer: este lançamento foi um dos melhores álbuns que eu ouvi em 2018 (e, até este momento, em 2019). Não espere aqui aqueles solos de guitarra sem fim; em nada, esta banda tem exagero algum. Aliás, nada aqui é enjoativo, tudo soa perfeito e bem encaixado, as músicas todas diferentes umas das outras. É praticamente impossível destacar alguma faixa, em particular, pois todas, da primeira à última, da mais rápida à mais mansa, todas soam absolutamente perfeitas. Raramente, em minha vida, ouvi um álbum completamente recheado com músicas tão bem-feitas quanto este. Impressionante!
O álbum Oktagrama possui nove faixas, sendo que todas se encaixam perfeitamente dentro do estilo apresentado, sendo impossível destacar uma ou outra. O negócio é simplesmente perfeito. Até a introdução é interessante, só com teclado e voz. Raramente ouvi uma banda que tenha atingido tal nível de perfeição. Pena que o álbum Oktagrama possui apenas nove faixas. Mas já estou na expectativa, esperando por novos lançamentos do grupo. Em 2019, eles já lançaram um single, prolíficos que são. Só estou esperando ele estar disponível na internet, para eu matar a curiosidade.
Formação:
* Ksenia Pobuzhanskaya - Vocal
* Andrey Losev – Guitarra
* Rustem Shagitov – Baixo
* Mark Kirichenko - Bateria
Bandas similares:
AGLAROND, do México (sem o vocal gutural);
TIARRA, da Roménia (sem vocal masculino);
THE SINS OF THY BELOVED (sem vocal masculino e sem a sonoridade sinfônica);
ASHES YOU LEAVE, da Croácia;
WITHIN TEMPTATION, da Holanda (sem vocal gutural);
TRISTANIA, da Noruega (sem vocal operístico ou gutural);
SIRENIA, da Noruega (particularmente com o vocal de Monika Pedersen).
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O clássico do rock nacional cujo refrão é cantado onze vezes em quatro minutos
Dream Theater anuncia turnê que passará por 6 cidades no Brasil em 2026
Helloween fará show em São Paulo em setembro de 2026; confira valores dos ingressos
A banda de rock que deixava Brian May com inveja: "Ficávamos bastante irritados"
O guitarrista que Geddy Lee considera imbatível: "Houve algum som de guitarra melhor?"
O disco que Flea considera o maior de todos os tempos; "Tem tudo o que você pode querer"
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
A icônica banda que negligenciou o mercado americano; "Éramos muito jovens"
Lemmy lembra shows ruins de Jimi Hendrix; "o pior tipo de coisa que você ouviria na vida"
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
Dave Mustaine acha que continuará fazendo música após o fim do Megadeth
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
A música que Lars Ulrich disse ter "o riff mais clássico de todos os tempos"
Como e por que Dave Mustaine decidiu encerrar o Megadeth, segundo ele mesmo
Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme


